quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO

O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO

Não existe pecado que não possa ser perdoado se nos aproximamos à misericórdia de Deus com um coração contrito e humilhado. Nenhum mal é mais poderoso que a misericórdia de Deus.

A confissão freqüente, recomendada pela Igreja, aumenta o justo conhecimento próprio, faz crescer a humildade cristã, ajuda a desarraigar os maus costumes, aumenta a delicadeza de consciência evitando cair na tibieza ou na indolência, fortalece a vontade e conduz a alma a um constante esforço para aperfeiçoar em si mesma a graça do batismo e a uma identificação mais íntima com Jesus Cristo. Assim mesmo ajuda a consolidar a experiência da própria impotência na ordem sobrenatural e a confiar plenamente na graça de Deus nosso Senhor.

Consciente da necessidade permanente da conversão do coração para a realização plena da vontade de Deus sobre a sua vida, o Movimento Regnum Christi recomenda aos seus membros acudir pelo menos uma vez por mês ao sacramento da reconciliação, fazendo Dele um encontro vital e renovador com Cristo e com a Igreja.

Deve-se aproximar-se ao sacerdote –na medida do possível um confessor fixo- atuando sua fé na presença e na ação santificadora de Jesus Cristo, com simplicidade e humildade. Expondo as falhas com ordem, brevidade, clareza e integridade. Aceitando com espírito sobrenatural as orientações do confessor e cumprindo sua penitência com verdadeiro espírito de reparação na primeira oportunidade possível. Oferecer, ademais, as obras e trabalhos diários em satisfação pelos pecados.

Agradecer a Deus nosso Senhor o dom do seu perdão e da sua amizade com um propósito de emenda alentado pelo amor e o santo temor de Deus e com uma vida de maior fidelidade à missão encomendada na vida cristã.

O EXAME DE CONSCIENCIA
A continuação e sem propô-lo como algo exaustivo e muito menos obrigatório, se oferecem como ajuda, uns pontos de exame para a confissão, pego do Ritual da penitência. O cristão pode servir-se deles ou de outros que sejam mais apropriados para as suas necessidades pessoais.

ORAÇÃO PARA PEDIR AJUDA
Senhor e Deus meu, que conheceis o coração de cada homem, dai-me a graça de examinar sinceramente e conhecer verdadeiramente o meu, de modo que descubra todos os meus pecados, para que, confessando-me bem, e emendando-me deles, mereça o vosso perdão e graça na terra e a vida eterna no céu. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

1. Vou ao sacramento da penitência com sincero desejo de purificação, renovação da vida e amizade mais profunda com Deus, ou, pelo contrário, o considero como uma carga que se deve receber raras vezes?

2. Esqueci-me ou calei de propósito nas passadas confissões algum pecado grave?

3. Cumpri a penitência que me deram? Reparei as injustiças que talvez cometi? Esforcei-me em levar à prática os propósitos de emendar a minha vida conforme o Evangelho?

II
1. O meu coração tem a Deus de modo que de verdade o ame sobre todas as coisas no cumprimento fiel dos seus mandamentos, como um filho ama o seu pai, ou, pelo contrário, vivo obcecado pelas coisas temporais? Obro em minhas coisas com reta intenção?

2. É firme a minha fé em Deus, que me falou através do seu Filho? Eu me adiro firmemente à doutrina da Igreja? Tenho interesse na minha formação cristã escutando a palavra de Deus, ilustrando a minha fé com leituras apropriadas, participando ativamente nas atividades de formação e evitando quanto possa ferir a minha fé? Professei sempre com vigor e sem temor a minha fé em Deus? Manifestei minha condição de cristão na vida pública e privada?

3. Tenho rezado pela manhã e pela noite? A minha oração é uma autêntica conversa de mente e de coração com Deus ou um puro rito exterior? Tenho oferecido a Deus os meus trabalhos, dores e gozos? Recorro a Ele nas minhas tentações?

4. Tenho reverência para com o nome de Deus ou lhe ofendo com blasfêmias, falsos juramentos, usando o seu nome em vão? Tenho me comportado irreverentemente com a Virgem Maria e com os santos?

5. Guardo os domingos e dias de festa da Igreja participando ativa, atenta e piedosamente na celebração eucarística? Tenho cumprido o preceito anual da confissão e comunhão Pascual?

6. Tenho, talvez, outros “deuses”, ou seja: coisas pelas quais me preocupo e nas quais confio mais do que em Deus, como as riquezas, as superstições, o espiritismo ou qualquer forma de inútil magia?

7. Dedico ao negócio da minha santificação cristã e ao da minha vocação de apóstolo, a atenção e o esforço que dedico aos meus negócios ou a outras atividades pessoais ou sociais?

III

1. Tenho autêntico amor pelo meu próximo ou abuso dos meus irmãos usando-os para meus fins e comportando-me com eles como não gostaria que se comportassem comigo? Tenho escandalizado-os gravemente com palavras ou com obras?

2. Tenho contribuído, no seio da minha família, ao bem e à alegria dos outros com paciência e verdadeiro amor?

3. Compartilho meus bens com aqueles que são mais pobres do que eu? Preocupo-me pelos mais fracos e necessitados ou, pelo contrário, desprezo o meu próximo?

4. Realizo na minha vida a missão que aceitei na minha confirmação e que ratifiquei na minha incorporação ao Regnum Christi? Tenho zelo apostólico? Colaboro nas atividades da equipe sempre que isso é possível para mim? Tenho procurado remediar, conforme as minhas possibilidades, as necessidades da Igreja, do Movimento, do mundo? Tenho rezado por elas, especialmente pela unidade da Igreja, evangelização dos homens, o aumento das vocações à vida sacerdotal e à vida consagrada, à realização da paz e da justiça?

