domingo, 4 de novembro de 2007

Todo ser humano é chamado à santidade, assegura o Papa

Afirma no Ângelus da solenidade de Todos os Santos

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 2 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- Todo ser humano é chamado à santidade, afirmou Bento XVI esta quinta-feira, dia no qual a Igreja celebrava a solenidade de Todos os Santos.

E a santidade, declarou o Papa, ao rezar a oração mariana do Ângelus junto a vários milhares de peregrinos congregados na praça de São Pedro no Vaticano, «consiste em viver como filhos de Deus».

Nessa tradicional festa de preceito em muitos países católicos, o Papa convidou os crentes a abrirem o coração, «ultrapassando os confins do tempo e do espaço» para ampliar-se «para as dimensões do Céu».

O cristão, reconheceu, «já é santo, pois o Batismo lhe une a Jesus e a seu mistério pascal, mas ao mesmo tempo tem que chegar a ser santo, conformando-se com Ele cada vez mais intimamente».

Por isso, advertiu ante o perigo de cair em um equívoco: «Às vezes pensa-se que a santidade é um privilégio reservado a alguns poucos eleitos – advertiu –. Na realidade, chegar a ser santo é a tarefa de cada cristão, mais ainda, poderíamos dizer, de cada homem!».

«Todos os seres humanos estão chamados à santidade que, em última instância, consiste em viver como filhos de Deus, nessa “semelhança” a Ele, segundo a qual, foram criados», sublinhou.

Segundo o Papa, «todos os seres humanos são filhos de Deus, e todos têm que chegar a ser o que são, através do caminho exigente da liberdade».

«Deus convida a todos a formar parte de seu povo santo. O “Caminho” é Cristo, o Filho, o Santo de Deus: ninguém pode chegar ao Pai se não por Ele», declarou.

Na tarde desta sexta-feira, comemoração dos fiéis falecidos, Bento XVI devia recolher-se em oração nas grutas da Basílica vaticana para rezar, particularmente, pelos sumos pontífices ali sepultados e por todos os falecidos.

No Ângelus do dia precedente havia alentado aos cristãos «a rezar por eles, oferecendo também os sofrimentos e os cansaços cotidianos para que, completamente purificados, possam gozar para sempre da luz e da paz do Senhor».
http://www.zenit.org/article-16611?l=portuguese

