sábado, 14 de agosto de 2010

SAL E LUZ ( Fonte: http://sal.zip.net/arch2009-04-01_2009-04-30.html )

Só dentro da Igreja se pode compreender a Bíblia como Palavra de Deus, diz o Papa

.- "Somente o contexto eclesiástico permite à Sagrada Escritura ser compreendida como autêntica palavra de Deus que se faz guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis". Com estas palavras, o Papa Bento XVI recebeu esta manhã a 30 representantes da Pontifícia Comissão Bíblica que acabam de celebrar sua assembléia plenária.
O Pontífice se referiu ao tema da reunião, "A inspiração e a verdade na Bíblia", e destacou sua relevância porque "corresponde não somente ao fiel a não ser a toda a Igreja, já que a vida e a missão da Igreja se fundamentam na Palavra de Deus que é alma da teologia e, ao mesmo tempo, fonte de inspiração de toda a existência cristã. Além disso, a interpretação das Sagradas Escrituras é de importância capital para a fé cristã e para a vida da Igreja".
Segundo o Pontífice, "o estudo científico dos textos sagrados não é suficiente de por si. Para respeitar a coerência da fé da Igreja o exegeta católico deve estar atento a perceber a Palavra de Deus nestes textos, no interior da mesma fé da Igreja".
"A interpretação das Sagradas Escrituras não pode ser somente um esforço científico individual: deve sempre confrontar-se, inserir-se e autentificar-se mercê à tradição viva da Igreja. Esta norma é decisiva para precisar a relação correta e recíproca entre a exegese e o magistério da Igreja", explicou.
O Papa assinalou que "o exegeta católico não nutre a ilusão individualista de que, fora da comunidade dos fiéis se compreendam melhor os textos bíblicos. Em realidade, é verdadeiro o contrário, já que esses textos não se deram aos investigadores para satisfazer sua curiosidade ou facilitar-lhes com argumentos de estudo e investigação. Os textos inspirados Por Deus foram confiados à comunidade de fièis, à Igreja de Cristo, para alimentar a fé e guiar a vida de caridade".
"A Sagrada Escritura -disse o Papa citando a constituição dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II- é a palavra de Deus, enquanto escrita por inspiração do Espírito Santo. A Tradição recebe a Palavra de Deus, encomendada por Cristo e o Espírito Santo aos Apóstolos e a transmite íntegra aos sucessores para que eles, iluminados pelo Espírito da verdade, conservem-na, exponham-na e a difundam fielmente em seu predicação".
O Papa recordou que o Concílio Vaticano II indica "três critérios sempre válidos para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme ao Espírito que a inspirou. Em primeiro lugar, é necessário prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura já que, por muito diferentes que sejam os livros que a formam, a Sagrada Escritura é uma, devido à unidade do plano de Deus do qual Jesus Cristo é o centro e o coração".
Em segundo lugar, "terá que ler a Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja. Efetivamente, a Igreja leva em sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus e é o Espírito Santo quem brinda à Igreja a interpretação segundo o sentido espiritual".
O terceiro critério é "prestar atenção à analogia da fé, quer dizer à coesão das singulares verdades de fé entre si e com o plano geral da Revelação e a plenitude da divina economia que encerra".

23/04/2009
Vida e Castidade: Com muita alegria legendei e coloquei no You Tube um vídeo com um trecho de uma palestra do Christopher West, conhecido propagador da Teologia do Corpo.
O vídeo responde à primeira pergunta que pode surgir quando falamos de Teologia do Corpo: se a Teologia é o estudo de Deus, como o corpo pode ser uma Teologia?
A Teologia do Corpo é a reunião de 129 catequeses que o Papa João Paulo II fez, entre 1979 e 1984. Ela está começando a ser mais conhecida agora, e está mudando vidas e fazendo surgir uma verdadeira "nova revolução sexual".
Segundo George Weigel, biógrafo de João Paulo II, a Teologia do Corpo é "uma bomba-relógio teológica, programada para detonar com dramáticas consequências, talvez no século XXI".
Fonte: Vida e Castidade, blog
  
20/04/2009
Holocausto Contínuo

Desde 1789, praticamente todas as perseguições em massa, todos os genocídios do mundo seguiram o mesmo esquema, obsessivamente repetitivo e invariável: o sacrifício dos crentes pelos ateus militantes. O quadro é aterrador. França, México, Espanha: matança dos católicos. Rússia e países satélites: matança dos cristãos ortodoxos (católicos, na Polônia, na Croácia e na Hungria). Alemanha: matança dos judeus. China, Tibete, Indonésia etc.: matança dos budistas e muçulmanos. Total: mais de cem milhões de mortos. Em todos esses casos, a vítima é religiosa, o assassino é ateu, materialista, progressista, darwinista, portador do projeto de “um mundo melhor” em qualquer de suas inúmeras versões. Esse é o fato mais constante e mais nítido da história moderna, e também o mais ignorado, omitido, disfarçado. O homem religioso é uma espécie em extinção, não porque suas crenças tenham sido substituídas por outras melhores, mas porque está sendo extinto fisicamente. Não obstante, ainda há quem acredite que as religiões, e não as ideologias ateísticas, cientificistas e materialistas, são responsáveis pela falta de liberdade no mundo.
[O holocausto contínuo. Olavo de Carvalho. O Globo, 21 de abril de 2001]


Os Apóstolos de Cristo

O Precursor

João, o Batista, foi quem iniciou pregações antes do Messias Prometido para preparar-lhe o caminho, de acordo com as profecias antigas, e conforme o próprio Jesus.Primo de Jesus, nascendo seis meses antes, filho na velhice de Zacarias e Isabel. Tornou-se profeta na Judéia, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestres e vestindo-se de peles. Pregava no deserto a eminente vinda do Messias prometido e incitava o povo ao arrependimento dos erros e à conversão para uma nova vida, que era iniciada por um ritual de mergulho nas águas do rio Jordão, que ficou conhecido como batismo pelas águas.Foi com o batismo de João, e com o reconhecimento deste de que Jesus era o Messias Prometido, que o Mestre começou a sua vida pública de 3 anos até a sua crucificação.João foi preso por Herodes Antipas, rei da Galiléia, a quem havia criticado por se casar de forma ilícita com a própria cunhada, Herodíades. O rei mandou decapitá-lo para agradar a enteada, filha de Herodíades, chamada Salomé.Jesus, após a transfiguração, descendo do monte Tabor, fala sobre João Batista em Mateus, Cap. 17, versículos 10 a 13: "Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes do Messias?". Jesus respondeu: "Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu vos digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo. Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista". Esta passagem, transcrita literalmente das escrituras sagradas, prova de um modo incontestável que João Batista era a reencarnação do profeta Elias, que tinha vivido 900 anos antes.


Os Apóstolos



Diferença entre apóstolo e discípulo: - Apóstolo: palavra derivada do grego que significa enviado. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da "Boa Nova".- Discípulo: palavra derivada do latim que significa aluno. Jesus tinha em uma época de sua vida 70 discípulos, além dos doze apóstolos para ajudá-lo.


Pedro

Irmão do Apóstolo André, era um pescador no mar da Galiléia, mais precisamente da cidade de Cafarnaun. Seu nome era Simão, mas recebeu de Jesus o sobrenome de Pedro ou Cefas, que significa pedra em grego e hebraico, respectivamente.Junto com os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra.Existe uma passagem peculiar nos Evangelhos, em que Pedro nega por três vezes que seria Apóstolo de Jesus. Quando, como Jesus predissera, o galo cantou depois da terceira negativa, Pedro verteu-se em lágrimas. É tido como fundador da Igreja Cristã em Roma, considerado pela Igreja Católica como o primeiro Papa. Depois da morte de Jesus, despontou-se como líder dos doze Apóstolos, aparecendo em destaque em todas as narrativas evangélicas. Exerceu autoridade na recém-nascida comunidade Cristã, apoiou a iniciativa de Paulo de Tarso de incluir os não judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica.Foi morto em Roma no ano de 64 D.C., na perseguição feita por Nero aos cristãos, crucificado de cabeça para baixo, conforme a sua vontade, pois não se achava digno de morrer como Jesus.Seu túmulo se encontra sob a catedral de S. Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores, sendo validado pelo Papa no ano de 1968.


André

Foi o primeiro dos doze a ser chamado por Jesus. Era irmão de Pedro e também pescador. Antes de seguir o Mestre, era discípulo de João Batista, que o mandou junto com um outro não identificado (talvez João Evangelista), para segui-lo.As tradições indicam que ele tenha ido a lugares distantes para pregar o Evangelho, e que tenha morrido em uma cruz em forma de X na Grécia, de onde o seu corpo foi levado para Constantinopla, tornando-se padroeiro desta cidade.


João Evangelista

Filho de Zebedeu e irmão de Tiago, o Maior, que junto com este e mais Pedro participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus.Autor do quarto evangelho, de três cartas aos cristãos em geral e do Livro do Apocalipse. O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, sendo que a narrativa de João enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus. É considerado "o discípulo amado". Era muito jovem na época da vida do Mestre, e na crucificação foi designado por Jesus a tomar conta de Maria, demonstrando aí o quanto este confiava em João.João viveu o resto de sua vida em Éfeso, juntamente com Maria, onde teria escrito o Evangelho e as cartas. Durante o governo de Domiciano, foi exilado na ilha de Patmos, onde escreveu o Apocalipse.Morreu em Éfeso, em idade muito avançada, tomando conta da igreja que estava nesta cidade.


Tiago, o Maior
Pescador, irmão de João, o Evangelista, filho de Zebedeu, fazia parte do círculo mais íntimo de Jesus. Após a morte deste, permaneceu em Jerusalém, junto a Pedro, sendo executado em 43 D.C., por ordem do rei Herodes Agripa, logo depois da morte de Estêvão, diácono grego e exaltado pregador cristão.


