terça-feira, 15 de julho de 2008

APRENDENDO A REZAR O SANTO ROSÁRIO

* Como nos dizia o Papa João Paulo II, o Rosário é o "compêndio da Bíblia". Nele meditamos, em cada mistério, todas as passagens bíblicas: os Mistérios da Alegria (ou Gozosos - Anunciação do Anjo até o encontro do menino Jesus no Templo), Mistérios da Luz (ou Luminosos - Batismo de Jesus até a Instituição da Eucaristia), Mistérios da Dor (ou Dolorosos - Agonia de Jesus no horto até sua crucificação) e Mistérios da Glória (ou Gloriosos - Ressurreição de Jesus até à coroação de Nossa Senhora)

* Ao celebrar 24 anos de pontificado, no dia 16/10/2002, o Papa João Paulo II assinou a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae em que acrescentou ao rosário, os cinco Mistérios da Luz, inspirados na vida pública de Jesus.O Papa, na época, fixou o período entre outubro de 2002 a outubro de 2003 como o ano do Rosário.

OS MISTÉRIOS DO SANTO ROSÁRIO

Conforme os termos da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, de 16/10/02, pelo Papa João Paulo II

1º PASSO - COMO REZAR UM TERÇO

- Ao apresentarmos este manual, trabalharemos com a hipótese de que o leitor conheça o terço apenas em sua forma física, não sabendo o significado das suas contas ou as orações nele contidas. Assim, iremos estudar o terço na sua forma básica, para que se possa entendê-lo adiante na totalidade.

- O oração do terço inicia na cruz que está na extremidade, onde reza-se a oração do Creio. Na conta seguinte (bolinha maior) reza-se a Oração do Pai-nosso. Nas três contas seguintes (bolinhas menores) rezam-se três Ave-Marias, sendo a primeira Ave-Maria em honra à Deus Pai que nos criou; a segunda, em honra a Deus Filho que nos remiu e, a terceira, em honra a Deus Espírito Santo, que nos santifica. Na outra seguinte (bolinha maior) , reza-se o Glória ao Pai. Agora, sim, iniciam-se os mistérios (o terço possui cinco mistérios, onde cada mistério é composto de um Pai-nosso e dez Ave-Marias). Primeiramente se reza um Pai-nosso, onde cada bolinha menor representa uma Ave-Maria. Chegando-se na bolinha maior, que completa a primeira dezena, reza-se novamente o Pai-nosso e mais dez Ave-Marias e assim sucessivamente. No intervalo de cada mistério, serão recitadas jaculatórias que veremos depois e, no final do terço, a oração da Salve Rainha. Se você entender isto, já sabe rezar o terço básico, sem as contemplações, que também serão estudadas adiante. Na ilustração abaixo visualizaremos o que foi dito; Ao posicionarmos o cursor do mouse sobre os tópicos da coluna da esquerda, serão visualizadas as orações que integram o terço :

OFERECIMENTO DO TERÇO

CREIO EM DEUS PAI (CREDO)

PAI NOSSO

AVE-MARIA

GLÓRIA AO PAI

JACULATÓRIA (Ó meu Jesus...)

AGRADECIMENTO


- Ao iniciarmos, apresentamos nossas intenções do terço (Oferecimento). O Terço, em si, começa na cruzinha, onde reza-se o Creio. Na bolinha seguinte (maior), o Pai-nosso e três Ave-Marias nas bolinhas subsequentes (em honra a Deus Pai que nos criou, a Deus Filho que nos remiu, e a Deus Espírito Santo que nos santifica). Na bolinha seguinte (maior), o Glória ao Pai. Depois iniciam-se as dezenas, como explicamos acima. Ao final de cada dezena, após o Glória ao Pai, reza-se uma jaculatória (Ó meu Jesus) e isto se repete até o final do Terço, quando rezamos a Salve Rainha. (Se não conhece as orações, clique nos links acima - lado esquerdo).

2º PASSO - ENTENDENDO O ROSÁRIO

- A etapa mais importante já aprendemos. Agora que sabemos como rezar o terço, entender o Rosário será mais fácil. Um Rosário completo é formado por quatro terços, onde cada terço representa, distintamente a contemplação dos seguintes mistérios: 1º terço - Contemplação dos Mistérios Gozozos; 2º terço - Contemplação dos Mistérios Luminosos; 3º terço - contemplação dos Mistérios Dolorosos; 4º terço - Contemplação dos Mistérios Gloriosos. (Obs: Antigamente, um Rosário completo era formado por três terços, mas o Papa João Paulo II, no dia 16/10/02, acrescentou a ele os Mistérios Luminosos, pela Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae)

Quatro Terços formam um Rosário, onde cada terço representa um mistério. Vejamos a ilustração:

Mistérios Gozosos


Mistérios Luminosos


Mistérios Dolorosos


Mistérios Gloriosos



+

+

+

=

1 ROSÁRIO


Onde cada terço está subdividido em 05 (cinco) dezenas, cada uma representando um mistério. Por exemplo, ao rezarmos o primeiro terço (Mistérios Gozosos) , iremos contemplar cinco passagens diferentes: 1º. Mistério Gozoso até o 5º Mistério Gozoso. Aplica-se, assim, o mesmo critério aos terços seguintes (Mistérios Luminosos, Dolorosos e Gloriosos). No tópico seguinte, veremos as meditações dos mistérios de cada um dos terços que formam o Rosário.

