quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A oração em línguas


A oração em línguas é o único carisma voltado para a edificação pessoal

A oração em línguas é um dom do Espírito Santo (1 Cor 12,10). São Paulo faz vária citações sobre esse carisma e sua importância para quem o põe em prática. Vemos o apóstolo delongar-se na instrução aos Coríntios sobre o uso do dom das línguas e na correção aos exageros que por vezes ocorriam; podemos perceber que esse era um dom usado com muita freqüência, um dom muito comum para eles e assim o foi, nos primórdios, para a Igreja.

Contudo, durante muito tempo esse dom ficou esquecido e ate parecia ter desaparecido do seio da Igreja, mas novamente essa forma de oração tem ganhado expressão e é cada vez mais comum a sua prática em meio a Renovação Carismática.

Quantas vezes nos vemos perdidos, sem saber como rezar? Faltam-nos as palavras. Outras vezes começamos a louvar a Deus e não somos capazes de permanecer sequer cinco minutos em Seu louvor. Outras, ainda, sentimos o coração quase sair do peito de tanta vontade de falar com o Senhor, mas toda palavra que nos chega á boca parece ser insuficiente.

É bom saber que não estamos sozinhos, o Espírito mesmo vem em auxilio à nossa fraqueza.

Porque não sabemos o que devemos pedir nem orar como convém, Ele mesmo se dispõe a orar em nós. Trata-se do próprio Deus, que habita em nossos corações, templos Seus, a orar em nós. Diz a Sagrada Escritura que Ele o faz com gemidos inefáveis, se maneira que a inteligência humana é incapaz de entender.

São gemidos, sílabas que se combinam de maneira inteligível, mas de grande significância. É Deus que, sendo Pai e conhecendo o nosso coração, quer nos levar a uma oração profunda.

Aquele que ora em línguas não diz coisas que a inteligência humana seja capaz de compreender; a sua oração brota do seu coração, do seu espírito, rumo ao coração de Deus; ninguém o compreende, nem mesmo ele próprio, porque diz coisas misteriosas sob a ação do Espírito Santo. Há aqui um obstáculo para as pessoas que racionalizam tudo em demasia. Essa oração é uma humilhação para a inteligência... Quantas pessoas ao orar em línguas perguntam a si mesmas se não estão fazendo papel de estúpidas, até mesmo se sentem ridículas por consentir em iniciar tal forma de oração. Contraditório seria entendê-la quando a Sagrada Escritura diz que não é possível fazê-lo.

Há muitos que dizem não querer saber de dons, que a caridade lhes basta, como se esta se contrapusesse aos carismas e vice-versa. O Espírito Santo nos ensina: “Empenhai-vos em procurar a caridade. Aspirai igualmente os dons espirituais...” Devemos aspirar à caridade na mesma intensidade, da mesma forma e profundidade que os dons espirituais ( que acabam por ser uma operação da própria caridade).

Felizes são aqueles que se ariscam e se aventuram, mesmo quando os sentimentos contrariam a intenção de se lançar nessa maravilhosa experiência, já que aquele que assim reza edifica-se a si mesmo. Todos os outros carismas são para as outras pessoas; a oração em línguas é o único carisma voltado para a edificação pessoal. Convém não desperdiçar.

Extraido do livro: "Quando só Deus é a resposta"

Liturgia das Horas


A Liturgia das Horas, também chamada Ofício Divino, é a oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica. A palavra ofício vem do latim "opus" que significa "obra". É o momento de parar em meio a toda a agitação da vida e recordar que a Obra é de Deus. Consiste basicamente na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmos e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-Lhe por si e por todos os homens

"A Liturgia das Horas, tal como as demais acções litúrgicas, não é acção privada, mas pertence a todo o corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o.” (Instrução Geral da Liturgia das Horas, 20). Por esse motivo, a Igreja recomenda que seja celebrada comunitariamente, pois assim se exprime melhor a sua essência intrínseca. Sempre que seja possível, a celebração em grupo, comunitariamente, é preferível à celebração individual. No entanto, a celebração individual continua a estar inserida na oração de toda a Igreja, pelo que toda a celebração da Liturgia das Horas é sempre a seu modo comunitária.