Tiago, o Menor
Filho de Alfeu, conhecido também como Zebeu, tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém. Foi um observador da normas judaicas, defendendo que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Foi atacado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote Ananias.


Mateus

Também chamado de Levi, filho de Alfeu. Era publicano, ou cobrador de impostos, classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues às autoridade romanas. Escreveu o primeiro evangelho, onde dá mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Pregou no norte da África depois da morte do Mestre, prosseguindo até a Etiópia, onde foi morto.


Felipe

Aparece rapidamente nos Evangelhos, não nos deixando muitas informações sobre ele. Diz-se que evangelizou na Ituréia, reunindo-se a André, no mar Negro, sendo morto na Frígia, para onde seguira.


Tomé

Também chamado Dídimo ou Gêmeo, era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro. Ficou famoso pelo fato de ter duvidado que Jesus tinha ressuscitado, e disse que só vendo acreditaria. Então, Jesus apareceu para ele e respondeu que muitos não iriam ver e acreditariam. Depois da crucificação, passou a pregar na Pérsia e na Índia, mas seus restos mortais são venerados na Síria.


Judas Iscariotes

Judas de Kerioth, localidade de Kerioth, localidade da Judéia. Dizem as tradições que este apóstolo era designado para cuidar do dinheiro comum, por ser um dos poucos instruídos. Foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica.Depois que viu a crucificação de Jesus, Judas, amargamente arrependido, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes, indo se enforcar. Estes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue.


Judas Tadeu

Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze citados nominalmente por Mateus e Marcos. Contam as tradições que trabalhou na Mesopotâmia e na Pérsia.


Bartolomeu

Também chamado de Natanael no Evangelho de João, evangelizou na Armênia, junto ao Mar Negro, onde, segundo uma lenda posterior, foi esfolado vivo, vindo a morrer.


Simão, o zelote

Era chamado assim porque pertencia a uma seita chamada de "Os Zelotes, ou zeladores", que lutava para a libertação de Israel dos Romanos. Seita ultra-nacionalista e não religiosa. Simão permaneceu na Palestina pregando o Evangelho.
Fonte: Pesquisas do blog com foto de decorecomarte.com

Por que Orar?

Pergunta: "Por que orar? Qual o sentido em orar se Deus conhece o futuro e já está no controle de todas as coisas? Se não podemos mudar a opinião de Deus, por que devemos orar?
"Resposta: Por que orar? Por que orar se Deus já está no perfeito controle de tudo? Por que orar se Deus sabe o que vamos pedir antes que o façamos?
(1) A oração é uma forma de servirmos a Deus (Lucas 2:36-38). Oramos porque Deus nos ordena que o façamos (Filipenses 4:6-7).
(2) A oração é exemplificada para nós por Cristo e a igreja primitiva (Marcos 1:35; Atos 1:14; 2:42; 3:1; 4:23-31; 6:4; 13:1-3). Se Jesus achava que valia a pena orar, também devemos achar.
(3) Deus determinou a oração como meio para que pudéssemos obter Suas soluções em inúmeras situações:
a) Preparação para grandes decisões (Lucas 6:12-13)
b) Derrubar barreiras demoníacas na vida das pessoas (Mateus 17:14-21)
c) Ajuntamento de obreiros para a colheita espiritual (Lucas 10:2)
d) Obtenção de forças para vencer a tentação (Mateus 26:41)
e) Um meio de fortalecer a outros espiritualmente (Efésios 6:18-19)
(4) Temos a promessa de Deus que nossas orações não são em vão, mesmo se não recebemos especificamente o que pedimos (Mateus 6:6; Romanos 8:26-27).
(5) Ele prometeu que quando pedirmos por coisas que estejam de acordo com Sua vontade, Ele nos dará o que pedirmos (I João 5:14-15).Às vezes Ele atrasa Sua resposta de acordo com Sua sabedoria e para o nosso benefício. Nestas situações, devemos ser perseverantes e persistentes em oração (Mateus 7:7; Lucas 18:1-8).
A oração não deve ser vista como nosso meio de obter que Deus faça nossa vontade na terra, mas como um meio de obter a vontade de Deus feita na terra. A sabedoria de Deus, em muito, excede a nossa.Em situações para as quais não sabemos especificamente qual a vontade de Deus, a oração é o meio de discerni-la. Se Pedro não tivesse pedido a Jesus para chamá-lo para fora do barco até a água, teria perdido tal experiência (Mateus 14:28-29). Se a mulher síria cuja filha estava influenciada pelo demônio não tivesse orado a Cristo, sua filha não teria sido restabelecida (Marcos 7:26-30). Se o homem cego fora de Jericó não tivesse clamado a Cristo, ele teria continuado cego (Lucas 18:35-43).
Deus disse que muitas vezes não recebemos porque não pedimos (Tiago 4:2). Em um sentido, a oração é como compartilhar o evangelho com as pessoas. Não sabemos quem responderá à mensagem do evangelho até que o preguemos. O mesmo ocorre com a oração: nunca veremos os resultados de uma oração respondida até que oremos.A falta de oração demonstra a falta de fé e a falta de confiança na Palavra de Deus. Nós oramos para demonstrar nossa fé em Deus, que Ele fará assim como prometeu em Sua Palavra, e que abençoará nossas vidas abundantemente mais do que podemos pedir ou esperar (Efésios 3:20).
A oração é nosso primeiro meio de ver a obra de Deus na vida de outros. Por ser nosso meio de nos “ligarmos” ao poder de Deus como se nos ligássemos em uma tomada, é nosso meio de derrotar nosso inimigo e seu exército (Satanás e seu exército) que, por nós mesmos, não teríamos forças para vencer. Por isto, que Deus nos encontre sempre perante Seu trono, pois temos um Sumo Sacerdote no céu que pode se identificar com tudo o que passamos (Hebreus 4:15-16). Temos Sua promessa de que “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16-18). Que Deus possa glorificar Seu nome em nossas vidas conforme creiamos Nele de forma suficiente para que venhamos sempre a Ele em oração.
Fonte: gotquestions.org
COMO SURGIU O DIA DE CORPUS CHRISTI

CORPUS CHRISTI
Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como "santos" (1Co 10.19,20).Irmãos queridos somos chamados a uma vida santa (separada) e compromissados com as verdades de Deus que estão expressas de forma clara na Bíblia; o Espírito Santo move e faz-nos ver que é incompatível com a fé verdadeira participar destas consagrações tradicionais em algumas cidades. E, na condição de separados que somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt 26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus).


A seguir, veja como iniciou-se esta comemoração:A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristiaA Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.


Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’,(que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.


A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno.


Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.


Pr.Adenilson Loterio
O que é Cardeal, Bispo, Arcebispo, Cônego, Monsenhor?

Prof. Felipe Aquino
BISPOS, ARCEBISPOS E CARDEAIS

Todos são ordenados, no grau máximo do sacramento da Ordem. Todos são bispos, palavra que deriva do grego epíscopos, que significa supervisor. Para chamá-los usa-se o título de Dom, abreviatura do latim dominus, senhor. Com o Papa à frente, os bispos do mundo inteiro formam o Colégio Apostólico, que sucede ao grupo dos apóstolos, os quais tinham a Pedro como seu líder. Assim, a Igreja é guiada pela história afora pelos mesmos pastores escolhidos por Jesus Cristo.
O Bispo é o pastor da Igreja particular, responsável pelo ensinamento da Palavra de Deus, pela celebração da Eucaristia e demais sacramentos e pela animação e organização dos carismas e ministérios do Povo de Deus. Ele é obrigado a fazer a visita “ad limina apostolorum” a Roma, e ao Papa, de quatro em quatro anos, quando então apresenta à Santa Sé um relatório de sua diocese e é recebido pelo Papa. Os bispos são, em suas dioceses, o princípio visível e o fundamento da unidade com as outras dioceses e com a Igreja universal. É obrigado pelo Código de Direito Canônico da Igreja a pedir renúncia ao completar 75 anos.
Arcebispo é o bispo de uma Arquidiocese, o titular da sede metropolitana, que é a diocese mais antiga de uma Província Eclesiástica, que é formada pelo conjunto de diversas dioceses. Ele é responsável pelo zelo da fé e da disciplina eclesiástica e pela presidência das reuniões dos bispos da Província. Mas não intervém diretamente na organização e na ação pastoral das demais dioceses (sufragâneas) da arquidiocese. O arcebispo usa, nos limites de sua Província, durante as funções litúrgicas, como sinal de unidade de sua Província com a Igreja em todo o mundo, o pálio, que lhe é entregue pelo Papa, no dia da festa de S. Pedro e S. Paulo, 29 de junho: uma faixa branca decorada de cruzes pretas que cobre os ombros, confeccionada com a lã de um cordeiro.
Cardeais são geralmente bispos de importantes dioceses do mundo. Mas também padres ou diáconos podem ser cardeais. São escolhidos pessoalmente pelo Papa, como representantes da Igreja em todo o mundo, para formarem o Colégio dos Cardeais. São responsáveis pela assessoria direta ao Papa na solução das questões organizativas e econômicas da Santa Sé, na coordenação dos diversos Dicastérios (uma espécie de ministério do Vaticano) que compõem o serviço da Santa Sé em favor da comunhão em toda a Igreja e da justiça para com os pobres do mundo todo. São também os responsáveis pela eleição do novo Papa enquanto não completarem 80 anos. A reunião dos Cardeais se chama Consistório e acontece quando o Papa a convoca.