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II PARA A QUARESMA DE 2004

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II PARA A QUARESMA DE 2004
Caríssimos Irmãos e Irmãs!
1. Com o sugestivo rito da imposição das Cinzas tem início o tempo sagrado da Quaresma, durante o qual a liturgia renova aos crentes o apelo a uma conversão radical, confiando na misericórdia divina.
O tema deste ano - «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim» (Mt 18, 5) - oferece a oportunidade de reflectir sobre a condição das crianças; crianças que Jesus continua hoje a chamar a Si e a indicar como exemplo para aqueles que desejam tornar-se seus discípulos. As palavras de Jesus constituem uma exortação a examinar como são tratadas as crianças nas nossas famílias, na sociedade civil e na Igreja; e são também um estímulo a apreciar aquela simplicidade e confiança que o crente deve cultivar, imitando o Filho de Deus que compartilhou a sorte dos pequeninos e dos pobres. A este propósito, Santa Clara de Assis gostava de dizer que Ele, nascido, foi «reclinado numa manjedoura, viveu pobre sobre a terra e ficou despido na cruz» (Testamento, Fontes Franciscanas, n. 2841).
Jesus amou as crianças como suas predilectas pela sua «simplicidade e alegria de viver, a sua espontaneidade e a sua fé cheia de assombro» (Angelus de 18.12.1994). Por isso, quer que a comunidade as acolha, com os braços e o coração abertos, como se fosse a Ele mesmo: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim» (Mt 18, 5). E a par das crianças, Jesus coloca os «irmãos mais pequeninos», ou seja, os pobres, os necessitados, os famintos e sedentos, os forasteiros, os nus, os doentes e os presos. A atitude que se tomar para com eles - acolhê-los e amá-los ou, ao invés, ignorá-los e rejeitá-los - é a mesma que se tem com Jesus, o Qual neles se torna particularmente presente.
2. O Evangelho narra a infância de Jesus na casa pobre de Nazaré onde, submisso a seus pais, «crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens» (Lc 2, 52). Quis fazer-Se criança para compartilhar a experiência humana. «Aniquilou-Se a Si próprio; - escreve o Apóstolo Paulo - assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz» (Fl 2, 7-8). Quando, aos doze anos, ficou no templo de Jerusalém, disse aos pais que, angustiados, O procuravam: «Porque razão Me procuráveis? Não sabíeis que Eu tenho de estar na Casa de meu Pai?» (Lc 2, 49). Na verdade, toda a sua existência foi caracterizada por uma confiante e filial submissão ao Pai celeste: «O meu alimento - dizia Ele - consiste em fazer a vontade d'Aquele que Me enviou e em dar cumprimento à sua obra» (Jo 4, 34).
Nos anos da sua vida pública, várias vezes afirmou que só entraria no Reino dos Céus quem conseguisse tornar-se como as crianças (cf. Mt 18, 3; Mc 10, 15; Lc 18, 17; Jo 3, 3). Nas suas palavras, a criança aparece como imagem eloquente do discípulo que é chamado a seguir o divino Mestre com a docilidade de um menino: «Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no Reino dos Céus» (Mt 18, 4).
«Tornar-se» pequenino e «acolher» os pequeninos: são dois aspectos dum único ensinamento que o Senhor hoje repropõe aos seus discípulos. Somente quem se fizer «criança» é que será capaz de acolher com amor os irmãos mais «pequeninos».
3. Muitos são os crentes que procuram seguir fielmente estes ensinamentos do Senhor. Gostava de recordar aqui os pais que não hesitam em tomar a seu cuidado uma família numerosa, as mães e os pais que, no cimo das suas prioridades, colocam, não a busca do sucesso profissional e da carreira, mas a preocupação por transmitir aos filhos aqueles valores humanos e religiosos que verdadeiramente dão sentido à existência.
Penso com reconhecida admiração em quantos cuidam da formação da infância em dificuldade e aliviam os sofrimentos das crianças e dos seus familiares, causados pelos conflitos e a violência, pela falta de alimento e de água, pela emigração forçada e por tantas formas de injustiça existentes no mundo.
Contudo, a par de tanta generosidade, deve-se registar também o egoísmo daqueles que não «acolhem» as crianças. Existem menores profundamente feridos pela violência dos adultos: abusos sexuais, aviamento à prostituição, envolvimento na venda e no uso da droga; crianças obrigadas a trabalhar ou alistadas para combater; inocentes marcados para sempre pela desagregação familiar; pequenos sumidos no ignóbil tráfico de órgãos e pessoas. E que dizer da tragédia da SIDA com consequências devastadoras na África? Fala-se já de milhões de pessoas atingidas por este flagelo, e muitíssimas delas contagiadas desde o nascimento. A humanidade não pode fechar os olhos perante um drama tão preocupante!
4. Que mal fizeram estas crianças para merecer tanto sofrimento? Dum ponto de vista humano, não é fácil, antes talvez seja impossível, encontrar resposta para esta pergunta inquietante. Só a fé nos ajuda a penetrar num abismo tão profundo de sofrimento. Jesus, «obedecendo até à morte e morte de cruz» (Fl 2, 8), assumiu sobre Ele o sofrimento humano, iluminando-o com a luz esplendorosa da ressurreição. Com a sua morte, venceu para sempre a morte.
Durante a Quaresma, preparamo-nos para reviver o Mistério Pascal, que ilumina com a esperança a nossa existência inteira, incluindo os seus aspectos mais complexos e dolorosos. A Semana Santa voltará a propor-nos, através dos ritos sugestivos do Tríduo Pascal, este mistério de salvação.
Amados Irmãos e Irmãs, encetemos confiadamente o itinerário quaresmal, animados por uma mais intensa oração, penitência e atenção aos necessitados. Que a Quaresma seja, de modo particular, uma ocasião útil para dedicar maior cuidado às crianças, no seu próprio ambiente familiar e social: elas são o futuro da humanidade.
5. Com a simplicidade típica das crianças, voltamo-nos para Deus, chamando-Lhe - como Jesus nos ensinou - «Abba», Pai, na oração do «Pai nosso».
O Pai nosso! Repitamos frequentemente esta oração durante a Quaresma, repitamo-la com íntimo enlevo. Chamando a Deus «Pai nosso», tomaremos consciência de ser seus filhos e sentir-nos-emos irmãos entre nós. Deste modo, ser-nos-á mais fácil abrir o coração aos pequeninos, de acordo com o convite de Jesus: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim» (Mt 18, 5).
Com estes votos, sobre cada um invoco a bênção de Deus, por intercessão de Maria, Mãe do Verbo de Deus feito homem e Mãe da humanidade inteira.
Vaticano, 8 de Dezembro de 2003.
JOANNES PAULUS PP. II ( http://www.fides.org/por/magistero/2004/jpii_mess_290104.html )

: DIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

6 DE JANEIRO 2004: DIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

COMO OBJETOS VENDIDOS
:
A cada ano, no mundo, mais de um milhão de crianças são vítimas do tráfico de seres humanos. O relatório do Unicef “Stop the traffic” evidencia o fenômeno dos criminais da exploração infantil, que promovem a transferência dos menores dos países em desenvolvimento (África Central e Ocidental e sudeste asiático) rumo a regiões de bem-estar dos países ocidentais.
São os escravos do novo milênio e são explorados pela indústria do sexo, como mão-de-obra de baixo custo ou como domésticos.
Os mais felizardos podem ser adotados, mas não faltam os casos de menores que desaparecem misteriosamente e são assassinados para fornecer órgãos para transplante através de canais ilegais.
A "lista de preços" segue as exigências de mercado: 50.000 euros para um recém-nascido de sexo masculino em boas condições de saúde, 30.000 por um fígado, como denuncia a revista brasileira “Manchete”.
O tráfico ilegal de crianças movimenta 1,2 bi de dólares por ano e poucas vítimas são capazes de denunciar o que acontece a elas: muito pequenos, muito indefesos ou obrigados ao silêncio da morte.
O capítulo da “exploração sexual” é um dos mais dolorosos a serem enfrentados. As campanhas de sensibilização conduzidas de modo eficaz pelo Ecpat (um pool internacional de organizações que trabalha para eliminar a exploração sexual contra menores) revelaram os percursos internacionais do turismo sexual no qual os menores estão envolvidos, denunciando que milhões de crianças em todo o mundo são exploradas, compradas e vendidas como uma mercadoria qualquer a ser transportada de uma região a outra de um país (como no caso de localidades turísticas na Tailândia ou no Brasil) ou levadas para fora dos confins nacionais (as pequenas prostitutas do Camboja e do Nepal) ou ainda encaminhadas para o mercado da pornografia.
A exploração sexual com fins lucrativos tem muitas facetas. Na Tailândia, um estudo sobre a economia ilegal revelou que, de 1993 a 1995, a prostituição representou cerca de 10 a 14% do Produto Interno Bruto e calcula-se que cerca de um 1/3 das mulheres tailandesas envolvidas no mercado da prostituição seja menor de idade.
Vítimas de abusos de todo tipo, os pequenos escravos deste mercado têm muitas vezes a única perspectiva de uma morte por Aids ou por outras doenças sexualmente transmissíveis.
Mas mesmo que conseguissem escapar de seus “donos”, as famílias não as receberiam de volta.

Dados estatisticos da Igreja Católica

Dados estatisticos da Igreja Católica referente a nº de sacerdotes no mundo e também por continentes conforme : http://www.fides.org/index.php - Agencia Fides