É uma oração destinada a todos os cristãos, pelo que a Igreja convida todos a tomarem parte dela, dentro das suas possibilidades, em conjunto ou ao menos privadamente. Mas os ministros ordenados, bispos, presbíteros e diáconos, têm a especial obrigação de a celebrar, para que essa função que é de toda a Igreja seja realizada pelo menos por eles, e assim a oração da Igreja seja realizada de forma ininterrupta.

Origem da Liturgia das Horas

A oração judaica
O costume de os cristãos rezarem regularmente a diversos momentos do dia tem origem no costume judaico. Os judeus, no tempo de Jesus Cristo, tinham uma oração pública e privada perfeitamente regulamentada quanto às horas, composta de salmos e de leituras do Antigo Testamento.

Jesus Cristo, enquanto judeu, terá certamente praticado este tipo de oração, e o mesmo terão feito os Apóstolos. Os cristãos continuaram com esse costume, praticamente nos mesmos moldes, dando-lhe, claro, um sentido cristão, pelo que às leituras do Antigo Testamento cedo se juntaram leituras dos Evangelhos e das Epístolas.


Oração de Cristo e oração da Igreja
Jesus Cristo, ao longo dos Evangelhos, aparece frequentemente em oração, que aparece como parte essencial do seu ministério terreno. Do mesmo modo, recomenda aos seus discípulos que façam o mesmo e que “orem sem cessar”. Por esse motivo, os primeiros cristãos levaram a sério esta recomendação, pelo que tinham a oração regular como elemento essencial da sua vida cristã. Assim, encontramos nos Actos dos Apóstolos frequentes referências à oração dos primeiros cristãos e a horas determinadas em que essa oração era praticada, sempre com a intenção de cumprir o mandamento de Cristo.


Desenvolvimento da oração comunitária
Com o progressivo distanciamento dos judeus, sobretudo desde a destruição de Jerusalém e a diáspora, os cristãos foram desenvolvendo um esquema próprio de oração. Ao longo dos séculos, toma forma a oração regular nas cidades, sob a presidência do bispo, centrada em dois pólos: a manhã e a tarde. Todos os cristãos eram convidados a tomar parte nesta oração pública e comunitária, ainda que sem obrigação.

A recitação privada das diversas horas primeiramente não existia, mas foi sendo recomendada àqueles que não podiam participar na celebração comunitária.


A oração das horas e a vida monástica
No quinto século da era cristã. Benedito estruturou o Ofício Divino em oito períodos, incluindo um no meio da noite especificamente para os monges. A Regra de S. Bento se tornou um dos documentos mais importantes na formação da cultura ocidental. [2]

Com o aparecimento do monaquismo, a oração regular passa a fazer parte integrante da vida consagrada. O facto de ser realizada por pessoas que dedicavam grande parte do seu dia à oração levou a que essa oração se desenvolvesse e aumentasse, incluindo várias horas durante o dia, além das tradicionais de manhã e à tarde. Mais elaborada e comprida, a oração monástica acabou por influenciar a oração das catedrais, que integrou horas tipicamente monásticas.


A privatização da oração da Igreja
No início, a oração da Igreja era presidida pelo bispo, rodeado pelos seus presbíteros e diáconos e pelo povo cristão. Ora, com o desaparecimento dos diáconos e o envio dos presbíteros para zonas mais distantes da diocese, onde se estabeleceram como enviados do bispo, tal celebração comunitária acabou por cair em desuso. Os presbíteros passaram então a rezar privadamente as diversas horas.