PADRES, CÔNEGOS E MONSENHORES
Pelo sacramento da Ordem, não há nenhuma diferença entre padre, cônego ou monsenhor. Todos são ordenados, no segundo grau desse sacramento. Todos são presbíteros do Povo de Deus.
Hoje, os títulos de cônego e monsenhor são honorários e não indicam a posse de nenhum cargo ou posição na Igreja. Antes das reformas conciliares, eles formavam o cabido diocesano, para a função de conselheiros do bispo, o governo da diocese durante a vacância e o esplendor das funções litúrgicas na catedral. Hoje, o bispo conta com diversos Conselhos, que são formados por representantes de todo o clero e do laicato. Não contam os títulos, mas a disposição para o serviço comum e comunitário da evangelização. Hoje, cônego e monsenhor são títulos de homenagem e reconhecimento por serviços prestados à Igreja. Além disso, o título de monsenhor é também usado para o padre que foi eleito bispo. Enquanto ele não é ordenado bispo, é chamado de monsenhor.
Fixados os termos das discussões doutrinárias entre Roma e a FSSPX.
O Bispo Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, informa em seu blog que Dom Bernard Tissier de Mallerais confirmou em Paris que já foram estipulados os termos para as discussões doutrinais a serem conduzidas entre a Fraternidade São Pio X e as autoridades eclesiásticas em Roma.
Segundo Dom Williamson, as negociações que se darão por escrito não se tornarão públicas.
Conforme noticiado no bem-informado Rorate Caeli, Dom Tissier de Mallerais foi um dos quarto membros da comissão informal organizada pela Santa Sé e a FSSPX nas negociações de 1988, (os outros foram os Padre Patrice Laroche, também nomeado pela FSSPX através do Arcebispo Lefebvre, e o Pe. Tarcisio Bertone dentre os demais membros nomeados pela Santa Sé através do Cardeal Ratzinger).
Dom Williamson afirma que, pelo menos, subjetivamente, tanto o Papa quanto a Fraternidade têm boa vontade em relação um ao outro. Entretanto, o bispo crê que, objetivamente, é impossível reconciliar a religião do homem [instaurada pelo Concílio Vaticano II) com a religião de Deus (Tradição).
Oremos! Que o Espírito Santo ilumine e conduza os participantes dessas discussões doutrinárias.


A FRAUDE do ABORTO da MENINA de ALAGOINHA (PE)

(Extraído do texto “Silêncio sobre o aborto legal” publicado
pela Comissão de Educação em Democracia e Direitos Humanos de Taubaté-SP)

Na última semana de fevereiro de 2009, foi descoberta uma gravidez de gêmeos em uma menina de nove anos no nordeste brasileiro. O fato ocorreu na quarta feira dia 27 de fevereiro de 2009 na pequena Alagoinha, uma cidade de 14 mil habitantes no interior do Estado de Pernambuco.
A menina já estava com quatro meses de gestação. O pai dos bebês seria o padrasto, um rapaz de 23 anos que vivia com a mãe da criança. O pai biológico da menina, que atualmente vive também em Alagoinha, havia se separado da mãe havia três anos. O padrasto foi preso na própria quarta feira à noite e a população da cidade chegou a tentar linchá-lo.
A mãe da menor era contra o aborto. O pai era radicalmente contra o aborto. Contra toda a melhor medicina, os funcionários do hospital deram a entender aos pais que a menina morreria se levasse a gravidez adiante. Isto simplesmente não é verdade. No Brasil todos os anos há 30.000 gestações de menores de 14 anos e não há nenhum caso registrado de morte por causa da gravidez quando é oferecido um acompanhamento pré natal e se permite o parto por meio de cesariana. O modo como se mentiu aos pais para fazer com que consentissem com o aborto é motivo de vergonha para qualquer serviço de saúde. O pai da menina, impedido de falar com os médicos, quando entendeu que os funcionários do hospital estavam mentido, pediu ajuda a um serviço jurídico para impedir o aborto, um direito que a lei brasileira garante, pois é crime realizar um aborto contra a vontade dos pais, principalmente quando não há risco de morte. Os médicos do hospital, porém, para garantirem que o aborto seria realizado mesmo contra a vontade do pai, permitiram a sua transferência para um paradeiro que permaneceu em sigilo até que o aborto se tivesse consumado. O governo brasileiro e os meios de comunicação, tratando os responsáveis por estes fatos como se fossem heróis, agora estão se aproveitando do acontecimento para promover a agenda rumo a uma completa legalização do aborto. O sucedido está sendo amplamente divulgado de modo a ocultar os verdadeiros fatos ocorridos em um gigantesco espetáculo midiático no qual o povo está sendo induzido a crer que uma gravidez de uma menor de idade significa o mesmo que a sua morte física.
O que foi divulgado a este respeito foi o que a imprensa quis que o público soubesse. As pessoas diretamente envolvidas no caso expuseram aos jornalistas que as procuraram todos os detalhes do que realmente aconteceu, mas nada foi publicado. Propositalmente toda a cobertura dada pelos meios de comunicação tem se centrado na pessoa do arcebispo, Dom José Cardoso Sobrinho, e na questão da excomunhão, apenas com a finalidade de distrair o público do que verdadeiramente aconteceu.
 As pessoas tem o direito de saber a verdade e de compreender o quanto o público e as próprias vítimas estão sendo manipulados em função de interesses internacionais com os quais o governo do presidente Lula é conivente.
O que aconteceu no início de março em Recife não é o primeiro caso deste tipo. Há grupos que recebem financiamentos milionários de Fundações internacionais para que estes eventos sejam explorados ao máximo. Cabe aos que defendem a dignidade da vida humana, tomar consciência do que está acontecendo e posicionar-se para que não venham mais a repetir-se fatos vergonhosos como este, em que pessoas simples são enganadas, fatos são escondidos e informações são manipuladas e um povo inteiro é ludibriado com o único fim de produzir mudanças profundas na opinião pública em função das agendas de organismos internacionais.


ACERCA DA CONTROVÉRSIA À VOLTA DA POSIÇÃO DO PAPA BENTOXVI SOBRE O PRESERVATIVO
 

OS BISPOS DE CERAO DECLARAM


Espanto perante uma manipulação ultrajante e planificada

Ficámos surpreendidos e espantados sobre a maneira como uma frase do Santo Padre foi totalmente retirada do seu contexto próximo e longínquo para se transformar no motivo recorrente de todas as emissões da RFI e de outros médias  sobre a primeira viagem apostólica do Santo Padre, Papa Bento XVI, à África. O cúmulo é esta ocultação sistemática das outras ideias da entrevista e a minimização de tudo aquilo que o Santo Padre se esforçou por comunicar como esperança para África, tanto nos Camarões como em Angola. A este respeito precisamente, não se deveria reconhecer que é a África e à sua missão evangelizadora que os autores da sombra se atiram?

Nós, Bispos da Conferencia Episcopal Regional da África Ocidental (CERAO), tomamos consciência da gravidade do acontecimento e queremos declarar a todos o que se segue:

Demolir a moral é crime contra a humanidade

Não se chegará a acabar com a SIDA destruindo os apoios espirituais e morais dos homens, sobretudo dos adolescentes e dos jovens, fragilizando-os e fazendo deles pacotes de prazeres sexuais sem os reguladores previstos pelo Criador. É um crime contra a humanidade o facto de privar a criança, o adolescente e o jovem do treino ao domínio do espírito sobre o corpo e suas pulsões que se chama educação sexual. Neste sentido, os slogans publicitários e a distribuição de preservativos poderiam não ser mais que uma irresponsabilidade e crime contra a humanidade.

Propósitos desrespeitosos, injuriosos e sacrílegos

Para nós, Africanos, o Papa é o pai da Grande Família que é a Igreja e, a este título, devemos-lhe respeito e afeição. É sacrilégio para nós, do simples ponto de vista de nossa cultura africana tradicional, para ainda não falar da fé, que rapazes e raparigas da Igreja que se pretendem católicos se dirijam ao Papa com vulgaridade, arrogância e injurias, como certos jornalistas de órgãos franceses e certas personalidades francesas, espanholas, europeias, se permitiram de o fazer. Lamentamos e condenamos estes propósitos desrespeitosos e injuriosos.

O atentado pós-moderno contra a verdade e suas consequências violentas sobre as relações humanas

Mas nós não somos de uma cultura senão a título da verdade mais profunda de nossa humanidade. E a humanidade, que é comum a todos nós, é única: ela concretiza-se num certo número de direitos e deveres, inseparáveis da dignidade de toda a pessoa humana. É absolutamente intolerável que um pequeno grupo de comunicadores – às vezes mesmo africanos assinando à margem sem dificuldade sobre a riqueza “suja” daqueles que despojaram os seus povos – se arroguem o direito de deformar a verdade para se apresentarem como benfeitores responsáveis diante da condição dramática dos nossos irmãos e irmãs portadores do VIH SIDA, e, pelo contrario, transformarem o Santo Padre num personagem “irresponsável” e desprovido de humanidade, e deste modo, poderem injuriar e tentar amotinar contra ele uma multidão barulhenta de indivíduos, que se julgam com direito a poder falar daquilo que não tiveram o cuidado de conhecer com precisão. Esquecem-se que, procedendo assim, eles se desqualificam profissionalmente, porque existe uma diferença essencial entre criar sensacionalismo escandaloso e informar. Lamentamos e condenamos o atentado contra a verdade, que é o pecado de nosso mundo pós-moderno, e do qual resultam as graves feridas que sofre cada vez mais a Santa Igreja, Nossa Mãe. Que mundo é este em que não se arranja tempo para escutar o outro, para o escutar até ao fim e onde se lhe obriga a dizer o que se quer que ele diga? A sabedoria africana e a Sabedoria Bíblica, ambas centradas sobre a Escuta, têm uma outra visão do mundo a propor.