3º PASSO - TODAS AS MEDITAÇÕES DO ROSÁRIO

Até aqui já sabemos como rezar o terço básico, bem como o Rosário, já que este é formado pela reza de quatro terços completos, cada um deles significando um Mistério. Cada Mistério está subdividido em cinco mistérios. Por exemplo, no terço do Mistério Gozoso rezaremos 5 (cinco) dezenas do terço, onde contemplaremos, em cada dezena, uma passagem bíblica. Veja na ilustração como divide-se a contemplação de cada um dos quatro terços que formam o Rosário:

1º TERÇO - MISTÉRIOS GOZOSOS

1ª Dezena

2ª Dezena

3ª Dezena

4ª Dezena

5ª Dezena

- No 1º Mistério Gozoso contemplamos Anunciação do Anjo à Nossa Senhora

- No 2º Mistério Gozoso contemplamos a visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel.

- No 3º Mistério Gozoso contemplamos o nascimento de Jesus.

- No 4º Mistério Gozoso contemplamos a apresentação do Menino Jesus no Templo

- No 5º Mistério Gozoso contemplamos a perda e encontro de Jesus no Templo.

2º TERÇO - MISTÉRIOS LUMINOSOS

1ª Dezena

2ª Dezena

3ª Dezena

4ª Dezena

5ª Dezena

- No 1º Mistério Luminoso contemplamos o batismo de Jesus no Jordão

- No 2º Mistério Luminoso contemplamos o 1º milagre de Jesus nas Bodas de Caná.

- No 3º Mistério Luminoso contemplamos a proclamação do Reino de Deus e convite à conversão.

- No 4º Mistério Luminoso contemplamos a Transfiguração de Jesus

- No 5º Mistério Luminoso contemplamos a Instituição da Eucaristia.

3º TERÇO - MISTÉRIOS DOLOROSOS

1ª Dezena

2ª Dezena

3ª Dezena

4ª Dezena

5ª Dezena

- No 1º Mistério Doloroso contemplamos a agonia mortal de Jesus, no Horto das Oliveiras

- No 2º Mistério Doloroso contemplamos como Jesus foi açoitado e flagelado.

- No 3º Mistério Doloroso contemplamos como Jesus foi cruelmente coroado de espinhos por seus algozes.

- No 4º Mistério Doloroso contemplamos como Jesus pacientemente carrega sua cruz ao Calvário.

- No 5º Mistério Doloroso contemplamos a crucificação e morte de Jesus

4º TERÇO - MISTÉRIOS GLORIOSOS

1ª Dezena

2ª Dezena

3ª Dezena

4ª Dezena

5ª Dezena

- No 1º Mistério Glorioso contemplamos a Ressurreição triunfante de Nosso Senhor Jesus Cristo.

- No 2º Mistério Glorioso contemplamos a Ascensão de Jesus ao Céu.

- No 3º Mistério Glorioso contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos.

- No 4º Mistério Glorioso contemplamos a Assunção gloriosa de Nossa Senhora ao Céu.

- No 5º Mistério Glorioso contemplamos a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céu e da Terra.

- Com este documento impresso, já somos capazes de rezar um Rosário completo sem dificuldades. Entretanto, temos a opção de rezar somente um terço por dia, obedecendo o ciclo semanal, onde cada dia representa um Mistério diferente. Vejamos:

CICLO SEMANAL DO ROSÁRIO:

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Mistérios Gozosos Mistérios Dolorosos Mistérios Gloriosos

* Mistérios Luminosos

Mistérios Dolorosos * Mistérios Gozosos Mistérios Gloriosos

Obs : * Veja que ordem dos terços e respectivos mistérios não corresponde à seqüência Rosário que estudamos, que são: Os Mistérios Gozosos, Mistérios Luminosos, Mistérios Dolorosos e Mistérios Gloriosos. No entretanto, a aplicação desta seqüência durante os dias da semana, Sua Santidade esclarece na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae:

"Segundo a prática corrente, a segunda e a quinta-feira são dedicadas aos “mistérios da alegria”, a terça e a sexta-feira aos “mistérios da dor”, a quarta-feira, o sábado e o domingo aos “mistérios da glória”. Onde se podem inserir os “mistérios da luz”? Atendendo a que os mistérios gloriosos são propostos em dois dias seguidos –sábado e domingo – e que o sábado é tradicionalmente um dia de intenso caráter mariano, parece recomendável deslocar para ele a segunda meditação semanal dos mistérios gozosos, nos quais está mais acentuada a presença de Maria. E assim fica livre a quinta-feira precisamente para a meditação dos mistérios da luz." (No terço antigo, meditavam-se os Mistérios Gozosos na quinta e, os Gloriosos, no sábado)

Papa João Paulo II

- Reconhecendo a necessidade, o mérito e a excelência da Ave-Maria, é uma prática salutar a reza da Ladainha de Nossa Senhora e também a oração de São Bernardo, após a recitação do Santo Rosário:

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

= INVOCAÇÃO =

= RESPOSTA =

Senhor, tende piedade de nós

Jesus Cristo, tende piedade de nós

Jesus Cristo, ouvi-nos

Deus Pai do Céu

Deus Filho, Redentor do mundo

Deus Espírito Santo

Santíssima Trindade, que sois um só Deus

Santa Maria

Santa Mãe de Deus

Santa Virgem das Virgens

Mãe de Jesus Cristo

Mãe da Divina Graça

Mãe Puríssima

Mãe Castíssima

Mãe Imaculada

Mãe Intacta

Mãe Amável

Mãe Admirável

Mãe do Bom Conselho

Mãe do Criador

Mãe do Salvador

Mãe da Igreja

Virgem Prudentíssima

Virgem Venerável

Virgem Louvável

Virgem Poderosa

Virgem Benigna

Virgem Fiel

Espelho de Justiça

Sede da Sabedoria

Causa de nossa alegria

Vaso Espiritual

Vaso Honorífico

Vaso Insigne de Devoção

Rosa Mística

Torre de Davi

Torre de Marfim

Casa de Ouro

Arca da Aliança

Porta do Céu

Estrela da Manhã

Saúde dos Enfermos

Refúgio dos Pecadores

Consolação dos Aflitos

Auxílio dos Cristãos

Rainha dos Anjos

Rainha dos Patriarcas

Rainha dos Profetas

Rainha dos Apóstolos

Rainha dos Mártires

Rainha dos Confessores

Rainha das Virgens

Rainha de Todos os Santos

Rainha concebida sem pecado original

Rainha Assunta ao Céu

Rainha do Sacratíssimo Santo Rosário

Rainha da Paz

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo

Rainha do Sacratíssimo Rosário

- Senhor, tende piedade de nós

- Jesus Cristo, tende piedade de nós

- Jesus Cristo, atendei-nos

- Tende piedade de nós

- Tende piedade de nós

- Tende piedade de nós

- Tende piedade de nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

Rogai por nós

- Perdoai-nos, Senhor

- Ouvi-nos, Senhor

- Tende piedade de nós

- Rogai por nós, que recorremos a Vós

OREMOS: Ó Deus, cujo Unigênito Filho nos mereceu por sua vida, morte e Ressurreição, as recompensas da eterna salvação, fazei, vo-lo pedimos, com que honrando estes mistérios do santíssimo Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria, imitemos o que encerram e obtenhamos o que prometem. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém.

ORAÇÃO DE SÃO BERNARDO (LEMBRAI-VOS)

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido a vossa proteção, implorando o vosso auxílio, e reclamando o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, ó Virgem das virgens, como à Mãe recorro e de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas dignai-vos de as ouvir propícia e me alcançar o que vos rogo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

Orações básicas do catolicismo

A primeira catequese deve não só em primeiro lugar ministrada, mas constantemente incentivada pelos pais. A oração deve ser posta como algo preciosíssimo e necessário e a prova disto encontramos na Bíblia, onde lemos que o próprio Jesus passava noites inteiras rezando. Uma vida verdadeiramente cristã não é imaginável, sem que haja uma vida de oração.

Os santos todos eram amigos e cultivadores do espírito de oração. Para perder as almas, o demônio procura tirar-lhes o gosto, o amor por ela. A busca desenfreada por divertimentos, paganização da moda, má imprensa (jornais, revistas, televisão, internet) são muitas vezes instrumentos na mão de Satanás para afastar os fiéis da prática da oração. Quem não reza cai em tentação, como aconteceu com os Apóstolos, no horto das Oliveiras. Não só cairá em tentação: corre o risco de perder a fé e todo o fundamento religioso. A oração é o termômetro da vida na alma.


SINAL DA CRUZ - Há dois modos:

1. Pelo sinal da santa cruz , livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. (Usando a mão direita, com o polegar, faz-se uma pequena cruz na testa, outra nos lábios e outra no peito). Mais propriamente, denominamos este sinal: Benzer-se ou persignar-se.

2. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (Usando a mão direita, encosta-se a ponta do indicador na testa, depois no peito, na extremidade esquerda do ombro e em seguida na extremidade direita do ombro).

CREDO (ou CREIO)

Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

PAI NOSSO

Pai nosso , que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

AVE-MARIA

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

GLÓRIA AO PAI

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

SALVE RAINHA

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

SANTO ANJO

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde governe, ilumine. Amém.


ALMA DE CRISTO

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para vós,
para que com os vossos Santos vos louve,
por todos os séculos dos séculos.
Amém.


ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO

Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com
a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
Amém.


OBRIGADO, SENHOR!

Obrigado, Senhor, pela tua presença constante ao meu lado! Tu és a força no momento de fraqueza, a alegria no momento de tristeza. Tu és a paz na tribulação e na angústia, és a rocha que alicerça meus projetos, e o embalo harmonioso que me acalma nas noites de inquietação. Tu és a luz que ilumina o meu caminho e a luz que me faz caminhar. Tu envolves toda a minha vida e estás presente em cada momento que vacilo. Quando caio, me levantas; quando me decepciono, me animas; quando sinto medo, me fortaleces. Em ti confio plenamente e a todo momento rendo graças pelas bênçãos e maravilhas que realizas a cada novo dia. Amém!


ATO DE CONTRIÇÃO (antes de confessar)

Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também por perdido o céu e merecido o inferno, e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender, e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.

ATO DE FÉ

Eu creio firmemente que há um só Deus, em três pessoas, realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, que dá o céu aos bons e o inferno aos maus, para sempre. Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar, e que ao terceiro dia ressuscitou. Creio tudo o mais que ensina a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, porque Deus, verdade infalível, lho revelou. E nesta crença, quero viver e morrer. Amém.

ATO DE ESPERANÇA

Eu espero, meu Deus, com firme confiança, que pelos merecimentos de meu Senhor Jesus Cristo me dareis a salvação eterna e as graças necessárias para consegui-la, porque vós, sumamente bom e poderoso, o haveis prometido a quem observar fielmente os vossos Mandamentos, como eu proponho fazer com o vosso auxílio. Amém.

ATO DE CARIDADE

Eu vos amo, meu Deus, de todo o meu coração e sobre todas as coisas, porque sois infinitamente bom e amável, e antes quero perder tudo do que vos ofender. Por amor de vós amo meu próximo como a mim mesmo. Amém.