Além disso, a oração da Igreja foi-se tornando progressivamente desconhecida para o povo cristão, pelo facto de ser mantida em latim, língua que o povo do império romano foi progressivamente abandonando e deixando de entender.

Isto motivou que a oração das horas se tornasse na prática algo reservado aos clérigos, mentalidade que se enraizou na consciência dos cristãos e que se mantém até hoje, apesar de não ser o seu sentido original.

As diversas horas litúrgicas

As diversas horas de oração existentes atualmente foram-se formando e sofrendo alterações ao longo dos tempos. Além disso, não têm todas a mesma importância. Os dois principais momentos da Liturgia das Horas são as Laudes e as Vésperas. “As Laudes, oração da manhã, e as Vésperas, oração da noite, tidas como os dois pólos do Ofício quotidiano pela tradição venerável da Igreja universal, devem considerar-se as principais Horas e como tais celebrar-se” (Sacrosanctum Concilium 89). Segue-se em importância o Ofício das Leituras e, por fim, a Hora intermédia e as Completas.

Ao iniciar a primeira hora litúrgica do dia, seja ela Laudes ou Ofício de Leitura, é costume rezar o Invitatório, que serve de introdução à oração de todo esse dia.


Laudes
Trata-se da oração realizada de manhã, tendo como objetivo consagrar o dia a Deus. Recorda ainda a Ressurreição de Cristo, que está associada à manhã.

Vésperas
Celebram-se ao fim da tarde, aproximadamente à hora do pôr-do-sol. Tem por objetivo agradecer o dia que termina. Recorda ainda a morte de Cristo e a sua Última Ceia.


Ofício de Leitura
Outrora feito durante a madrugada, trata-se duma oração que pode ser feita a qualquer hora do dia, consistindo essencialmente numa leitura longa da Bíblia e dum texto patrístico, hagiográfico ou do Magistério eclesial.


Hora intermédia
É um nome recente dado ao conjunto de três horas chamadas “menores”, pelo fato de terem menos importância no contexto das horas litúrgicas. São elas:


Completas
São a última oração do dia, mais breve, rezada antes de deitar.


Outras horas:
Antigamente existiam ainda outras horas litúrgicas:

Matinas: Oração longa constituída por salmos e leituras bíblicas e patrísticas, para ser rezada durante a madrugada, foi adaptada após o Concílio Vaticano II, para ser celebrada a qualquer hora do dia, e recebeu nome de Ofício de Leitura.
Prima: uma das horas menores, como as da atual Hora intermédia, a ser celebrada pelas 7h00. Foi abolida pelo Concílio Vaticano II, por se sobrepor à hora de Laudes.

Note-se que estas horas foram suprimidas na atual Liturgia das Horas, mas continuam a manter-se no Ofício divino anterior à reforma litúrgica, de uso opcional.


Estrutura das Horas

Laudes (Oração da manhã)

· Invitatório : V. Abri, Senhor os meus lábios. R. E minha boca anunciará vosso louvor. V. Glória ao Pai... R. Como era...
· Salmo Invitatório (geralmente o 94, mas pode ser também o 23, o 66 ou o 99).
· Hino : um para cada dia, exceto em tempos fortes (quando o hino é próprio).
· Salmodia : dois Salmos intercalados por um Cântico do AT.
· Leitura Breve
· Responsório breve
· Cântico Evangélico : Benedictus
· Preces
· Pai Nosso
· Oração final

Horas Intermediárias (Nove, Doze, Quinze)
· Introdução : V. Vinde o Deus em meu auxílio. R. E minha boca proclamará vosso louvor. V. Glória... R. Como era..