Profunda união de pensamento e de coração entre Bento XVI e a África

Nós, Bispos africanos, agradecemos do fundo do coração ao Santo Padre, que tem tantas afinidades connosco, pelo facto de nossa comunhão de pensamento sobre a Igreja e do nosso empenho comum em favor dos pobres, dos feridos da vida e dos pequenos. Quem ignora que os títulos: Igreja, Casa (Família) e povo de Deus; Igreja, Fraternidade Cristã, Igreja-Comunhão são dele? Ele acreditou nisso e para isso trabalhou desde há muito tempo como jovem teólogo e mais recentemente como Cardeal Prefeito de Dicastério; também nós acreditamos nisso e estamos prontos a agir para edificar em África a Igreja Comunhão como Família de Deus e fraternidade de Cristo. Ele veio até nós para nos confirmar nesta fé. Nós lhe agradecemos por isso mesmo.
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Igreja de África, Uma Igreja portadora de Esperança

Nós lhe estamos também reconhecidos por toda a mensagem de esperança que ele nos veios transmitir, nos Camarões e em Angola. Ele veio nos encorajar a viver unidos, reconciliados na Justiça e na Paz, para que a Igreja de África seja ela mesma uma chama ardente de esperança para a vida de todo o continente. E nós lhe agradecemos por ter reproposto a todos, com matiz, clareza e penetração, o ensino comum da Igreja, em matéria de pastoral dos doentes da Sida.

Humanização da sexualidade e dom de si mesmo aos doentes da Sida

Ele nos encoraja a todos a viver e a promover a humanização da sexualidade e o dom da sua própria humanidade para estar com e socorrer em verdade os irmãos e irmãs doentes da Sida, como a autêntica atitude responsável dos católicos face aos doentes da Sida e de todos aqueles que amam verdadeiramente os africanos atingidos por este mal. Acolhemos sua mensagem que é também a nossa própria posição. E declaramos todos com ele: “... não se pode ultrapassar este problema da Sida unicamente com slogans publicitários. Se aí não metermos a alma, se não ajudarmos os africanos, não se pode resolver este flagelo com a distribuição de preservativos: pelo contrário, o risco é de aumentar o problema”. Tais são as palavras de Bento XVI que uma matracagem mediática se esforçou por deformar. Mas em vão.

Responsabilidade dos média

Dizer menos, é menosprezar o Africano e testemunhar zelo em matar aquilo que há de autenticamente humano no homem negro, onde por exemplo todas as tradições valorizam muito a virgindade constatada no casamento. Lamentamos e condenamos esta pretensa responsabilidade em relação ao homem negro, que teria apenas uma solução mecânica face a um problema tão vital como a sexualidade para todo o homem e, portanto também para o africano igualmente. A responsabilidade dos média é grande; não devem declinar, sob pena de fazer diminuir qualquer coisa do humano fundamental
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Não ao pensamento por procuração

 Dizemos, finalmente, que os africanos têm a capacidade de pensar por si mesmos, tanto os seus próprios problemas como os de toda humanidade. Lamentamos e denunciamos o crime, vindo do fundo das idades, onde se tratavam os nossos irmãos e nossas irmãs como mercadorias e como “bens moveis” (O Código Negro, Art.44), e que actualmente consiste em se obstinar a pensar por nós, a falar por nós, a fazer em nosso lugar sem dúvida porque não se acredita que o podemos fazer por nós mesmos. Talvez se diga que é aos Comunicadores Africanos que habilmente se confia a indecente tarefa de jogar aos palhaços para divertir o mundo e tornar a África duplamente deplorável: não apenas materialmente mas também moralmente. Mas não existem apenas estes Africanos ignorantes das estruturas antropológicas mais sólidas e dos valores morais mais seguros da África que estejam directamente em condições de falar em nome do continente.

Nós, Bispos da Igreja Católica do espaço CERAO, exigimos que se pare de pensar por nós, de obrigar a África da rua a falar em nome da África e de distrair a galeria em detrimento dos nossos povos. Exigimos que para falar da África se respeitem os valores essenciais, sem os quais o homem não é mais homem, e que estão sintetizados na dignidade de cada homem, criado a imagem de Deus. Sim, em continuação do Concílio Vaticano II, reafirmamos que ”sem o Criador, a criatura desaparece simplesmente”. Agradecemos ao Santo Padre por ter feito do Deus do Amor e da fé nele a prioridade das prioridades para o nosso tempo. É perfeitamente ilusório que possa haver uma outra prioridade, que criou a situação paradoxal e violenta, onde se pretende ser responsável de nós, metendo no saco tudo aquilo que temos de mais vital: a nossa relação de fé, de esperança e de amor com Deus vivo, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, e nossa vida moral.


Abidjan, 27 de Março de 2009

Théodore Adrien Cardinal SARR
Presidente da CERAO

Abbé Barthelemy ADOUKONOU
Secretário Geral da CERAO
UNIDADE, AMOR, MISERICÓRDIA
  
Desejo a todos que a Paz do Cristo Ressuscitado esteja em seus corações e espalhando-se por todas as atividades que cada um desenvolve. Apresento-me a você, leitor, como aquele que foi enviado para servir a esta Igreja do Rio de Janeiro e, como Igreja, ser, junto com todos, sinal de Jesus Cristo presente nesta sociedade.
  Ao iniciar minha missão neste segundo domingo da Páscoa e também da Misericórdia, alegro-me por escutar a voz do Senhor a nos dizer nos Atos dos Apóstolos: “a multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma”. Mesmo que as interpretações exegéticas possam colocar este texto mais como anúncio do futuro do que talvez uma realidade da época, é, no entanto, Palavra de Deus para nós. É uma direção que espero que sigamos: a da unidade! Muitas vezes falaremos sobre esse assunto que é fundamental em nossa vida eclesial, pois disso depende a fé – “para que o mundo creia”!
  É importante que nos Atos a unidade seja anunciada como partilha de bens: “tudo entre eles era posto em comum”! Nesse nosso mundo de tantas injustiças e individualismo, a fé cristã e católica nos faz ser sinais de outro mundo, onde reinam a fraternidade e o amor. Eis o grande desafio cristão de nossos tempos! Muitos tentam por várias formulas encontrar esse caminho, nós o trilhamos pela fé!
  Também somos chamados a viver a nossa fé no amor mútuo: “podemos saber que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos”, recorda-nos hoje a primeira carta de João. Outra direção para nossa vida e nossa caminhada nesta grande cidade!
Viver os mandamentos, amarmos a Deus e, consequentemente, amarmos o próximo, lembrando-nos de como Cristo explicou o que significa “amar o próximo” na parábola do bom samaritano.
  Do Evangelho deste domingo, entre tantos sinais escolho dois que Ele nos aponta para colocarmos em prática: primeiro o envio para semearmos a paz - “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”, e isso traz presente todo o histórico do “evento” de Aparecida, que se traduziu num dos documentos mais importantes deste início de milênio, recordando-nos que como discípulos somos também missionários para anunciar a todos, com renovado ardor, o Evangelho do Cristo. A Missão continental pedida pelo Documento de Aparecida deve se traduzir em atitudes concretas em nossas vidas, paróquias e arquidiocese.
  O segundo sinal que aparece no Evangelho deste domingo é o perdão, a misericórdia que hoje celebramos: “a quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados”! Somos chamados a ser uma Igreja que reconcilia, perdoa, ama e por isso mesmo, misericordiosa, e que, mesmo sem renunciar aos princípios que nos norteiam, antes de tudo anuncia a Boa Nova ao mundo com alegria e coragem!
  Irmãos e Irmãs, filhos desta grande Arquidiocese: o nosso primeiro trabalho será a elaboração do novo Plano de Pastoral, que deverá retratar as necessidades de todos na missão de pastorear essa grande cidade, que tem o direito de ver em nós sinais da presença de Deus e suas consequências! Convido a todos e a todas para que nos irmanemos e todos tragam seus dons e carismas, como muitos já têm feito, na elaboração do direcionamento pastoral que agora iniciamos.
  Abraço a todos com carinho e formulo os meus votos de paz: “A Paz esteja convosco”.