5. Sou generoso na contribuição dos talentos que Deus me deu (qualidades pessoais, capacidade de iniciativa, tempo, recursos econômicos, contatos profissionais, etc.), para apoiar os apostolados do Regnum Christi e o bem geral da Igreja?

6. Valorizo o que significa a salvação de uma só alma? Tenho feito todo o possível para aproximar de Deus e da Igreja a minha família e meus conhecidos? Tenho oferecido para outras pessoas a oportunidade de formar parte do Regnum Christi como um meio para crescer na sua vida cristã e colaborar com a missão evangelizadora da Igreja?

7. Preocupo-me pelo bem e a prosperidade da comunidade humana na qual vivo, ou passo a vida preocupado só por mim mesmo? Participo, conforme as minhas possibilidades, na promoção da justiça, a honestidade dos costumes, a concórdia e a caridade da convivência? Tenho cumprido com os meus deveres cívicos? Tenho pago os meus impostos?

8. No meu trabalho ou emprego sou justo, trabalhador, honesto, oferecendo com amor o meu serviço à sociedade? Dei aos meus operários, empregados ou serventes o justo salário? Cumpri as minhas promessas e contratos?

9. Prestei às legítimas autoridades a obediência e respeito devidos?

10. Se eu tenho algum cargo ou exerço alguma autoridade, uso-os para a minha utilidade pessoal ou para o bem dos outros, com espírito de serviço?

11. Mantive a verdade e a fidelidade ou prejudiquei alguém com palavras falsas, com calunias, mentiras ou a violação de algum segredo?

12. Produzi algum dano à vida, à integridade física, à fama, à honra, aos bens dos outros? Procurei ou induzi o aborto? Odiei alguém? Sinto-me separado de alguém por rixas, injúrias, ofensas, mágoas ou inimizades? Se caluniei alguém, reparei a injúria? Falei mal de alguém, colocando em evidência os seus defeitos ou limitações? Pensei mal do próximo?

13. Roubei ou desejei injusta ou desordenadamente coisas de outros ou lhes infligi algum dano? Restitui ou reparei esse dano?

14. Se alguém me injuriou, tenho me mostrado disposto à paz e a conceder, por amor a Cristo, o perdão, ou mantenho desejos de ódio e vingança?

15. Omiti, por egoísmo, algo que deveria ter feito em justiça pelo meu próximo?

IV

1. Qual é a direção fundamental da minha vida? Anima-me a esperança da vida eterna? Esforço-me por avançar na vida espiritual através do cumprimento fiel dos meus compromissos de vida espiritual: oração, leitura e meditação da Palavra de Deus, participação nos sacramentos, retiro espiritual, mortificação? Estou me esforçando por domar os meus vícios, minhas inclinações e más paixões: a inveja, a gula nas comidas e bebidas, a preguiça, a avareza, a ira? Tenho me levantado contra Deus por soberba ou arrogância, ou desprezei os outros superestimando a mim mesmo? Impus minha vontade a dos outros em contra da sua vontade e direitos?

2. Que uso tenho feito do meu tempo, das minhas forças, dos dons que Deus me deu? Usei-os para me superar e aperfeiçoar-me, conforme o querer de Deus, ou para o meu proveito egoísta e exclusivo? Vivi ocioso ou tenho sido preguiçoso?

3. Suportei com serenidade e paciência as dores e contrariedades da vida? Mortifiquei o meu corpo para ajudar a completar “o que falta à paixão de Cristo”? Observei a lei do jejum e da abstinência?

4. Mantive os meus sentidos e todo o meu corpo na pureza e na castidade como templo que é o Espírito Santo, chamado a ressuscitar na glória, e como sinal do amor fiel que Deus professa aos homens, sinal que adquire toda a sua luz no matrimonio? Manchei a minha carne com a fornicação, com a impureza, com palavras ou pensamentos indignos, com repugnantes ações ou desejos? Mantive conversações, feito leitura ou assistido a espetáculos ou diversões contrárias à honestidade humana e cristã? Incitei outros ao pecado com a minha falta de decência?

5. Atuei alguma vez contra a minha consciência, por temor ou hipocrisia?

6. Procurei obrar dentro da verdadeira liberdade dos filhos de Deus, conforme a lei do espírito, ou sou servo das minhas paixões?

V. PERGUNTAS PARTICULARES

Para os filhos:
Tenho sido obediente aos meus pais, manifestando-lhes respeito e oferecendo-lhes ajuda nas suas necessidades espirituais e temporais?
Para os pais:

Preocupo-me em educar cristãmente os meus filhos, ajudando-lhes com o exemplo e exercendo a minha autoridade com justiça e caridade? Sou fiel ao meu cônjuge no coração e na vida? Observei a lei moral no uso do matrimônio?

ATO DE CONTRIÇÃO

Meu Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, meu Criador e Redentor: por ser Vós quem sois e porque vos amo sobre todas as coisas, me arrependo de todo coração de todo o mau que fiz e de todo o bom que deixei de fazer, porque pecando ofendi a Vós, que sois o sumo bem e digno de ser amado sobre todas as coisas. Ofereço a minha vida, obras e trabalhos em satisfação dos meus pecados. Proponho firmemente com a ajuda da vossa graça, fazer penitência, não voltar a pecar e fugir das ocasiões de pecado. Senhor, pelos méritos da vossa paixão e morte, compadecei-vos de mim, e dai-me a vossa graça para nunca mais voltar a ofender-vos. Amém.

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