· Hino (fixo para cada hora)
· Salmodia : Três Salmos ou 1 menor e outro maior dividido em duas partes
· Leitura breve
· Responsório breve
· Oração final


Vésperas (Oração da Tarde)


· Introdução : V. Vinde o Deus em meu auxílio. R. E minha boca proclamará vosso louvor. V. Glória... R. Como era..
· Hino : um para cada dia, exceto em tempos fortes (quando o hino é próprio).
· Salmodia : dois Salmos seguidos de um Cântico do NT.
· Leitura Breve
· Responsório breve
· Cântico Evangélico : Magnificat
· Preces
· Pai Nosso
· Oração final


Completas (antes do repouso da noite)

· Introdução : Vinde o Deus...
· Hino : fixo
· Salmodia : um Salmo ou dois
· Leitura breve
· Responsório breve (fixo)
· Cântico Evangélico : Nunc dimittis
· Oração final


· Antífona final à Nossa Senhora

Ofício das Leituras (sem hora marcada)

· Introdução : Vinde o Deus...
· Hino
· Salmodia : geralmente um Salmo dividido em três partes
· Leitura Bíblica
· Responsório breve
· Leitura Hagiográfica (de um santo) ou Patrística (de um dos primeiros escritores da Igreja)
· Responsório breve.
· Oração final

Tabela dos dias litúrgicos


I

1. Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor.
2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa.
Quarta-feira de Cinzas.
Férias da Semana Santa, da Segunda à Quinta-feira inclusive.
Dias dentro da Oitava da Páscoa.

3. Solenidades do Senhor, da Virgem Santa Maria
e dos Santos inscritos no Calendário geral.
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

4. Solenidades próprias, a saber:
a) Solenidade do Padroeiro principal do lugar, da cidade ou da nação.
b) Solenidade da Dedicação e do aniversário da Dedicação da igreja própria.
c) Solenidade do Título da igreja própria.
d) Solenidade do Título ou do Fundador ou do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação.


II

5. Festas do Senhor inscritas no Calendário geral.

6. Domingos do Tempo do Natal e Domingos do Tempo Comum.

7. Festas da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritas no Calendário geral.

8. Festas próprias, a saber:
a) Festa do Padroeiro principal da diocese.
b) Festa do aniversário da Dedicação da igreja catedral.
c) Festa do Padroeiro principal da região ou da província, da nação ou de um território mais vasto.
d) Festas do Título, do Fundador, do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação e da província religiosa, salvo o que se prescreve no n. 4.
e) Outras festas próprias de cada igreja.
f) Outras festas inscritas no Calendário de cada diocese, Ordem ou Congregação.

9. Férias do Advento, do dia 17 ao dia 24 de Dezembro inclusive.
Dias da Oitava do Natal.
Férias da Quaresma.


III

10. Memórias obrigatórias do Calendário geral.

11. Memórias obrigatórias próprias, a saber:
a) Memórias do Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região ou da província, da nação ou de um território mais vasto, da Ordem ou Congregação e da província religiosa.
b) Outras memórias obrigatórias inscritas no Calendário de cada diocese, Ordem ou Congregação.

12. Memórias facultativas que também se podem celebrar nos dias referidos no n. 9, segundo o modo peculiar descrito nas Instruções do Missal Romano e sobre a Liturgia das Horas. Podem celebrar-se na mesma forma como memórias facultativas as memórias obrigatórias eventualmente, ocorrem nas férias da Quaresma.

13. Férias do Advento até ao dia 16 de Dezembro inclusive.
Férias do Tempo do Natal, desde o dia 2 de Janeiro até ao Sábado depois da Epifania.
Férias do Tempo Pascal, desde a Segunda-feira depois da Oitava da Páscoa até ao Sábado antes do Pentecostes inclusive.
Férias do Tempo Comum.

O ano litúrgico e o calendário

O ano litúrgico e o calendário


O dia litúrgico em geral
1. O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte. Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente (AC 3: EDREL 633).

O domingo
2. O domingo deve considerar-se como o dia de festa primordial (AC 4: EDREL 634). Pela sua peculiar importância, o domingo cede a sua celebração somente às solenidades e às festas do Senhor. Mas os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm a precedência sobre todas as festas do Senhor e sobre todas as solenidades. As solenidades que coincidem com estes domingos são transferidas para a segunda-feira seguinte, excepto quando se trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor (AC 5: EDREL 635).