     D. Orani João Tempesta, O. Cist.
         Arcebispo Metropolitano

 Escrito por JAR às 16h37
TEMPO DE AGRADECER
   
Neste domingo, às 15 h, inicio o meu ministério no Rio de Janeiro como o novo Arcebispo Metropolitano. Outras realidades, outra história, mas o mesmo povo de Deus chamado à santidade e que, formando comunidades de fé, é sinal para toda a sociedade de uma presença viva do Cristo Ressuscitado.
   Estamos em plena oitava da Páscoa e a liturgia destes dias fala muito aos nossos corações: o encontro com Jesus Cristo e os primeiros anúncios que os seus discípulos fazem ao mundo – o kerigma.
   Viver a Páscoa é viver o início da Igreja, o entusiasmo inicial, a alegria de ser cristão!
   Foi nesse clima de fraternidade e testemunho que sexta-feira passada presidi a Missa de Ação de Graças, na Praça Santuário de Nazaré, pelos quatro anos e quatro meses que o Senhor me concedeu para servir a esta querida Arquidiocese de Belém que, enquanto Circunscrição Eclesiástica, comporta hoje as cinco cidades da Região Metropolitana de Belém, e como Província Eclesiástica, os estados do Pará e Amapá. É o portal da Amazônia, a terceira arquidiocese mais antiga do Brasil! Aqui começou a evangelização da Amazônia!
   Feita de tantas belas histórias, a nossa região tem suas características próprias tanto em seu linguajar, como nas tradições, na culinária, nas danças e cantares. Também a Igreja passa pela mesma inculturação para poder bem evangelizar, para anunciar Jesus Cristo às pessoas.
   O meu agradecimento a Deus é por toda essa história e toda caminhada que existe e da qual pude fazer parte. Louvo a Deus pelas pessoas que vivem com um coração bonito no encontro com Deus e no compromisso com a vida para todos! Bendito a Deus a partilha que pudemos ter e a possibilidade de descobrir como resolver algumas questões sociais com trabalhos alternativos e eficazes.
   Agradeço a cada um dos irmãos e irmãs com quem pude estar, com quem compartilhei idéias, sonhos, soluções. Abraço os demais cristãos, os de outras religiões, os que em nada creem. Agradeço as autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário, ao ministério público, às entidades de classe, às associações, sindicatos, grupos se serviço, de rua e de bairros – enfim, a toda a sociedade organizada – pela confiança e pela amizade.
   Um abraço a todos que compõem a nossa Arquidiocese, suas estruturas e seu povo – paróquias, regiões episcopais, comunidades, grupos, pastorais, serviços, movimentos! Abraço com carinho os presbíteros, diáconos, seminaristas, religiosos, religiosas, consagradas, consagrados pela bela colaboração que prestam à missão evangelizadora nesta porção do povo de Deus.
   Meu agradecimento ao Regional Norte 2, seus bispos, seu povo, sua organização. Um carinho e uma palavra muito especial a quem me acompanhou durante estes quatro anos com sua presença e partilha de vida: D. Vicente Joaquim Zico, 8º Arcebispo Metropolitano de Belém – sou-lhe eternamente grato!
   A todos os irmãos e irmãs da Cúria Metropolitana que me ajudaram a levar adiante a organização da Arquidiocese e também os da Residência Episcopal que me proporcionaram a atenção de filho e irmão – louvo a Deus por suas vidas e peço que Ele sempre os abençoe!
   A todo o povo com quem me encontrei tantas vezes pelas ruas, barcos, avenidas, celebrações – levo-os todos comigo em meu coração!
   Ao Diário do Pará e todo o grupo RBA: ao portal, às rádios e à televisão a minha gratidão pela publicação semanal do meu artigo dominical e pelas várias oportunidades de entrevistas e participação nos programas da Rede – a todos os proprietários, sócios, diretores, funcionários, radialistas, cinegrafistas, repórteres e tantos outros – deixo-lhes uma bênção especial!
   Como disse muitas vezes: é para mim impossível chegar a todos, chegar a todas as comunidades como fiz no início e durante a minha missão aqui em Belém, abraçar e cumprimentar um por um e mesmo “tirar” fotografia com cada um ou com os grupos – o tempo é curto e é necessário começar a outra missão – por isso sirvo-me da mídia para despedir-me de vocês.
   A todos e a cada um o meu abraço fraterno, uma bênção especial. Que N. Sra. de Nazaré interceda por todos e que o Bom Deus esteja sempre presente na vida e na missão de cada um! Ele é a nossa luz e salvação, nossa vida e nossa Paz! Que a Sua Paz esteja sempre com vocês!

     D. Orani João Tempesta, O. Cist.
       9º Arcebispo Metropolitano
  
19/04/2009
Papa Bento XVI completa 4 anos de Pontificado

O Papa Bento XVI está completando quatro anos de Pontificado; ele é o Representante de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra, o Vigário de Cristo; o Pedro de nossos dias, a quem o Senhor confia o cuidado do seu Rebanho. “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21, 17); “Confirma os teus irmãos” (Lucas 22, 32). O Papa, como disse Santa Catarina de Sena, é o "Doce Cristo na Terra”. Ele é a “Pedra” (Kephas) de unidade da Igreja e guardião da doutrina; Pai espiritual de todo católico.

Levar adiante o trabalho de João Paulo II não é tarefa fácil, mas o Papa Bento XVI continua isso muito bem; realiza as importantes viagens pastorais a todo o mundo - apesar de sua idade avançada - o que por si só já é um desafio. Continua a luta em defesa da moral católica no combate ao aborto, à manipulação de embriões, à eutanásia, ao sexo livre e fora do casamento, `a prática homossexual e ao casamento de gays, uso da camisinha, etc. Isto tudo tem sido um grande desafio para o Papa e motivo de muitas críticas.

Além disso, o Papa tem combatido o que chama de “ditadura do relativismo”, segundo o qual não existe uma verdade absoluta e tudo se reduz `a vontade de cada um; dentro da Igreja combate o relativismo moral e doutrinário por parte até de pessoas do clero. Seu principal desafio, penso que seja a luta contra o ateísmo e o laicismo anti-católico que cresce na Europa e especialmente nas universidades e na mídia, e que parece querer banir a Igreja católica da sociedade e fazer calar a sua voz.

Alguns pensavam que o Papa fosse um reacionário ultra conservador, mas ele não precisou reverter esse quadro, porque simplesmente ela nunca foi frio e nem ultra-conservador; essa foi uma visão errada que a mídia passou dele para o público. O então cardeal Ratzinger sempre foi acolhedor, humilde e bondoso; no entanto, sua missão de Prefeito da Congregação da Fé; a mais importante da Santa Sé, guardião da “sã doutrina” (Tito 1,9), exigia dele um trabalho profundo, recolhido, e pronto para corrigir os erros e as heresias que ameaçavam a pureza da fé. Ele foi obrigado a chamar ao Vaticano muitos teólogos que caminhavam em desacordo com a doutrina da Igreja; era sua missão; isso criou uma falsa visão de sua pessoa. Durante 24 anos ele foi o homem de confiança de João Paulo II nesta missão impar; isso gerou, erradamente, uma imagem distorcida do Papa. Foi um preço que ele teve de pagar para servir a Igreja com fidelidade e coragem.

Alguns quiserem denegrir a sua imagem dizendo que ele foi do exército de Hitler, como se tivesse cooperado com a loucura desse ditador. Esse foi outro ponto muito mal interpretado pela mídia e especialmente por quem desejava denegrir a imagem do Papa, como se pudesse caber na cabeça de alguém que um cardeal da Igreja, hoje Papa, pudesse ter sido colaborador de um dos piores carrascos que a humanidade já viu. Somente pessoas com muita má fé ou por ignorância poderiam pensar tal desatino.

No livro “O Sal da Terra”, o então Cardeal Ratzinger deu um longa entrevista ao jornalista Peter Seewald, onde conta toda a sua vida e seu maravilhoso trabalho de muitos anos pela Igreja. Entre outras coisas, Peter pergunta ao Papa: “O senhor pertenceu `a Juventude Hitlerista?; ao que ele respondeu:
“De início não pertencíamos. Contudo, com a introdução, em 1941, da juventude Hitlerista obrigatória, meu irmão tornou-se membro de acordo com essa norma. Eu ainda era muito novo [14 anos ], mas mais tarde fui inscrito na juventude Hitlerista quando estava no seminário. Assim que saí do seminário, nunca mais fui lá. E isso era difícil porque a redução da mensalidade, de que eu realmente precisava, estava ligado à comprovação de frequência à juventude Hitlerista. Mas, graças a Deus, tive um professor de Matemática muito compreensivo. Ele próprio era nazista, mas um homem consciencioso, que me disse “ Vai lá uma vez para resolvermos isso...” Quando viu que eu realmente não queria ir , disse: “Entendo, eu dou um jeito nisso”, e assim pude ficar de fora” (p. 44). Pouco depois, os dois irmãos Ratzinger seminaristas foram mobilizados compulsoriamente e enviados para diferentes postos militares. O futuro Papa fez serviço militar na guarnição antiaérea de Munique, mas nunca atuou como soldado beligerante. Ele e outros tinham permissão de assistir às aulas no Colégio Maximiliano de Munique. Fora das horas de serviço, podiam fazer o que quisessem, e lá havia um grande grupo de católicos "engajados" que conseguiram organizar até aulas de religião, e de vez em quando podiam ir à igreja. (ver o livro " A minha vida", Ed. Paulinas, SP).

Mais tarde, em 20 de setembro de 1944, foi levado para um campo de trabalhos forçados em Burgenland. "Aquelas semanas de trabalho braçal ficaram-me na memória como uma recordação opressiva. Aprendemos a pegar e levar sobre o ombro a enxada com uma cerimoniosa disciplina militar; a limpeza da enxada, na qual não podia ficar a menor partícula de pó, era um dos elementos essenciais dessa pseudo-liturgia... Toda uma liturgia e o mundo que se construía em torno dela apresentavam-se como uma grande mentira" (citado no livro "Joseph Ratzinger, uma biografia", de Pablo Blanco, Ed. Quadrante 2005, pp. 31 e ss.).

O Papa é conservador no sentido de conservar-se fiel ao Evangelho e ao Magistério da Igreja, e isso é correto; ele tem dito e ensinado as mesmas verdades que os Papas anteriores a ele ensinaram, nada a mais. Acontece que o mundo fica na ilusão de que a Igreja vá mudar a sua moral e a sua doutrina; mas ela não pode fazer isso, pois é um legado perene que Jesus deixou para a salvação da humanidade; e isso não pode ser mudado sob pena de se destruir o cristianismo e por em risco a salvação das pessoas.

Ele foi recentemente atacado na mídia e nas universidades por ter condenado o uso de preservativos; mas sempre a Igreja considerou o seu uso imoral e deprimente, uma vez que incentiva o sexo fora do casamento, e é um mau exemplo para os jovens. Ele nada disso de novo. O preservativo não impede 100% a contaminação pelo HIV, como estamos vendo pelo testemunho de muitos médicos e autoridades. Os paises da África que diminuíram o contágio do HIV o fizeram com a prática da abstinência sexual antes do casamento e a fidelidade conjugal, e não com o uso da camisinha; o Papa tem razão.

Sobre o casamento de gays, a Igreja sempre considerou a prática homossexual, não a tendência, uma grave desordem (cf. Catecismo §2357), algo contra a lei de Deus que criou o homem e a mulher para que o casal humano fosse a base da família e da sociedade. O casamento de gays cria uma família falsa, e isto prejudica a verdadeira, e tem sérias consequências.