Continenti Anno Totale Diocesani Religiosi
Mondo 1997 404.208(-128) 263.521(+622) 140.687(-750)
1998 404.626(+418) 264.202(+681) 140.424(-263)
1999 405.009(+383) 265.012(+810) 139.997(-427)
2000 405.178(+169) 265.781(+769) 139.397(- 600)
2001 405.067 (- 111) 266.448 (+67) 138.619 (-698)
2002 405.058 (-9) 267.334 (+ 886) 137.724 (-895)
2003 405.450 (+ 392) 268.041 (+ 707) 137.409 (- 315)
2004 405.891 (+ 441) 268.833 (+ 792) 137.058 (- 351)
2005 406.411 (+ 520) 269.762 (+ 929) 136.649 (- 409)
Africa 1997 25.279(+600) 14.873(+749) 10.406(- 149)
1998 26.026(+747) 15.535(+662) 10.491(+85)
1999 26.547(+521) 16.371(+836) 10.176(- 315)
2000 27.165(+618) 16.962(+591) 10.203(+27)
2001 27.968 (+ 803) 17.582 (+ 620) 10.406 (+ 203)
2002 29.274 (+1.286) 18.872 (+ 1.290) 10.402 (-4)
2003 30.419 (+ 1.145) 19.559 (+ 687) 10.860 (+ 458)
2004 31.259 (+ 840) 20.358 (+ 799) 10.901 (+ 41)
2005 32.370 (+ 1.111) 21.164 (+ 806) 11.206 (+ 305)
America 1997 120.013(-69) 73.495(+509) 46.518(-578)
1998 120.297(+284) 74.039(+544) 46.258(-260)
1999 120.138(-159) 74..282(+243) 45.856(-402)
2000 120.841(+703) 75.121 ( +839) 45.720 (- 136)
2001 27.968 (+ 803) 17.582 (+ 620) 10.406 (+ 203)
2002 121.394 (+247) 76.760 (+ 994) 44.634 (-747)
2003 121.501 (+ 107) 77.200 (+ 440) 44.301 (- 333)
2004 121.634 (+ 133) 77.756 (+ 556) 43.878 (- 423)
2005 120.995 (- 639) 78.126 (+ 370) 42.869 (- 1.009)
Asia 1997 40.441(+1.037) 23.789(+714) 16.652(+323)
1998 41.456(+1.015) 24.337(+548) 17.119(+467)
1999 42.789(+1.333) 25.175(+838) 17.614(+495)
2000 43.566(+777) 25.716(+541) 17.850(+236)
2001 44.446 (+ 880) 26.309 (+ 593) 18.137 (+ 287)
2002 45.790 (+1.937) 27.274 (+ 1.558) 18.516 (+ 379)
2003 46.800 (+ 1.010) 27.837 (+ 563) 18.963 (+ 447)
2004 48.222 (+ 1.422) 28.497 (+ 660) 19.725 (+ 762)
2005 50.053 (+ 1.831) 29.330 (+ 833) 20.723 (+ 998)
Europa 1997 213.398(- 1.664) 148.595(-1.306) 64.803(-358)
1998 211.827(- 1.517) 147.517(-1.078) 64.310(-493)
1999 210.543(- 1.284) 146.457(-1.060) 64.086(-224)
2000 208.659(- 1.884) 145.268(-1.189) 63.391(- 695)
2001 206.761 (- 1.898) 144.215 (-1.053) 62.546 (- 845)
2002 203.751 (- 3.010) 141.724 (- 2.491) 62.027 (- 519)
2003 201.854 (- 1897) 140.703 (- 1.021) 61.151 (- 876)
2004 199.978 (- 1876) 139.494 (- 1.209) 60.484 (- 667)
2005 198.279 (- 1.699) 138.492 (- 1.002) 59.787 (- 697)
Oceania 1997 5.077(-32) 2.769(-44) 2.308(+12)
1998 5.020(-57) 2.774(+5) 2.246(- 62)
1999 4.992(-28) 2.727(-47) 2.265(+19)
2000 4.947(- 45) 2.714(-13) 2.233(- 32)
2001 4.725 (- 222) 2.576 (- 138) 2.149 (- 84)
2002 4.849 (+124) 2.704 (+ 128) 2.145 (-4)
2003 4.876 (+ 27) 2.742 (+ 38) 2.134 (- 11)
2004 4.798 (- 78) 2.728 (- 14) 2.070 (- 64)
2005 4.714 (- 84) 2.650 (- 78) 2.064 (- 6)