As solenidades, as festas e as memórias
3. As celebrações, segundo a importância que lhes é atribuída, distinguem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória (AC 10: EDREL 640).
4. As solenidades são os dias principais. A sua celebração inicia-se com as Vésperas I no dia anterior. Algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas (AC 11: EDREL 641).
5. As festas celebram-se dentro do limite do dia natural; não têm, portanto, Vésperas I, a não ser que se trate de festas do Senhor que coincidem com um domingo do Tempo Comum ou do Tempo do Natal; neste caso substituem o Ofício do domingo (AC 13: 643).
6. As memórias são obrigatórias ou facultativas; a sua celebração ordena-se com a das férias ocorrentes, segundo as normas descritas nas Instruções gerais do Missal Romano e da Liturgia das Horas.
As memórias obrigatórias que coincidem com as férias da Quaresma só podem ser celebradas como memórias facultativas.
Quando ocorrem no mesmo dia várias memórias facultativas, só uma delas pode ser celebrada, omitindo as outras (AC 14: EDREL 644).
7. Nos sábados do Tempo Comum, em que não ocorre uma memória obrigatória, pode celebrar-se a memória facultativa de Nossa Senhora (AC 15: EDREL 645).

As férias
8. Os dias da semana que se seguem ao domingo chamam-se férias; a sua celebração difere segundo a importância de cada uma (AC 16: EDREL 646).

O Tríduo pascal
9. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor inicia-se com a Missa da Ceia do Senhor, tem o seu centro na Vigília Pascal e termina nas Vésperas do domingo da Ressurreição (AC 19: EDREL 649).

O Tempo Pascal
10. Os cinquenta dias que se prolongam desde o domingo da Ressurreição até ao domingo do Pentecostes celebram-se na alegria e exultação como um único dia de festa, melhor, como «um grande Domingo» (AC 22: EDREL 652).
11. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da Páscoa e celebram-se como solenidades do Senhor (AC 24: EDREL 654).

O Tempo da Quaresma
12. O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas até à Missa da Ceia do Senhor exclusive (AC 28: EDREL 658).

O Tempo do Natal
13. O Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do Senhor até ao domingo depois da Epifania, isto é, até ao domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro inclusive (AC 33: EDREL 663).

O Tempo do Advento
14. O Tempo do Advento começa com as Vésperas I do domingo que ocorre no dia 30 de Novembro ou no mais próximo a este dia e termina antes das Vésperas I do Natal do Senhor (AC 40: EDREL 670).

O Tempo Comum
15. O Tempo Comum começa na Segunda-feira a seguir ao domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à Terça-‑feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na Segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento (AC 44: EDREL 674).

As Rogações e as Quatro Têmporas
16. Para que as Rogações e as Quatro Têmporas se adaptem às diversas necessidades dos fiéis, é conveniente que as Conferências Episcopais determinem o tempo e o modo de as celebrar (AC 46: EDREL 676).
Assim, a Conferência Episcopal Portuguesa decidiu:
a) manter as Rogações, embora reduzindo a um só dia a sua celebração;
b) fixar essa celebração na Quinta-feira após o VI Domingo da Páscoa, podendo rezar-se ou cantar-se as Ladainhas dos Santos e fazer-se a procissão, conforme o costume antigo, porventura com a bênção dos campos;
c) sugerir que se usem os textos indicados pelo Missal Romano para a Missa pela santificação do trabalho humano e para a Missa em qualquer necessidade, ou, no caso de não haver Missa, que se faça uma celebração da Palavra adequada, devendo, em ambos os casos, escolher-se as respectivas leituras entre as que são propostas pelo Leccionário;
d) suprimir a celebração litúrgica das Quatro Têmporas.