O Papa tem viajado constantemente – apesar de sua idade, repito – e tem sido acolhido com entusiasmo como vimos na África, nos Estados Unidos, na Jornada Mundial da Juventude na Alemanha, no Brasil, etc.; isso mostra que ele continua a levar a Igreja e o Evangelho ao mundo e este o acolhe. Ele continua o mesmo trabalho de João Paulo II; dá ênfase ao ecumenismo, enaltece o Concilio Vaticano II como a “Primavera da Igreja”, vai às universidades levar a mensagem cristã, fala com a juventude, acolhe as famílias e conversa com os governantes do mundo todo. E já está de viagem marcada para Israel.

Este Papa foi eleito num dos Conclaves mais rápidos da história da Igreja, porque estava claro para os cardeais que ele era o Cardeal mais preparado para substituir João Paulo II, magno. E esses quatro anos mostraram o acerto dessa medida. Ele dá sequência ao trabalho de João Paulo com coragem, lucidez, e, de certa forma, com mais espontaneidade. Não tem medo de dizer a verdade de Deus onde quer que deva pregar, com humildade e sabedoria. Se o mundo o critica é porque Jesus Cristo sempre foi e sempre será “sinal de contradição” (Lc 2, 34), e o Papa é o seu Representante na terra; então, não podemos esperar outra reação do mundo.

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1, 4-5). Paulo VI já havia dito que o mundo vai mal porque quer dar soluções fáceis, rápidas, cômodas, e inócuas, para problemas difíceis. E a Igreja não aceita isso, porque não é irresponsável, por isso, será sempre atacada.
Posse de Dom Orani no Rio de Janeiro

Dom Orani tomou posse da Arquidiocese do Rio neste domingo (19)
Dom Orani João Tempesta tomou posse da arquidiocese do Rio na tarde deste domingo (19), durante cerimônia realizada na Catedral de São Sebastião, no Centro. O novo arcebispo do Rio recebeu das mãos de Dom Eusébio Scheid o báculo (cajado usado por um pastor de ovelha, que simboliza o pastoreio do bispo numa diocese). Ele foi nomeado pelo Papa Bento XVI em fevereiro. Scheid apresentou seu pedido de renúncia quando completou 75 anos, em dezembro de 2007.O evento contou com autoridades, como o prefeito do Rio Eduardo Paes e o vice-governador Luiz Fernando Pezão.
Antes, Dom Orani João Tempesta era arcebispo de Belém (PA), onde celebrou missa na última sexta (17). Na ocasião, fiéis lotaram a Praça do Santuário para acompanhar a celebração do religioso. Natural de São José do Rio Pardo. Dom Orani defende 'plano de nação' contra criminalidade e acredita no diálogo para acabar com a violência

Dom Orani nasceu em 23 de junho de 1950. Ele é natural de São José do Rio Pardo, em São Paulo.

O novo arcebispo faz parte do Conselho Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil onde exerce o cargo de presidente nacional da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social. Dom Orani também é membro do Conselho Superior da Redevida de Televisão e do Conselho de Comunicação do Senado Federal

Quatro anos de Bento XVI: quatro anos de reforma lenta mas concreta. Deo gratias!!!

1 Comunhão na boca e de joelhos;
2 Summorum Pontificum que reconhece a plena liberdade à missa de sempre e a todos os livros litúrgicos pré-conciliares;
3 Levantamento das injustas excomunhões, aquelas que nunca existiram;
4 Reverência na liturgia, nomeadamente com a celebração ad orientem;
5 Posição claríssima sobre o aborto, o preservativo e a contracepção;
6 nova concepção de ecumenismo, apostando-se mais nos cismáticos ortodoxos do que nos hereges protestantes;
7 o diálogo inter-religioso, em sentido estrito, não é possível;
8 as comunidades protestantes, leia-se as seitas heréticas, já não podem ser chamadas de igrejas porque não guardam a sucessão apostólica nem celebram a eucaristia (isto foi um duro golpe no ecumenismo conciliar);
9 foi criado o Instituto do Bom Pastor e foram favorecidas outras comunidades tradicionais;
10 é notória a preferência de Bento XVI pela missa tradicional, aguardando todos nós ansiosamente a famosa reforma da reforma;
E muito, muito mais que não me recordo e o que ainda virá!

Viva Bento XVI! Longa vida ao Papa!
fonte:tradição catolica
Homilia Frei Nestor

“A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados, a quem não perdoardes, eles lhes serão retidos” Jo 20,23
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Com estas palavras, na noite da Páscoa, Jesus instituiu o sacramento da penitência, que tantos chamam confissão. Era lógico fazer na Páscoa, pois foi pela sua paixão e morte que Jesus mereceu perdão para os nossos pecados, e ressuscitando na Páscoa Ele logo colocou nas mãos da Igreja este perdão que Ele mereceu para ser por ela distribuido aos pecadores.
Porém, precisa reparar como Jesus, ao dar este poder para a sua Igreja, fez logo questão de distinguir - entre pecados que seriam perdoados, e pecados que não seriam perdoados mas retidos. Porque alguns não seriam perdoados? Bem, muitas pessoas nem querem o perdão e não vem procurar este sacramento para recebé-lo. E outros querem o perdão, vem ao sacramento da penitência, mas não estão arrependidos dos pecados, não pretendem mudar de vida, e como diz a escritura, sem arrependimento não há perdão.
E assim se vê a necessidade da confissão mesmo, de contar os pecados que fez, para que o sacerdote pode ouvir o mal e ouvir o seu arrependimento pelo mal feito, e então estar livre para lhe dar o perdão de Jesus. Graças a Deus, são poucos os casos de pessoas que vem confessar sem arrependimento - e nestes casos, o sacerdote faz tudo para induzí-las ao arrependimento, convidando logo que tenha arrependimento voltar a confessar para que possa dar lhes o perdão.
Assim se vé como começou este apostolado, que leva tantos sacerdotes passar horas, dezenas de horas, mesmo centenas de horas no confessionário cada ano, entregando a todos que possa o perdão que Jesus colocou nas suas mãos depois de merecé-lo na sua paixão e morte.

VERDADE

Lucetta Scaraffia, “A importância da verdade”




1. Certamente a característica da missão de Bento XVI é a verdade.

É-o para tudo, inclusive para o problema da AIDS (SIDA) e dos preservativos, um tema preocupante que – poder-se-ia imaginar facilmente – foi abordado durante a sua viagem à África. No meio das polémicas suscitadas pelas suas palavras, um dos mais prestigiosos jornais europeus, o britânico «Daily Telegraph», teve a coragem de escrever que, sobre o tema dos preservativos, o Papa tem razão. «Certamente a AIDS – lê-se no artigo – apresenta o tema da fragilidade humana e sob este ponto de vista todos devemos interrogar-nos sobre o modo de aliviar os sofrimentos. Mas o Papa é chamado a falar sobre a verdade do homem. É a sua função: ai dele se não o fizesse».



2. O problema da AIDS apresentou-se imediatamente, desde quando a doença se manifestou nos Estados Unidos nos primeiros anos 80, não só sob o ponto de vista médico, mas também cultural: a explosão da epidemia surpreendeu uma sociedade que acreditava ter derrotado todas as doenças infecciosas, e desde o início tocou um âmbito, o das relações sexuais, que há pouco tinha sido «libertado» pela revolução sexual. Com uma doença que punha em discussão o «progresso» alcançado e que se difundia rapidamente graças também à onda de cosmopolitismo que se estava a realizar com os novos e velozes meios de transportes. Ficou imediatamente claro que tal patologia era fruto de uma modernidade avançada e de uma profunda transformação dos costumes, e que talvez a luta para a prevenir tivesse que considerar também estes aspectos. Ao contrário, no mundo ocidental, as campanhas de prevenção foram baseadas exclusivamente no uso dos preservativos, dando por certa a obrigação de não exercer alguma interferência nos comportamentos das pessoas. O «progresso» não deveria ser colocado em discussão; nem na África, onde era evidente – e onde até agora é evidente, se se lerem com honestidade os dados da Organização Mundial de Saúde sobre a difusão da AIDS – que a distribuição de preservativos não é só por si suficiente para erradicar a epidemia.



3. O preservativo não é utilizado em África de um modo ‘perfeito’. – o único que garante 96% de defesa contra a infecção – de um modo ‘típico’, isto é, com a utilização descontinuada e inapropriada, que garante apenas uma defesa de 87%, dando, além disso, uma segurança que pode ser perigosa quando se estabelecem relações com outras pessoas. Como se sabe, a sida não se transmite apenas através da relação sexual, mas também através do sangue. Basta pois uma ferida, um pouco de sangue, para estabelecer a possibilidade de contágio. Torna-se igualmente necessário recordar, como é indicado nas pormenorizadas instruções de uso nas embalagens de preservativos, que estes se podem danificar facilmente com o calor – são feitos de borracha! – e também se foram manipulados por mãos enrugadas, como as de quem faz trabalhos manuais. Mas as indústrias farmacêuticas, tão rigorosas em assinalar estes perigos, são também as mesmas que apoiam o mito de que a difusão dos preservativos pode salvar a população africana da epidemia. Pode por isso compreender-se que todas as propostas de difusão do seu uso seja aceite com satisfação pelas suas empresas comerciais.



4. O único país da África que obteve bons resultados na luta contra a epidemia é o Uganda, através do método ABC, no qual A significa abstinência, B fidelidade (‘be faithful’) e C preservativo (‘condom’), um método, apesar de tudo, não inteiramente de acordo com a proposta da Igreja Católica. Até a revista Science reconheceu em 2004 que a parte mais conseguida do programa foi a mudança de comportamento sexual, com uma redução de 60% das pessoas que declaravam ter tido relações sexuais, e o aumento da percentagem dos jovens entre os 15 e os 19 anos que se abstiveram de relações sexuais. De tal modo que a revista escreveu: “Estes dados sugerem que a redução do número de parceiros sexuais e a abstinência entre os jovens não casados, juntamente com o uso do preservativo, constituíram os factores relevantes na redução da incidência do HIV”.