A SANTA INQUISIÇÃO

Muitas controvérsias surgiram acerca deste melindroso e delicado assunto. Se por um lado a história registra excessos e atrocidades, muitas mentiras também foram levantadas com o único objetivo de caluniar a Igreja Católica. Foram períodos duros para a Igreja, que teve de agir com veemência diante do surgimento de heresias que ameaçavam destruir os princípios básicos da Sã Doutrina. Entretanto, para entendermos os excessos e grandes abusos na aplicação do regimento da Santa Inquisição, devemos estudar também a questão da investiduras, que será tratado num tópico à parte. Resumidamente, podemos dizer que naquela ocasião os soberanos exerciam forte interferência política nas decisões regionais da Igreja, muitas vezes influenciando diretamente na escolha de bispos e padres. Muitos deles santificaram-se nos cargos em que foram investidos. Outros, porém, sem o menor resquício de vocação religiosa, aceitavam tal condição unicamente para atender os interesses dos nobres. Um tipo de influência política semelhante a história registrou no caso do julgamento de Santa Joana D'Arc, apesar de nesta época a questão das investiduras ser já uma página virada. Ao ser aprisionada quando tentava libertar a cidade de Compiègne, foi sumariamente sentenciada sem que pudesse recorrer às instâncias superiores da Igreja. Assim, apoiada pelo clero francês, acabou sendo condenada à morte como herética pelo clero inglês e, ao apelar para o Papa, o Bispo francês Pedro Cauchon, simpático à coroa inglesa, retrucou: "O Papa está muito longe". Aplicou-se , assim a pena capital através de uma decisão iníqua, maliciosa e política, sem direito à apelação, sem o conhecimento do Papa. Não é à toa ser notório que muitos acusam e responsabilizam a Santa Igreja por tais excessos. Sem conhecimento de causa, ignoraram a má conduta daqueles falsos pastores, políticos e iníquos que, usurpando suas funções eclesiais, aplicavam penas capitais baseada nos seus interesses escusos. Não fosse assim Santa Joana D'Arc não teria sido elevada aos altares, para honra dos católicos e glória de Deus.

HISTÓRIA

Pode-se dizer que a Igreja Católica foi a alma da sociedade feudal, onde o clero era constituído como a única classe letrada e, os servos e senhores, na maioria ignorantes e completamente analfabetos. Os sacerdotes, arcebispos, padres e párocos constituiam o clero secular, porque seus membros viviam na sociedade ou no mundo (do latim seculum). Os bispos governavam uma diocese constituída de várias paróquias e administravam em nome da Igreja. Já o clero regular era dividido em diversos grupos de comunidades e, cada comunidade de convento que obedecia à mesma regra, denominava-se , como ainda hoje denomina-se "ordem". A importância do clero regular na cultura medieval foi enorme. Bastaria dizer-se que as obras mestras da literatura latina chegaram até os nossos dias através dos manuscritos copiados pelos monges. O respeito que impunham criava ao redor dos mosteiros uma zona de segurança, onde a massa campesina encontrava asilo e proteção. A Igreja enaltecia a dignidade do trabalho, dando o exemplo com a operosidade de seus monges na agricultura: "Ora et labora" - reza e trabalha.

Os tribunais eclesiásticos eram importantíssimos na idade média, pois não julgavam somente os membros do clero, mas se pronunciavam sobre todos os assuntos que direta ou indiretamente se vinculavam à Igreja, tais como contratos celebrados sob juramento, testamentos, questões referentes à órfãos e viúvas, bruxarias, sacrilégios, etc.

A maneira de julgar dos tribunais eclesiásticos era sumamente mais justa que os processos bárbaros utilizados pela justiça feudal, como os "ordálios" e "juízos de Deus". Nos tribunais ordálios exigia-se que o acusado provasse sua inocência colocando a mão no fogo ou água fervente. Os "juízos de Deus" submetiam o acusador e o acusado à luta, e tinha ganho de causa o vencedor. O julgamento da Igreja Católica pautava-se por um conjunto de normas que constituíam o direito canônico, o qual proporcionava aos acusados defesa muito mais amplas e penas menos severas, razão por que a maioria das pessoas procurava estar sob jurisdição eclesiástica.

Também para coibir dissidências que pudessem eventualmente atingir os princípios básicos da sã doutrina, dispunha a Igreja da excomunhão. O excomungado era excluído da comunidade dos fiéis, não podendo receber os sacramentos e os católicos não podiam ter nenhuma relação ou contato com ele. Quando os senhores feudais excomungados persistiam em rebeldia , a Igreja lançava então a interdição, que significava a proibição da realização de qualquer cerimônia religiosa no feudo.

Os princípios básicos da Inquisição remontam ao ano de 1184, quando, pelo Concílio de Verona , tornou-se órgão de investigação e combate às heresias. O tribunal do Santo Ofício, a princípio, definiu as atribuições que seriam exercidas pelos bispos especialmente delegados, penetrando em diversos países da Europa, mas só adquiriu força na península ibérica, Itália, França e Alemanha.

Em 1231, através o Papa Gregório IX lança a bula Excommunicamus, que estabelecia a Santa Inquisição, tendo adquirido funcionamento próprio através de um decreto, de 1233, sistematizando leis e jurisprudências acerca dos crimes relativos à feitiçaria, blasfêmia, usura e heresias. Os processos eram constituídos a partir de denúncias e confissões, feitas muitas vezes para evitar de incorrer em um outro crime considerado pior: o de ser "fautor de hereges", isto é, acobertar ou fomentar as heresias. As penas aplicadas tinha uma gradação de penas que iam do jejum, multas, pequenas penitências e até a prisão. Nos casos considerados mais graves, os acusados eram entregues ao "braço secular", isto é, à autoridade civil, a qual geralmente aplicava a pena máxima da morte na fogueira, em um ato público, chamado, "auto de fé", isso em casos extremos em que o herege, voluntariamente negava-se a pedir perdão ou a retratar-se.