Ocorrência de celebrações litúrgicas
17. Quando no mesmo dia coincidem várias celebrações, faz-se aquela que na tabela dos dias litúrgicos tem precedência (AC 60: EDREL 690).
18. Se em determinado ano uma solenidade for impedida por um dia litúrgico que tenha precedência sobre ela, transfere-se para o dia mais próximo que esteja livre das celebrações enumeradas nos nn. 1-8 da referida tabela. As outras celebrações omitem-se nesse ano (AC 60: EDREL 690).
19. As solenidades que coincidem com os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa são transferidas para a segunda-feira seguinte, excepto quando se trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor (AC 5: EDREL 635).
20. Quando no mesmo dia coincidem as Vésperas do Ofício corrente com as Vésperas I do dia seguinte, celebram-se as Vésperas da celebração que, na tabela dos dias litúrgicos, tem precedência; em caso de igualdade, celebram-se as Vésperas do dia corrente (AC 61: EDREL 691).

Transferência para os domingo do Tempo Comum
de celebrações que ocorrem num dia de semana
21. Para o bem pastoral dos fiéis, podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num dia de semana e que são de especial devoção dos fiéis, contanto que estas celebrações, na tabela dos dias litúrgicos, tenham precedência sobre os domingos (AC 58: EDREL 688).

Jesus Eucarístico: Deus no meio de nós!


O sacramento da Eucaristia é junto com devoção à Virgem Maria, a mais bela riqueza que temos na nossa Igreja.

O papa da Eucaristia, S. Pio X dizia:

“A devoção à Eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por seu objeto; o Autor da graça; e é a mais suave ,pois suave é o Senhor”.
A Eucaristia é Jesus Amor. Por isso ela é Sacramento do Amor, é uma resposta e um sinal para um mundo com tanto desamor. Neste Sacramento está Jesus Vivo e Verdadeiro, o “Deus Amor” (Jo 4,8), o Deus que nos amou e nos ama até o fim (cf. Jo 13,1).

Todas as expressões de amor estão contidas na Eucaristia: o Amor Encarnado, o amor Crucificado, o Amor de União, o Amor que inebria, o Amor Apaixonado...

São Pedro Julião dizia: “Ser possuído por Jesus, e possuí-lo: eis o Reino perfeito do Amor.” A Eucaristia é este “Reino Perfeito”: nós o possuímos e Ele nos possui; nós o recebemos escondido no Pão é Ele toma posse de todo nosso ser e nesta íntima e perfeita união realiza-se maravilhas na alma, porque Aquele que os anjos adoram vive e reina dentro de nós.

Não há nada que possa comparar com a alma que com devoção e humildade adora o Pão da Vida, se os católicos soubessem que efeito isto causa, trocaria suas prioridades, por tais momentos de oração, pois diante do trono, no tabernaculo os “verdadeiros adoradores” (cf. Jo 4,23) são capazes de abalar as “estruturas do inferno”. Podemos mudar o rumo da humanidade pela adoração ao Santíssimo.

Assim ocorreu com S. João Maria Vianey, uma alma apaixonada por Jesus Eucarístico, que chegando a pequena e pouco conhecida aldeia de Ars, verificou em que decadência e perversão encontravam-se aquele lugar e decidiu logo começar a agir e da forma mais sábia:

Ele não implantou já pastorais e muito menos fez campanhas sociais; o neo-sacerdote levantava-se todo o dia a duas da madrugada, punha-se em oração junto ao altar, dentro da escura igreja e orava preparando-se para a Santa Missa, depois desta dava ação de graças e permanecia em adoração até o meio dia: sempre ajoelhado no piso nu da igreja, sem se apoiar em nada, com o terço nas mãos e o olhar fixo no sacrário.