5. Muitos países ocidentais não querem reconhecer a verdade das palavras pronunciadas por Bento XVI seja por razões económicas – os preservativos custam dinheiro, enquanto que a abstinência e a fidelidade são obviamente gratuitas – seja porque receiam que o dar razão à Igreja num aspecto central do comportamento sexual possa significar um passo atrás naquela fruição do sexo puramente hedonista e recreativa que é considerada uma importante conquista do nosso tempo. O preservativo é exaltado para além da sua capacidade efectiva de deter a sida porque permite à modernidade continuar a acreditar em si mesma e nos seus princípios sem nada mudar. É precisamente porque tocam este ponto nevrálgico, esta mentira ideológica, que as palavras do Papa foram tão criticadas. Mas Bento XVI, que já o sabia muito bem, permaneceu fiel à sua missão, a de proclamar a verdade.
L’Osservatore Romano, 22.04.09
Semana-Santa

Quinta-Feira Santa e a prisão do Sacrário

Por isso: Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




(Todos)

Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.



Rei-Cativo, ponde cadeias de fé em nossa triste liberdade, e Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Rei-Cativo, ponde cadeias de amor em nosso ingrato coração, e Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Rei-Cativo, ponde cadeias de graça em nossos sentidos rebeldes, e convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Rei-Cativo, ponde cadeias de fortaleza em nossa vontade tão inconstante, e convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Rei-Cativo, ponde cadeias de santo temor em nosso espírito orgulhoso, e convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Rei-Cativo, ponde cadeias de ternura e de piedade em nossa natureza tão frágil e inconstante, e convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.




Oh, sim!, convertei-nos de escravos de um mundo que, cantando, vende morte; convertei-nos, Jesus, em escravos vossos, pois vossa servidão é mil vezes mais gloriosa e mais fecunda que reinar…

E agora, Mestre adorado, olhai através das grades de vosso cárcere esta legião de amigos fidelíssimos…; são os que faltaram no Getsemani e aqui reparam o beijo abominável de Judas e seus sequazes… Ah!, reparam, sobretudo, a ausência dos que, na hora da agonia, dormiam e que, na hora da traição, fugiram…
Não chameis nesta Hora Santa a vossos anjos; baste-lhes a vossa gloriosa eternidade… reservai para esta legião de amigos as confidências íntimas de vosso Coração Sacramentado… Oh!, falai-nos, Jesus-Hóstia, com ternura de Pai, com intimidade de Irmão; falai-nos com abandono de Amigo, com súplicas e queixas de Cativo, com império de Senhor.



(Todos)




Falai-nos, Jesus, e viveremos!

Falai-nos, Jesus, e Vos amaremos!
Falai-nos, Jesus, e triunfaremos!



Somente Vós tendes, Mestre, palavras de vida, de amor e de verdade… Calem as criaturas, para ouvir-Vos a Vós, e somente a Vós. Abram-se os céus para escutar-Vos, Divino Verbo, a Vós, e somente a Vós…

Falai-nos já, Jesus, Amor de nossos amores…



(Escute a voz que parte deste calabouço divino; ouça-lhe com o amor e dor com que lhe ouviram na noite espantosa da Quinta-Feira Santa os anjos).




Voz de Jesus. “Filioli”, filhinhos… “amici mei”, meus amigos: Aqui tendes o Coração que vos ama mais além dos abatimentos de Belém e Nazaré… Muito mais além da crucificação do corpo e da alma, do Calvário… Este é o Coração que vos ama até ao extremo limite, até à sublime loucura que me tem encadeado para sempre no calabouço do Sacrário; aqui, na Hóstia, esgotei minha inesgotável caridade… Ai! E aqui esgota também o homem sua imensa ingratidão!…

Pais e mães que haveis sofrido às vezes tanto, partido o coração, pelos filhos que mimastes…, somai todas as vossas amarguras e medi, se podeis, a minha, que é um mar, comparada com a gota, que é a vossa…
Aproximai-vos, os tristes, os desenganados, os feridos no próprio lar, os espancados pela injustiça, os despedaçados pela morte ou desgraças… Aproximai-vos, os deserdados da felicidade, os que arrastam uma alma em farrapos, os que haveis saboreado o cálice de todos os duelos, de todas as crueldades da vida… Acudi todos, vinde e vede que a torrente de vossas desventuras não é senão uma lágrima, apenas uma, do oceano que verteu vosso Deus neste calabouço em castigo de ter amado a um mundo que Lhe fere como nunca feriram os filhos mais ingratos…
Aqui se Me esquece, como jamais esqueceram os mais desleais dos amigos… Aqui se Me pospõe e desdenha, como jamais foi desdenhado nem posposto o último vilão… E Eu Sou Jesus, o Salvador do mundo. Minha alma, por isso, está triste até à morte…

(Lento)



Desde este cárcere contemplo a multidão imensa, os milhares de redimidos com meu sangue, que jamais, jamais, comungaram… Viveram a Meu lado, nossas casas se tocaram; dei-lhes pão, lar, bem-estar…; mas jamais vieram em busca deste Pão divino que Eu Sou… Ai dor! Esses filhos morreram de fome, vizinhos à casa de seu Pai… Oh, quantas almas samaritanas que têm falado alguma vez comigo, almas que tenho chamado, que tenho buscado com milagres, almas que têm chegado até ao fundo do Sacrário; quantas dessas almas não quiseram beber as águas vivas que de meu lado aberto saltam até a vida eterna!

E aquelas outras, tão numerosas, que saborearam alguma e muitas vezes as delícias de meu Coração Sacramentado…, que puseram os lábios na ferida de meu peito, e que depois…, ai! Me esqueceram para sempre… Não têm voltado já faz longos anos… Seu desamor Me mata…
E, enfim, os incontáveis aturdidos no correria do mundo…; os que, a duras penas, distraem de tarde em tarde uns breves instantes para este Deus Sacramentado… Ah, M’os dedicam mui contados e muito depressa; não têm tempo para Aquele que lhes dedica uma eternidade!
E será, talvez, alguém desta tripla caravana de ingratos, uma membro querido de vosso lar?…
Chorai por ele aqui, pedi por ele, amai por ele…



(Unamo-nos em uma oração que repare, que console o Senhor e que salve a tantos anêmicos de alma, débeis de vida divina e cristã, por falta de Eucaristia…)




As almas. Jesus Sacramentado, Rei dos séculos e Senhor do mundo desde o Sacrário, não permitais que alguns dos nossos pereçam de sede a dois passos de vosso Coração, Fonte de águas vivas…, não consintais que desfaleçam de fome, rechaçando-Vos a Vós, o Pão consagrado e vivo descido do céu…


(Lento e com grande unção)



Sem considerar, Jesus, sua ignorância, que Vos rechaça; nem sua debilidade, que Vos elimina, mas considerando unicamente Vossa infinita piedade e a reparação de fé e de amor que por eles Vos oferecem estes vossos amigos, conjuramo-Vos, Senhor Sacramentado, a que os salveis: oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!


(Todos)



Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Recordais, Jesus Infante, as ternuras com que no presépio Vos cuidou vossa Mãe?… Recordais o primeiro sorriso, o primeiro abraço, o primeiro ósculo de imenso amor de Maria?… Se a amais sempre como o Filho-Deus, por Ela, por Maria, atraí as almas que queremos ao Sacrário… Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




(Todos)




Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Recordai, Jesus Infante, que nos braços de Maria recebestes as adorações de pastores e de reis?… Recordais esse Trono de vosso peito imaculado, onde se queimou à vossa glória o mais rico incenso de adoração reparadora?… Se a amais sempre como o Filho-Deus, por Ela, por Maria, atraí as almas que queremos ao Sacrário… Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Recordai, Jesus Infante, aquele vosso céu de Nazaré…, vossas orações quando pequenino, sobre os joelhos de Maria, seus cantos ao lado de vosso berço?… Recordais ainda quando surpreendestes já então as suas lágrimas naqueles olhos virginais?… Se a amais sempre como o Filho-Deus, por Ela, por Maria, atraí as almas que queremos ao Sacrário… Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Recordai, Jesus adolescente, o afã amoroso com que essa Rainha Imaculada Vos buscou três dias?… Recordais o fulgor de seu olhar, as palpitações de imenso júbilo de vosso Coração, ao encontrar-Vos a Vós, seu único tesouro?… Se a amais sempre como o Filho-Deus, por Ela, por Maria, atraí as almas que queremos ao Sacrário… Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Recordai, Jesus Rei e Salvador, vossa despedida de Maria na Quinta-Feira Santa?… Recordais sua dor ao encontrar-Vos à caminho da morte?… Recordai o que disse Ela com seu olhar nos estertores já da agonia?… Se a amais sempre como o Filho-Deus, por Ela, por Maria, atraí as almas que queremos ao Sacrário… Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




Oh, dai-lhes de beber do cálice de vosso amor!




(Se alguma alma em especial vos interessa, as nomeie e peça sua conversão).




Que laço tão misterioso como inquebrantável, que correntes e grades retenham todo um Deus, prisioneiro do homem, desleal e ingrato… Qual é o segredo divino deste mistério dos mistérios, qual a razão determinante deste milagre dos milagres?

“Respondei-nos, Jesus, Vós mesmo, já que nem anjos nem homens podem nos dar a chave de tão profundo mistério… Respondei-nos, Divino Prisioneiro… Dizei-nos por que edificastes este cárcere e o fizestes indestrutível; dizei-nos por que, tendo um Paraíso, sois Vós mesmo a Sentinela e o Cativo, sendo assim Vós o responsável deste viver solitário, desconhecido e profano no calabouço do Santo Tabernáculo?… Quem Vos prendeu?… Quem Vos detém?…”.