O estabelecimento das leis do Santo Ofício firmaram-se, principalmente, por causa da reação da própria sociedade. Praticamente unânime de pensamento e espírito cristão, mobilizam-se contra fortes correntes que rejeitam e atacam a doutrina e organização da Igreja. Tais movimentos heréticos organizam-se e influenciam fortemente o ambiente por intensa propaganda. Destacando os cátaros e albingenses, que julgam descobrir radical oposição entre o Bom (almas puras) e o Mau (resto do mundo), além de consideraram o matrimônio e a procriação como invenção do demônio; rejeitam o juramento de fidelidade, bem como os sacramentos, a hierarquia da Igreja, os dias de festa, construção de igrejas, etc. Antes de 1200, ocorrera, muitas vezes, que o povo linchasse a hereges presos, "porque tinha medo", assim reza o documento, "que o clero fosse demasiadamente clemente".

Posteriormente, após o assentamento das leis da inquisição, o bispo na qualidade de juiz papal assume os encargos da inquisição sobre determinados casos na sua jurisdição eclesiástica e, nesta fase, em inúmeros casos, tal poder eclesial assume caráter eminentemente político. O rei tinha o poder de nomear bispos e padres e tal investidura, muitas vezes, representava interesse bilateral, onde a troca de favores podia ser uma inclinação natural para personalidades voltadas à planos terrenos, e não divinos, como deveriam ser.

Em conseqüência disso, foram sendo desvirtuados os verdadeiros objetivos das leis do Santo Ofício. Pessoas condenadas à fogueira, na maioria das vezes, eram sentenciadas por membros do clero em atendimento aos interesses dos soberanos, vezes sem par, à revelia do Papa. A questão, portanto, sutilmente embaralhava questões políticas com religiosas e essa confusão ainda ecoa nos dias atuais. Sem dúvida, muitas barbaridades foram cometidas, a maioria delas em nome do Papa e da Santa Madre Igreja. Em nome da Igreja, e não pela Igreja. Daí a necessidade de pelo menos tentarmos entender, mesmo que palidamente tais questões e seus reflexos exercidos por maus pastores atraídos aos cargos eclesiásticos, não por vocação, mas com a flagrante intenção de trocas de interesses e favores políticos. Surpreendentemente, muitos destes homens que receberam tais investiduras, eram santos religiosos, piedosos. Pela inata nobreza de caráter, preferiram fidelidade a Roma a serem servis aos interesses do rei. Pagando com a vida, assumiram as honras dos altares.

Em 1542 a Inquisição foi restabelecida como órgão oficial da Igreja, revigorado e dirigido de Roma pelo Santo Ofício, sendo que seu objetivo era deter com violência o avanço protestante em Portugal, Espanha e Itália. Tempos de significativas mudanças no mapa religioso e político da Europa.

Devemos ressaltar ainda que há muitas divergências entre os historiadores sobre a questão da inquisição. Sem dúvida, o tempo nos separou daquele capítulo longínquo, de forma que estabelecer um raciocínio preciso sobre tais acontecimentos exigiria um estudo muito aprofundado sobre o assunto*. As circunstâncias da época, os conceitos da sociedade, as decisões do clero e do poder civil, toma um vulto demasiadamente complexo e talvez incompreensível para a sociedade contemporânea. O certo é que críticas a respeito e os conseqüentes ataques à Igreja sem conhecimento de causa é, no mínimo, leviandade. Como católicos sabemos que os Papas da época agiram acertadamente, e tomaram não posturas e atitudes pessoais, mas sim divinas, sob inspiração do Espírito Santo. É uma pena que os historiadores atuais tentem responsabilizar a Igreja por atos isolados praticados por outros interesses, como mencionamos. Na Eternidade, tudo será definitivamente esclarecido.

* No primeiro semestre de 2004, o Vaticano concedeu acesso aos documentos relativos ao período da inquisição, os quais estão sendo analisados por grupos de renomados cientistas e historiadores europeus. Estaremos acompanhando junto ao Site do Vaticano e publicaremos todas as matérias que tratarem do assunto oportunamente.

Fonte : http://www.paginaoriente.com

A origem das cruzadas

As guerras entre os países de religião ocidental e os ocupantes muçulmanos na Terra Santa, principalmente em decorrência da ocupação dos lugares de veneração dos cristãos remontam ao século VII com a ocupação dos maometanos e, mais tarde, os turcos (século XI) que dominaram a região. A princípio oito batalhas, denominadas cruzadas, estenderam-se de 1095 a 1270, se bem que após esse período, durante muito tempo foram outras organizadas , porém, com características diferentes das Cruzadas primitivas.

Os cristãos na Palestina sempre haviam sido tratados com hospitalidade pelos muçulmanos. Os árabes também consideravam Jerusalém uma cidade respeitável e Jesus, segundo eles, simplesmente um dos profetas que haviam precedido Maomé. Quando Al-Hakim, o califa louco do Cairo, destruiu a igreja do Santo Sepulcro (1010), os próprios maometanos contribuíram substancialmente para a sua restauração.

Entretanto, com o avanço dos turcos modificou-se completamente a situação. Em 1070 os turcos haviam tomado Jerusalém aos árabes e começaram então as perseguições e profanações que os peregrinos narravam com cores vivas no Ocidente.