Porém, isto não permaneceu por muito tempo, pois a fecundidade daquela adoração, começou a dar frutos e pouco a pouco as almas foram sendo atraídas e o santo precisou mudar o seu programa pois a Igreja foi considerada pequena para conter a multidão que vinha da própria aldeia e das romarias feitas pelas cidades vizinhas, enquanto o padre teve que por muitas vezes ficar atendendo confissão até por dezoito horas interruptas.

Quantos milagres, quantas conversões aconteceram naquele pequeno lugar na França. Tudo obra de profunda adoração a Jesus Eucarístico!

E, em tudo isso, o que é mais lindo: é a sua presença nos tabernáculos das nossas Igrejas, aprisionado por Amor a nós, esperando a nossa visita.

por: Irmã Cíntia Teixeira de Sousa, Asjm

Ensinamentos dos Santos sobre a Eucaristia



São João Crisóstomo
“Deu-se todo não reservando nada para si”.
“Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”

São Boaventura
“Ainda que friamente aproxime-se confiando na misericórdia de Deus”

São Francisco de Sales
“Duas espécies de pessoas devem comungar com freqüência: os perfeitos para se conservarem perfeitos,
e os imperfeitos para chegarem à perfeição”

Santa Teresa de Ávila
“Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.
“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus.
Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”.
“Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”.

São Bernardo
“A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”.
“Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.

São Vicente Ferrer
“Há mais proveito na Eucaristia que em uma semana de jejum a pão e água"

Santo Ambrósio
“Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance”

São Gregório Nazianzeno
"Este pão do céu requer que se tenha fome. Ele quer ser desejado”.
“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-no do altar,
espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno”

São Tomás de Aquino
“A comunhão destrói a tentação do demônio"

Concílio de Trento
“Remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”

Santo Afonso de Ligório
“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir,
prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”

São Pio X
“A devoção à eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem
o próprio Deus por objeto; é a mais salutar porque nos dá o próprio autor
da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor”.
“Se os anjos pudessem sentir inveja, nos invejariam porque podemos comungar”

Santo Agostinho
“Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos,
mas é Jesus Cristo que nos transforma nele.”
“Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais;
e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”
“ A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia.”
“Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade”

Papa Pio XII
“A fé da Igreja é esta: que um só e o mesmo é o Verbo de Deus e o Filho de Maria,
que sofreu na cruz, que está presente na Eucaristia, e que reina no céu”

São Gregório de Nissa
“Nosso corpo unido ao corpo de Cristo, adquire um princípio de imortalidade, porque se une ao Imortal”

São João Maria Vianney
“Cada hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”

Santa Teresinha
“Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”. “Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão”

Santa Margarida Maria Alacoque
“Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus,
o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós”

São Filipe Neri
“A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor,
mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos.
Não pode haver castidade sem a Eucaristia”

Santa Catarina de Gênova
“O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”

São João Bosco
“Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento,
ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante”

Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-o muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças?
Visitai-o poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado.
Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer ao demônio?
Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus...”

Imitação de Cristo (Tomás de Kempis)
“Ao sacerdote na consagração é dado ao que aos anjos não foi concedido”.
“Não há oblação mais digna, nem maior satisfação para expiar os pecados, que oferecer-se a si mesmo a Deus, pura e inteiramente, unido à oblação do Corpo de Cristo, na missa e na comunhão”.

“A Eucaristia é a saúde da alma e do corpo, remédio de toda enfermidade espiritual,
cura os vícios, reprime as paixões, vence ou enfraquece as tentações, comunica maior graça,
confirma a virtude nascente, confirma a fé, fortalece a esperança, inflama e dilata a caridade.

História da Solenidade de Corpus Christi


No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja, mais tarde o Papa Urbano IV.

O bispo Roberto focou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofócio para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real., no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais -onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa- em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício -a liturgia das horas- a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis -por João XXII- e assim a festa é estendida a toda a Igreja.