VATICANO - O PAPA BEATIFICA MADRE TERESA: “COM O TESTEMUNHO DE SUA VIDA, MADRE TERESA RECORDA A TODOS QUE A MISSÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA PASSA ATRAVÉS DA CARIDADE, ALIMENTADA PELA ORAÇÃO E PELA ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Domingo, 19 de Outubro, às 10 horas, o Santo Padre João Paulo II presidiu a Santa Missa diante da Praça de São Pedro, por ocasião do Dia Mundial das missões, e procedeu a Beatificação da Serva de Deus Madre Teresa de Calcutá (1910-1997). “ Não é talvez significativo que a sua beatificação ocorra no dia em que a Igreja celebra o Dia Mundial das missões?” perguntou o Papa na homilia. “Com o testemunho de sua vida, Madre Teresa recorda a todos que a missão evangelizadora da igreja passa pela caridade, alimentada pela oração e pela escuta da palavra de Deus. Emblemática deste estilo missionário é a imagem que retrata a nova Beata, de mãos dadas com uma criança e segurando o Rosário com outra máos. Contemplação e ação, evangelização e promoção humana: Madre Teresa proclama o Evangelho com a sua vida inteiramente entregue aos pobres, mas ao mesmo tempo, dedicada à oração”.
Estavam presentes na celebração, além dos milhares de peregrinos de todas as partes do mundo, cerca de trinta delegações oficiais, entre as quais, o Presidente da república da Albânia, o Presidente da Macedônia e o Ministro da Justiça da Índia. Segundo o desejo das Missionárias da Caridade, ao lado do altar, tomaram lugar cerca de 2.000 pobres por elas assistidos, que no final da celebração foram convidados para um almoço na Sala Paulo VI. “Sou pessoalmente agradecido a esta mulher corajosa, que sempre senti ao meu lado – disse ainda o Papa durante a homilia. Imagem do Bom samaritano, ela servia a Cristo nos mais pobres entre os pobres. Nem mesmo as fronteiras e as guerras conseguiam detê-la. De vez em quando vinha falar-me de suas experiências a serviço dos valores do evangelho...nas horas mais escuras ela se agarrava com maior tenacidade à oração diante do Santíssimo sacramento. Este duro caminho espiritual a levou a identificar-se sempre mais com aqueles que todos os dias servia, experimentando as suas penas e até mesmo a rejeição. Amava repetir que a maior pobreza é aquela de ser indesejado, de não ter ninguém que cuide de você. Rendamos graças a esta pequena mulher enamorada por Deus, humilde mensageira do Evangelho e incansável benfeitora da humanidade.
No final da missa, introduzindo a oração do Ângelus, o Santo Padre saudou os numerosos peregrinos provenientes da Itália, da Europa e do mundo inteiro, que ocupavam toda a Praça de São Pedro e a Via della Conciliazione: “...recordemos que Maria Santíssima foi sempre o modelo de Madre Teresa, tanto na oração como em sua atividade missionária. Graças à intercessão da nova Beata, a Virgem nos obtenha de progredir no amor a Deus e aos próximo”.
O discurso na integra do Santo padre, em italiano e inglês, está em nosso site www.fides.org.
(S.L) (Agência Fides 20/10/2003 – linhas: 38; palavras: 495)
MARTIROLÓGIO DO ANO 2003