Nessa época, um piedoso peregrino chamado Pedro d'Amiens, ao retornar da Terra Santa, foi ter com o Papa Urbano II a fim de descrever-lhe os vexames dos cristãos na Palestina e profanação dos lugares santos pelos infiéis. Por este motivo, o Papa convocou o concílio de Clermont (1095), ao qual compareceram muitos príncipes do Ocidente. Lá compareceu também Pedro d'Amiens e expôs com tal emoção a triste situação do país de Cristo que todos os circunstantes, em lágrimas, romperam num grito uníssono de fé e coragem: "Deus o quer! Deus o quer! ". O Ocidente em peso pôs-se em movimento para libertar do poder dos turcos a Terra Santa.

Ocorre que antes da definição e concretização das metas, Pedro, o Eremita e um cavaleiro intitulado Gauthier Sans-Avoir (Valter Sem Tostão), anteciparam-se aos planos do Papa Urbano II e partiram para o Oriente com uma massa de 17.000 pessoas ignorantes, pobremente equipadas e sem nenhuma experiência militar. Foi um movimento paralelo e independente que partiu em direção à Nicéia sem o prévio consentimento do Papa, sob a denominação "cruzada do povo". Após uma travessia caracterizada por roubos, violências e epidemias, foram completamente trucidados pelos turcos quando atacaram aquela cidade. Por isto, não considera-se este movimento como a primeira cruzada, que teve seu início em 1096, portanto, no ano seguinte.

1ª. Cruzada

A primeira das cruzadas partiu em 1096 e teve seu término em 1099. Os maiores nomes da cristandade feudal nela figuravam, predominando franceses e normandos. Sob o comando de Godofredo de Buillon seguiram para Constantinopla. Os muçulmanos achavam-se divididos e os cruzados tomaram facilmente Antioquia. Durante um período de três anos, após renhidas batalhas, no dia 15 de julho de 1099, numa Sexta-Feira Santa, os cruzados tomaram Jerusalém. Por causa de sua coragem e piedade, os chefes dos exércitos o elegeram rei de Jerusalém. Conduziram-no à igreja do Santo Sepulcro, onde o aclamaram solenemente. Quando, porém, lhe ofereceram a coroa real, o duque recusou-se a aceitá-la e disse: "Não permita Deus que eu cinja um diadema de ouro no mesmo local em que o Rei dos reis foi coroado de espinhos". Com a finalidade de defesa foram criadas ordens militares-religiosas, como a dos Hospitalários ou Cavaleiros de São João, a dos Templários e a dos Cavaleiros Teutônicos, tendo o novo reino subsistido por quase cem anos.

2ª. Cruzada

Saladino, um aventureiro curdo, tornou-se sultão do Egito e reunindo os esforços do Egito aos de Bagdá, fez a pregação de uma guerra santa muçulmana contra os cristãos. A contra-cruzada de Saladino atingiu seu objetivo precisamente em 1187, quando Jerusalém foi retomada. Esse fato suscitou a terceira cruzada, denominada "Cruzada dos Reis".

3ª. Cruzada ("Cruzada dos Reis")

A Cruzada dos Reis foi chefiada por Frederico I (Frederico Barba Ruiva), imperador do Sacro Império Romano Germânico, Felipe Augusto, rei da França e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra,os quais não obtiveram êxito. Frederico I morreu afogado no rio Selef, na Cicília. Felipe Augusto regressou logo, tendo perdido quase todas as suas tropas e Ricardo Coração de Leão ficou na Palestina tentando em vão tomar Jerusalém.

Esta terceira cruzada, contudo, marcou uma importante transformação nas relações entre cristãos e muçulmanos. Ricardo Coração de Leão firmou com Saladino um tratado, mediante o qual este reconhecia aos cristãos o domínio de uma faixa costeira na Síria e permitia o livre acesso dos peregrinos a Jerusalém.

4ª. Cruzada ("Cruzada Veneziana")

A quarta cruzada foi preparada por Inocêncio III, o grande Papa da Idade Média. Os franceses, principalmente, acudiram ao apelo do Pontífice. Mas os planos do Papa, de atacar o Egito e depois a Palestina, foram completamente deturpados pela influência de Veneza. A rica cidade italiana exigiu 85.000 marcos de prata para transportar os cruzados. Como não se conseguiu a quantia pedida, foi proposto um acordo pelos venezianos, no qual os cruzados os ajudariam a tomar a cidade de Zara (hoje Zadar - Iuguslávia), no Adriático, cuja prosperidade preocupava seriamente Veneza. Contra a opinião do Papa, o acordo foi feito e Zara saqueada. Em seguida os venezianos sugeriram um ataque a Constantinopla, pois não lhes interessava uma guerra contra os muçulmanos com os quais comerciavam intensamente.

Aproveitando-se das lutas internas pelo trono bizantino, os cruzados, apesar da oposição de Inocêncio III, dirigiram-se com uma frota de 480 navios para Constantinopla. A quarta cruzada transformou-se, assim, em intrigas e rivalidades entre os príncipes cristãos , fazendo com que os santos lugares caíssem no poder dos infiéis. Além disto, Constantinopla foi saqueada totalmente, parcialmente destruída e, em meio à pilhagem, preciosos manuscritos foram inutilizados ou perdidos e milhares de obras-primas foram roubadas, mutiladas ou esfaceladas.

5ª. e 6ª. Cruzadas

A quinta cruzada dirigida por André II da Hungria, não teve grande importância histórica. A sexta, no entanto, comandada por Frederico II, alcançou a Palestina. Frederico II, como havia sido excomungado, não recebeu cooperação cristã. Por ter conhecimentos em ciência e filosofia árabes, acabou entendendo-se amistosamente com o sultão Al-Kamil, ocasião em que assinaram um tratado mediante o qual o Islã cedia aos cristãos Acre, Jafa, Sidon, Nazaré, Belém e toda a Jerusalém.

