domingo, 4 de novembro de 2007

: DIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

6 DE JANEIRO 2004: DIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

COMO OBJETOS VENDIDOS
:
A cada ano, no mundo, mais de um milhão de crianças são vítimas do tráfico de seres humanos. O relatório do Unicef “Stop the traffic” evidencia o fenômeno dos criminais da exploração infantil, que promovem a transferência dos menores dos países em desenvolvimento (África Central e Ocidental e sudeste asiático) rumo a regiões de bem-estar dos países ocidentais.
São os escravos do novo milênio e são explorados pela indústria do sexo, como mão-de-obra de baixo custo ou como domésticos.
Os mais felizardos podem ser adotados, mas não faltam os casos de menores que desaparecem misteriosamente e são assassinados para fornecer órgãos para transplante através de canais ilegais.
A "lista de preços" segue as exigências de mercado: 50.000 euros para um recém-nascido de sexo masculino em boas condições de saúde, 30.000 por um fígado, como denuncia a revista brasileira “Manchete”.
O tráfico ilegal de crianças movimenta 1,2 bi de dólares por ano e poucas vítimas são capazes de denunciar o que acontece a elas: muito pequenos, muito indefesos ou obrigados ao silêncio da morte.
O capítulo da “exploração sexual” é um dos mais dolorosos a serem enfrentados. As campanhas de sensibilização conduzidas de modo eficaz pelo Ecpat (um pool internacional de organizações que trabalha para eliminar a exploração sexual contra menores) revelaram os percursos internacionais do turismo sexual no qual os menores estão envolvidos, denunciando que milhões de crianças em todo o mundo são exploradas, compradas e vendidas como uma mercadoria qualquer a ser transportada de uma região a outra de um país (como no caso de localidades turísticas na Tailândia ou no Brasil) ou levadas para fora dos confins nacionais (as pequenas prostitutas do Camboja e do Nepal) ou ainda encaminhadas para o mercado da pornografia.
A exploração sexual com fins lucrativos tem muitas facetas. Na Tailândia, um estudo sobre a economia ilegal revelou que, de 1993 a 1995, a prostituição representou cerca de 10 a 14% do Produto Interno Bruto e calcula-se que cerca de um 1/3 das mulheres tailandesas envolvidas no mercado da prostituição seja menor de idade.
Vítimas de abusos de todo tipo, os pequenos escravos deste mercado têm muitas vezes a única perspectiva de uma morte por Aids ou por outras doenças sexualmente transmissíveis.
Mas mesmo que conseguissem escapar de seus “donos”, as famílias não as receberiam de volta.

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