Segundo os dados recolhidos pela Agência Fides, e atualizados em 20 de março de 2004, em 2003 perderam a vida de modo violento 36 entre Arcebispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos. Como sempre nos últimos anos, essa lista não inclui somente os missionários ad gentes mas todo o pessoal eclesiástico assassinado de forma violenta, ou que sacrificou a vida consciente do risco corrido, sem abandonar o próprio compromisso de testemunho e apostolado: são os “mártires da caridade”, como costuma chamá-los o Papa João Paulo II. Alguns destes “mártires” foram encontrados horas ou dias depois da morte, por vezes massacrados com outras pessoas com quem estavam ocasionalmente, ou que se haviam refugiado em suas paróquias ou colaboravam em seu empenho pastoral. Muitas vezes, foram vítimas – pelo menos, aparentemente – de agressões ou furtos perpetrados em contextos sociais de particular violência ou pobreza.

Pe. Dieudonné Mvuezolo-Tovo, da República Democrática do Congo, coordenador das escolas católicas da província de Bas, na República Democrática do Congo, assassinado no dia 11 de março de 2003, por um militar, ao longo da estrada que vai de Tshimpi a Matadi.

Pe. Nelson Gómez Bejarano, colombiano, 52 anos, pároco da Paróquia-Santuário da Medalha Milagrosa, em Armênia (Colômbia). Foi assassinado na casa paroquial, no dia 22 de março de 2003, durante uma tentativa de rapina.
Pe. Martin Macharia Njoroge, do Quênia, 34 anos, falecido no dia 11 de abril de 2003, no hospital de Nairóbi (Quênia), em conseqüência de uma agressão sofrida alguns dias antes, perpetrada por bandidos, na periferia da cidade. Os malfeitores o haviam obrigado a descer de seu carro, haviam disparado alguns tiros contra ele e lhe haviam roubado o veículo, abandonando-o pouco adiante. Ordenado sacerdote havia apenas 4 anos, era responsável pela Paróquia “São Francisco Xavier”, em Parklands. Um irmão de Pe. Martin, ele também sacerdote, fora assassinado em 2000.
Pe. Raphael Ngona, da República Democrática do Congo, assassinado com um tiro, no dia 6 de maio de 2003, nas dependências da sede da Diocese de Bunia, onde se encontrava temporariamente, tendo sido nomeado pároco de Drodro.
Três seminaristas menores seqüestrados em Lachor (Arquidiocese de Gulu, Uganda), na noite de 10 para 11 de maio de 2003. Os rebeldes do ERS (Exército de Resistência do Senhor) seqüestraram, no total, 41 jovens. Três deles foram assassinados, outros conseguiram fugir, e os demais estariam ainda nas mãos dos rebeldes.
Pe. Aimé Njabu e Pe. Francois Xavier Mateso, da República Democrática do Congo, encontrados mortos no dia 10 de maio de 2003, na Paróquia de Nyakasanza, na periferia de Bunia, o primeiro assassinado a golpes de machete, nos seus aposentos, e o segundo, a tiros, no jardim da Paróquia. Também as demais pessoas que se encontravam, naquele momento, na Paróquia, foram encontradas mortas.
Pe. Jairo Garavito, colombiano, 36 anos, assassinado no dia 15 de maio de 2003, por delinqüentes que invadiram a casa paroquial de Yerbabuena de Chia (região de Cundinamarca, Colômbia), com a finalidade de roubar. O sacerdote morreu asfixiado, porque os bandidos o agrediram, amarraram e amordaçaram.
Pe. Manus Campbell OFM, irlandês, assassinado no dia 21 de maio de 2003, por malfeitores que invadiram sua Paróquia, na periferia de Durban (África do Sul). Era missionário no país, há 45 anos.
Ana Isabel Sánchez Torralba, 22 anos, espanhola, voluntária do Voluntariado Missionário Calasanziano, que realizava sua primeira missão no exterior, foi assassinada na Guiné Equatorial (localidade de Mongomo), no dia 1° de julho de 2003, durante um controle da polícia.
Pe. George Ibrahim, paquistanês, 38 anos, assassinado a tiros, no dia 5 de julho de 2003, na sua Paróquia de“Nossa Senhora de Fátima”, na localidade de Renala Khurd, distrito de Okara (Paquistão) por homens armados que, de madrugada, penetraram no complexo paroquial.
Pe. Taddeo Gabrieli, OFM Capuchinhos, 73 anos, italiano, assassinado com duas facadas, no dia 19 de julho de 2003, em Imperatriz (estado do Maranhão, Brasil) por uma pessoa que ele queria ajudar e que, aparentemente, se encontrava sob efeito de álcool ou drogas. Ele dedicara toda a sua vida à missão e à evangelização.