7ª e 8ª Cruzadas

A sétima e oitava cruzadas foram empreendidas por Luís IX (São Luís), rei da França. Na sétima cruzada foi ocupada a cidade de Damieta, mas logo em seguida foi feito prisioneiro o bom rei francês, tendo sido obrigado a pagar pesado resgate. Em 1270 empreendeu uma expedição a Túnis (8ª. Cruzada), onde faleceu, vítima de uma epidemia.

Consequência sociais e religiosas das Cruzadas <>

Os efeitos das cruzadas sobre a vida econômica e social da Europa constituem pontos de divergência entre os modernos historiadores. Não se pode afirmar que as Cruzadas tenham ocasionado a ruína do feudalismo. A desintegração feudal era um processo já em evolução e para ele talvez tenha contribuido mais a peste negra (que matou um terço da população européia) do que as Cruzadas. Todavia, as Cruzadas apressaram a emancipação do povo. Muitos camponeses aproveitaram-se da ausência de seus senhores para libertarem-se da escravidão.

Ademais, os grandes centros da civilização sarracena não eram Jerusalém e Antioquia, mas sim Bagdá , Damasco, Toledo e Córdoba, não visados pelas expedições cristãs. Contudo, foi sensível o incremento do comércio oriental. A prosperidade de cidades comerciais italianas que substituíram Constantinopla como mediadora entre o comércio do Oriente e do Ocidente, foi paralela ao impulso recebido pela economia monetária da Europa.

É inegável que as Cruzadas estimularam o interesse pelas explorações e descobrimentos. Marcaram sem dúvida, o começo da expansão da fronteira européia.

Paralelamente, no campo religioso, as fronteiras excitaram em todo o oriente nova vida e expansão de ordens religiosas. Devido às invasões dos povos bárbaros, as ciências por longo tempo se haviam refugiado nos conventos; então, porém, recomeçavam a espalhar-se entre o povo. Fundaram-se universidades e escolas, como em Paris e Colônia, cujas cátedras eram ocupadas por homens distintos e de vasto saber: Santo Anselmo, 1109; Alexandre de Hales, 1245; Santo Alberto Magno, 1280; São Tomaz de Aquino, padroeiro das escolas Católicas, 1274; São Boaventura, 1274; Venerável Duns Escoto, o "Doutor Franciscano", 1308.

Mais de dois milhões de homens aí sacrificaram suas vidas. Tantos sacrifícios não eram vãos, pois grandes benefícios decorreram dessas cruzadas, para toda a sociedade. Também destaca-se a fundação de ordens religiosas militares: A Ordem dos Cavaleiros de São João e a dos Cavaleiros Teutônicos, como mencionamos no início, que tinham por fim aliviar os sofrimentos dos cristãos no oriente e combater os sarracenos.

As principais ordens monásticas fundadas durante esta época são: a dos camaldulenses, por São Romualdo (1037); dos cartuchos, por São Bruno (1101); dos premonstratenses, por São Norberto (1134); dos cistercienses, por São Roberto e São Bernardo (1153); dos carmelitas, pelo b. Alberto (1214); e dos franciscanos, por São Francisco de Assis (1226).

Em toda a parte floresceu a santa religião. Os fiéis construíram catedrais magníficas, que ainda hoje causam admiração e a fundação dessas e outras ordens religiosas dava à Igreja um brilho especial. Grande é o número de santos que estas ordens contam em seu grêmio. A toda a parte do mundo mandaram seus missionários, para pregarem o Evangelho.
Fonte : http://www.paginaoriente.com

A instituição da Confissão


A instituição da Confissão é comprovada legitimamente dos textos que conferem o poder das chaves, poder que deve ser exercido a modo de juízo. Tal juízo, não pode ser proferido sem a prévia manifestação dos pecados, pois 1) um juízo prudente e sábio não pode ser proferido sem prévio conhecimento de causa e 2) esta não pode ser conhecida sem a confissão do penitente, visto ser ele o único que tem realmente conhecimento do próprio pecado e de sua malícia. Não se trata apenas de declarar perdoados os pecados, vistas as boas disposições do penitente. Em Jo 20, 21ss, Jesus declara que a missão dada aos Apóstolos é semelhante à que recebeu do Pai. Ora, Cristo não apenas prega a remissão dos pecados ou os declara perdoados, mas perdoa-os. Portanto, assim também os Apóstolos e seus legítimos sucessores não somente declaram o perdão, mas perdoam, realmente, em nome de Cristo: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".

Durante a vida, deparamo-nos com tentações contra a pureza, que não podem ser vencidas a não ser pela fuga. "Levamos o nosso tesouro em vasos quebradiços", nos diz a Sagrada Escritura. Vidros de fina composição só com grande cautela podem ser levados juntos de uma só vez. A pureza do coração é coisa tão delicada, que só com grande cuidado pode ser conservada. Para não perder este precioso tesouro, é preciso que fujamos de todas as ocasiões, que fazem a virtude da pureza perigar. É preciso que renunciemos aos vis prazeres do mundo, não concedendo liberdade aos membros, que exigem pela natural inclinação, quer seja o amor à carne, o apego aos bens, a maldade, etc . Jesus, conhecendo a nossa fraqueza, foi extremamente bondoso ao instituir o sacramento da confissão, conferindo aos Apóstolos e Sacerdotes da Igreja, o poder de perdoar pecados. No confissionário, temos a plena convicção do perdão. Ali a alma entra doente e suja, sai sã e límpida. Infeliz do homem que dá ao mundo os seus dias da mocidade, reservando-lhe apenas o fim da vida. Ao fim da peregrinação, cada um terá de se apresentar ao Criador. Que será de nós se lá chegarmos com a alma imunda e de mãos vazias? Aproveitemos, portanto, a graça da confissão enquanto ainda caminhamos neste mundo.