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Eucaristia A santa Missa


Jesus quis deixar para a Igreja um sacramento que perpetuasse o sacrifício de sua morte na cruz. Por isso, antes de começar sua paixão, reunido com seus apóstolos na última ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia, convertendo pão e vinho em seu próprio corpo vivo, e o deu de comer, fez partícipes de seu sacerdócio aos apóstolos e mandou-lhes que fizessem o mesmo em sua memória.

Assim a Santa Missa é a renovação do sacrifício reconciliador do Senhor Jesus. Além de ser uma obrigação grave assistir à Santa Missa aos domingos e feriados religiosos de preceito -a menos que esteja impedido por uma causa grave-, é também um ato de amor que deve brotar naturalmente de cada cristão, como resposta agradecida frente ao imenso dom que significa que Deus se faça presente na Eucaristia.

O que é a Eucaristia?

É o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo sob as espécies de pão e vinho. Por meio da consagração, o sacerdote converte realmente no corpo e sangue de Cristo o pão e vinho oferecido no altar.

O que é a Santa Missa?

É a renovação sacramental do sacrifício da cruz.

A Santa Missa é o mesmo sacrifício da Cruz?

Sim, a Santa Missa é o mesmo sacrifício da Cruz, mas sem derramamento de sangue, pois agora Jesus Cristo encontra-se em estado glorioso.

Quem pode celebrar a Santa Missa?

Somente os sacerdotes podem celebrar a Santa Missa, pois somente eles podem atuar personificando a Cristo, cabeça da Igreja.

Quais são os fins pelos quais se oferece a Santa Missa?

Os fins pelos quais se oferece a Santa Missa são quatro: adorar a Deus, agradecer por seu benefícios, pedir-lhe dons e graças, e para a satisfação por nossos pecados.

A Santa Comunhão

A Eucaristia é também banquete sagrado, no qual recebemos a Jesus Cristo como alimento de nossas almas.

A Comunhão é receber a Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia; de maneira que, ao comungar, entra em nós mesmos Jesus Cristo vivo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem,com seu corpo, sangue, alma e divindade.

A Eucaristia é a fonte e cume da vida a Igreja, e também de nossa vida em Deus. A Igreja manda comunga pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça; recomenda vivamente a comunhão freqüente e, se possível, sempre que se assista a Santa Missa, para que a participação do sacrifício de Jesus seja completa.

É muito importante receber a Primeira Comunhão quando se chega ao uso da razão, com a devida preparação.

O que é a Santa Comunhão?

A Sagrada Comunhão é receber Jesus Cristo presente na Eucaristia.

De que modo Jesus Cristo está presente na Eucaristia?

Jesus Cristo está na Eucaristia verdadeira, real e substancialmente presente, inteiro, vivo e glorioso, com seu corpo, sangue, alma e divindade, em cada uma das espécies e em qualquer parte delas.

A Hóstia consagrada é uma "coisa"?

Não, a Hóstia consagrada não é uma "coisa", embora o pareça; é uma Pessoa Divina, é Jesus vivo e verdadeiro.

Quem pode comungar?

Pode comungar quem estiver em graça de Deus, guardar o jejum eucarístico e saber quem vai receber.

Em que consiste o jejum eucarístico?

Consiste em abster-se de tomar qualquer alimento ou bebida, pelo menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus assistentes podem comungar mesmo que tenham tomado algo na hora imediatamente anterior.

Quando se recebe a primeira comunhão?

A primeira comunhão pode ser recebida quando se começa a ter uso da razão, o que se supõe a partir dos sete anos; tendo recebido previamente a preparação oportuna e o sacramento da penitência.

Que pecado comete quem comunga em pecado mortal?

Quem comunga em pecado mortal comete um grave pecado chamado sacrilégio.

O que deve fazer quem deseja comungar e encontra-se em pecado mortal?

Quem deseja comungar e encontra-se em pecado mortal não pode receber a Comunhão sem recorrer antes ao sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.