Pe. Mario Mantovani, Missionário Comboniano, 84 anos, italiano, há 45 anos em Uganda, onde prestava assistência aos leprosos, e Ir. Godfrey Kiryowa, ugandense, 29 anos, ele também Comboniano, assassinados durante um roubo de gado, na estrada que vai de Capeto a Kotido (Uganda), no dia 14 de agosto de 2003.
Pe. Alphonse Kavendiambuku, da República Democrática do Congo (Diocese de Matadi), assassinado no dia 26 de agosto de 2003, em Kavuaya, província de Bas Congo, por cinco ex-militares que assaltaram o veículo no qual ele viajava, juntamente com outras duas pessoas: uma foi ferida e a outra nada sofreu.
Pe. Lawrence Oyuru, pároco de Ocero, Diocese dei Soroti, em Uganda, assassinado juntamente com outras 25 pessoas, numa emboscada dos rebeldes do ERS (Exército de Resistência do Senhor), perpetrada entre Soroti e Manasale, no dia 1° de setembro de 2003.
Pe. William de Jesús Ortez, 32 anos, nascido em Jucuapa (El Salvador) pároco da Catedral de Santiago, na Diocese de Santiago de Maria (El Salvador), assassinado a tiros, no interior da igreja, na noite de 5 de outubro de 2003. Também Jaime Noel Quintanilla, 23 anos, sacristão da igreja, foi assassinado juntamente com o sacerdote.
Annalena Tonelli, 63 anos, italiana, voluntária, atingida por tiros no dia 5 de outubro de 2003, quando se encontrava no seu hospital, em Borama (norte da Somália) onde há 33 anos desempenhava sua missão em favor da população local.
Pe. Sanjeevananda Swami, indiano, 52 anos, assassinado em Belur (distrito de Kolar, Diocese de Bangalore, Índia), no dia 7 de outubro de 2003, em conseqüência de uma agressão.
Pe. Saulo Carreño, 38 anos, originário de Guacamayas (Boyacá), pároco de Saravena (Arauca, Colômbia), assassinado a tiros, no dia 3 de novembro de 2003. Também uma funcionária do hospital local, que se encontrava no carro, com o sacerdote, Maritza Linares, foi assassinada. O assassinato de ambos _ obra de grupos que atuam nos limites da lei, para controlar essa zona petrolífera _ ocorreu próximo do Hospital Sarare, ao longo da estrada que liga Saravena a Fortul.
Pe. Henry Humberto López Cruz, originário do Líbano (Tolima), 44 anos, pároco em Villavicencio, capital da região de Meta, na Colômbia central, foi assassinado a punhaladas, na casa paroquial, na noite de 3 de novembro de 2003. Seu corpo, amarrado a uma cadeira, foi encontrado pela empregada doméstica.
Pe. José Rubín Rodríguez, colombiano, 51 anos, pároco de La Salina (Casanare, Colômbia) seqüestrato no dia 14 de novembro de 2003 e assassinado na zona rural de Tame (Arauca, Colômbia). Seu corpo foi encontrado no dia 21 de novembro de 2003.
Pe. José María Ruiz Furlan, 69 anos, guatemalteco, assassinado no domingo, 14 de dezembro de 2003, a tiros, pouco distante de sua Paróquia, em Cidade da Guatemala, numa zona pobre e popular da capital guatemalteca. Era muito conhecido entre a gente local, por sua apaixonada luta em defesa dos direitos humanos e por seu empenho em favor das classes menos favorecidas.
Pe. Anton Probst, 68 anos, alemão, dos Missionários Claretianos, assassinado na noite de 24 de dezembro de 2003, por malfeitores que penetraram no noviciado de Akono, na República de Camarões. Depois da Missa do Galo, ele estava retornando a seus aposentos, quando surpreendeu os ladrões, que o espancaram e amarraram, deixando-o exânime. Estava na República de Camarões há 11 anos, depois de ter transcorrido 24 anos na República Democrática do Congo.
Dom Michael Aidan Courtney, Núncio Apostólico em Burundi, irlandês, 58 anos, assassinado no dia 29 de dezembo de 2003, em Minago, 50 km ao sul da capital, Bujumbura. Quando retornava à capital, depois de uma visita pastoral, o veículo em que viajava foi alvejado por diversos tiros, que o atingiram mortalmente, ferindo um sacerdote que viajava com ele. Dom Courtney faleceu logo depois, no hospital de Bujumbura, sem ter recobrado os sentidos.(Agência Fides 20/3/2004)

Martirológio do ano 2003
1 Arzobispo
20 sacerdotes
3 religiosos
2 religiosas
3 seminaristas
1 catequista
3 voluntarios laicos
2 laicos.

Países de origem
África: 15 (7 R.D. Congo, 5 Uganda, 1 Kenya, 1 Sudan, 1 Nigeria)
América: 11 (6 Colombia, 2 El Salvador, 2 Venezuela, 1 Guatemala)
Europa: 8 (3 Italia, 2 Irlanda, 1 España, 1 Alemania, 1 Polonia)
Asia: 2 (1 Pakistán, 1 India).

Locais da morte
África: 22 (6 Uganda, 8 R.D. Congo, 1 Camerún, 1 Burundi, 1 Sudáfrica, 1 Guinea ecuatorial, 1 Somalia, 1 Kenya, 1 Nigeria, 1 Sudan)
América: 12 (6 Colombia, 2 El Salvador, 2 Venezuela, 1 Brasil, 1 Guatemala)
Asia: 2 (1 India, 1 Pakistán)