Para que façamos uma boa confissão é preciso:

1. Exame de consciência e ato de contrição, ou seja, rezar e refletir sobre seus pecados.

2. Arrependimento sincero pelas ofensas feitas contra Deus e os irmãos.

3. Firme propósito de não mais pecar.

4. Confessar os pecados ao Sacerdote.

5. Cumprir a penitência imposta pelo padre ao término da confissão.

ATO DE CONTRIÇÃO (antes de confessar)

Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também ter perdido o céu e merecido o inferno e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.

COMO CONFESSAR?

O orgulho nos leva à falsa convicção de que não temos pecados. Devemos ter a humildade de reconhecer nossas faltas e de as confessar ao Sacerdote. Não raras vezes é comum encontrarmos dificuldades em nos recordarmos dos pecados cometidos. Por ser um fato freqüente, leia os Mandamentos da Lei de Deus e siga o roteiro abaixo descrito, que servirá como um verdadeiro auxílio para revisão de vida:

EXAME DE CONSCIÊNCIA (com base nos 10 Mandamentos)

1º. Amar a Deus sobre todas as coisas.

- Tive vergonha de testemunhar meu amor a Deus;

- Fui relaxado e não cultivei minha união com Deus. Não fiz a leitura e meditação da Palavra;

- Revoltei-me contra Deus nas horas difíceis. Alimentei superstições;

- Durante o dia nunca ou raramente dirijo o pensamento a Deus. Faltei à oração de cada dia;

- Duvidei da presença de Deus em minha vida. Não alimentei minha fé;

- Não fui fiel à oração com minha esposa-esposo e filhos?

2º. Não tomar o nome de Deus em vão.

- Jurei falsamente ou jurei desnecessariamente;

- Usei o Nome de Deus ou símbolos religiosos sem o devido respeito;

- Busquei a Deus e a Igreja somente nas horas de necessidade?

3º. Guardar os Domingos e dias Santos.

- Faltei à Missa aos Domingos e dias Santos por preguiça, por conveniência;

- Vivi meu Domingo para comer, beber, dormir e ver televisão;

- Sem precisar, entreguei-me ao trabalho aos Domingos;

- Obriguei meus funcionários ao trabalho aos Domingos;

- Não usei dos Domingos para estar com minha família, para visitar alguém?

4º. Honrar pai e mãe.

- Agredi meu pai ou minha mãe com palavras, gestos, atitudes;

- Descuidei-me deles na hora da doença ou na velhice;

- Não procurei ser compreensivo com eles;

- Deixei passar longo tempo sem visitá-los;

- Por orgulho, tive vergonha de meus pais?

5º. Não matar.

- Pratiquei o aborto, fui cúmplice ou apoiei alguém que abortou;

- Usei drogas; fui além dos limites na bebida alcoólica e no cigarro;

- Não cuidei da minha saúde ou da saúde das pessoas que dependem de mim;

- Feri as pessoas com olhar, ou as agredi fisicamente ou grosseiramente;

- Alimentei desejos de vingança, ódio, revoltas e desejei mal aos outros;

- Neguei o perdão a alguém;

- Não gastei, ao menos um pouquinho de meu dinheiro, para ajudar aos necessitados;

- Pensei ou tentei o suicídio;

- Fui racista e preconceituoso, ou não combati o racismo e os preconceitos?

6º. Não pecar contra a castidade.

- Descuidei em lutar pela minha santificação;

- Não disciplinei os meus sentidos, instintos, vontade;

- Dei espaço à sensualidade, erotismo, pornografia;

- Gastei tempo e dinheiro com filmes, revistas, espetáculos e sites da internet desonestos;

- Caí na masturbação;

- Assediei alguma pessoa, induzi alguém ao pecado;

- Vesti-me de maneira provocante;

- Entrei na casa do Senhor com trajes inadequados;

- Fui malicioso em minhas relações de amizade?

7º. Não furtar.

- Aceitei ou comprei algo que foi roubado;

- Estraguei bens públicos ou de outras pessoas;

- Desperdicei dinheiro em jogos, bebidas e diversões desonestas;

- Prejudiquei alguém, usando de pesos e medidas falsas, enganando nas mercadorias e negócios;

- Explorei alguma pessoa ou não paguei o justo salário;

- Não administrei direito meus bens e deixei de pagar minhas dívidas?

8º. Não levantar falso testemunho.

- Envolvi-me em mentiras, difamações, calúnias, maus comentários, fiz mau juízo dos outros;

- Fingi doença ou piedade para enganar os outros;

- Ridicularizei ou zombei de pessoas simples, pobres e idosas, deficientes físicos ou mentais;

- Dei maus exemplos contra a Religião, na família, na escola, na rua, no trabalho?

9º. Não cobiçar a mulher do próximo.

- Alimentei fantasias desonestas, envolvendo outras pessoas;

- Deixei de valorizar meu cônjuge;

- Pratiquei adultério (uniões sexuais antes ou fora do casamento);

- Não soube desenvolver um namoro maduro e responsável, enganando a (o) namorada (o);

- Não fugi das ocasiões ou lugares próximos do pecado?

10º. Não cobiçar as coisas alheias.

- Tenho sido invejoso;

- Apoiei movimentos políticos que se organizam com o fim de invadir e tomar as propriedades alheias;

- Violei segredos, usei de mentiras, ou não tenho combatido o egoísmo;

- Sou dominador, não aceitando a opinião ou sucesso dos outros;

- Fico descontente ou com raiva diante da prosperidade material e financeira de meu próximo?