Voz de Jesus. O delírio, a loucura de Meu amor! Meu Coração se prendeu!… Por amar-te, Me encarnei…, por amar-te, Me entreguei na Cruz… Sabe, alma querida, que, por um prodígio maior de caridade, fiquei na Hóstia…, somente por amor, sou o Cativo do Sacrário…




(Muito lento e entrecortado)




“Sou vosso Deus… e tu, uma criatura pecadora; para ti, pobrezinha, poeira rebelde, fiquei na Hóstia somente para ti… Oh, dai-Me, pois, o coração ferido, dai-M’o e toma o meu!…

Sou vosso Deus… e tu, um enfermo, um leproso voluntário… Para ti, porém, vermezinho que vives de soberba, fiquei na Hóstia… somente para ti… Oh, dai-Me, pois, o coração ferido, dai-M’o e toma o meu!…
Sou vosso Deus… e tu, um náufrago do Paraíso, um desgraçado, culpável em sua desgraça… Para ti, ramo desgarrado, e que foi maldito, para que revivesses, com secura eterna, fiquei na Hóstia, somente para ti… Oh, dai-Me, pois, o coração ferido, dai-M’o e toma o meu!…
Ah!… Querias tu saber qual era a força que me arraiga na terra que bebeu meu sangue?… Já o sabes: o Amor!… Quer saber agora qual é a mais amarga de minhas dores?… Ouça-Me, e soluce ao ouvir-Me: Amar e não ser amado pelos meus!… Os meus!… Os agraciados e preferidos, sim; os muito meus, os que se dizem meus seguidores fiéis e meus amigos, não me amam!… Amais tanto, tanto aos de vosso lar…, mas, mais que a eles…, nem sequer como a eles, não amais, oh, não!, a este Deus de amor, a Mim, a vosso Jesus…
Amais tanto aos que vos amam, vos dais a eles, vos desvelais por provar-lhes um amor, às vezes extremado… Para eles, ternura e delicadezas e generosidade…; para eles, atenções e nobreza e gratidão… Oh!, não é esse, não, o amor que brindais a este Deus encarcerado por amor… Assim não Me amais a Mim, vosso Jesus…
Sois bons com os pobres, com os órfãos; tendes amor para os desentandidos e os desamparados…; tendes ternura e piedade e lágrimas para todos, próximos e estranhos… ah!, mas assim, com tanta nobreza e profundidade; assim com essa doação desinteressada do coração, assim não amais a este Órfão de amor, a este Peregrino, desterrado voluntário dos céus… Assim não Me amais a Mim, o Pobre Divino de Belém, o mendigo Encarcerado do Sacrário… E eu sou Jesus, o Deus de Amor!…
Estou ferido… e a ferida é profunda e grande, como é profundo e grande o desamor com que Me pagam os de minha própria casa… E já vedes: minha queixa é um lamento amável… esta reprovação, uma carícia de meu Coração que quer enternecer e conquistar os vossos. Oh, dai-me mais amor, ao menos vós, meus amigos, dai-me amor mais verdadeiro!… Sitio [sede]! Abraso-Me em uma sede devoradora.
Sitio! Tenho sede de ser amado com amor mais generoso, com amor de sacrifício na observância de minha Lei…
Sede! Quero ser amado, muito mais amado; provai-M’o no aborrecimento do mundo mundano, que é o carrasco cruel e implacável que Me crucifica a Mim no tempo, para crucificar-vos, filhinhos, a vós numa eternidade de desventura!… Desfaleço de amor e de angustia neste Horto de minha agonia mística e sacramental… Sustentai-Me em vossos braços melhor que o anjo… Oh, dizei-Me com fogo da alma que Me amais muito… e que me amareis deveras!…”.



(Não deixeis que o texto minta, nem sequer que exagere; o que dizem as palavras, comprovai-o com palpitações do coração).




As almas. Jesus adorável, cheios de confusão, mas também de grande confiança, reconhecemos que nossa ingratidão não tem medida maior que o vosso infinito amor… Temos pecado, vossos amigos; temos pecado por desamor, e com essa culpa de rancor vos temos ferido mais cruelmente que vossos inimigos com a ferocidade de seus golpes deicidas… Mas, porque sois Jesus, quereis, sem dúvida, perdoar nosso desamor quando vos desprezamos, Senhor, a mesquinhos interesses de bem-estar, de afetos e de gozos terrenos… E em prova que apagais e esqueceis, consolado, nossa culpa, aceitai pelas Mãos de Maria Imaculada nossa dor, em vez de uma grande promessa… Vo-lo diremos neste grito espontâneo do coração: “Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor!.




(Todos)




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Em recordação agradecida à vossas lágrimas de Belém, Vos amaremos chorando… e em reparação por aqueles que não apreciam o valor cristão de vossos prantos: Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Em recordação terníssima de vossa coroa de espinhos, Vos amaremos quando nos coroais com elas… e em reparação por tantos cristãos que vivem de uma febre louca de prazer… Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Em recordação de vossas dores e amarguras secretas, Vos amaremos quando nos presenteais com esses mesmos dissabores…, e em reparação pela falta de conformidade com que se as recebe de ordinário de vossas mãos… Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Em recordação do muito que sofrestes da parte de vossos eleitos e amigos, Vos amaremos quando nos fizerdes beber algumas gotas desse cálice… e em reparação pela rebeldia com que protestamos por esta prova: Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Em recordação comovida de tantos séculos de abandono, de solidão e ingratidão, suportados com infinita doçura no Sacrário… Vos amaremos muito quando permitirdes que nos tratem os irmãos, como sois tratado Vós na solidão do Tabernáculo; e em reparação por essas afrontas e pelo rancor com que nós protestamos quando descarregais por uns instantes essa Cruz sobre nossos ombros… Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




Queremos pagar-Vos, Jesus, amor com amor.




(Silêncio e oração íntima).




Aproximamos do final desta Hora Santa…




Às onze da noite, há vinte séculos, sofria Jesus o ultraje da parte do primeiro tribunal, que O recebeu como recebeu a fogueira acesa a lenha seca que cai em suas chamas… Momentos depois, à meia noite, jogado num calabouço e entregue à brutalidade de soldados infames, se desenvolve na semi-obscuridade dessa masmorra uma das cenas mas desonrosas e cruéis de toda a Paixão… Ali foi flagelado no Coração, e, mais que suas vestes, estão rasgadas em farrapos a sua alma… Esta dor e esta ignomínia aterrorizam e paralisam com pavor o espírito do cristão… Ademais, há nesta noite espantosa um mistério tal de dor intima que ninguém pode revelar senão Ele, o Divino Encarcerado… Pois então que nos conte aqui, Ele mesmo, a agonia de seu Coração na mesma noite em que, desencadeado o poder das trevas, quis vingar no calabouço de ignomínia, as maravilhas que faria o Senhor, através dos tempos, neste outro calabouço sacrossanto.




Ouçamo-lo, trêmulos de emoção, sobressaltados.




Jesus. Por que Me pedis, filhinhos e amigos, que vos conte, como história antiga, uma paixão e uma agonia de afrontas que se renova hoje e que perdura neste calabouço do Altar?… O outro desapareceu faz século; neste do Sacrário, são os meus que Me torturam o Coração; naquele foram mercenário e inimigos que afrontaram meu rosto adorável…




As almas. Mas, Senhor Jesus, deixai-nos perguntar-Vos com a ânsia de vossos apóstolos na última Ceia: Quem são aqueles desventurados amigos, que convertem mais vosso Sacrário em masmorra de tortura?… Porque, nós que aqui estamos Vos seguiríamos até à morte… Seremos, porventura, nós, Senhor?




Voz de Jesus. Todos estão perdoados hoje… mas, oh, dor, não o estais sempre!… Há quem se senta à minha Mesa…, sim, há quem come de meu prato e bebe de meu cálice… há filhos e irmãos e discípulos, há amigos que tenho amado muito, e que despedaçam meu Divino Coração!… Não ponhais o pensamento ao ouvir-Me esta queixa nos blasfemos de língua em miseráveis subúrbios…. Ah, os há mais enfurecidos: a blasfêmia social, que é o escândalo social; esse é o chicote que abre fendas em minha carne e mostra a descoberto meus ossos!…

Aonde e por qual caminho de lama me levam certas almas cristãs que comungam pela manhã e que me flagelam pela tarde?… Eu sou um Deus de santidade!… Quem disse, quem, que é lícito o despudor, chamado artístico, despudor pecaminoso sempre na cena teatral [ndt: e hoje mui propriamente nos programas de televisão]?… Eu maldigo o nefando!… É tristeza infinita para meu Coração que almas crentes desdenhem como escrúpulos frívolos o que é infração mortal e grave de minhas leis de castidade!…
Pagar a cena indecorosa, a desenvoltura de pobres infelizes que não sabem o que fazem…; pagar atitudes equívocas e quadros provocativos de pecado, entre “obras” de arte: ai!…, que um público cristão e consciente, pague e aplauda na cena, o que seria crime de pensamento ou de desejo na consciência, escândalo no lar; isso é mais que pagar minha flagelação… isso é alentar, com dinheiro cristão, a crueldade de meus carrascos… Esses dinheiros estão manchados com meu sangue!… Ai daqueles por quem se fomenta o escândalo!…
Tende-Me piedade vós que por situação e fortuna tendes o caminho semeado de flores e seduções…, vós que poderíeis ser norma e lição viva de exemplo, ou ser, pelo contrário, causa que arrasta a muitas almas ao abismo… Banhado em meu sangue… chorando…, Jesus flagelado vos pede piedade!…
Tende-Me piedades vós que, gastando classe e pompa; vós que, influindo de muito acima, aceitais em hábitos, em modos e em modas, licenças de carne descoberta, com que flagelais a minha divina…; vós influentes que patrocinais, com selo de elegância e de bom tom, as sensualidade sociais, refinadas, os instintos menos castos, o fervor de sangue, que será amanhã perdição de muitas almas… Banhado em meu sangue…, chorando…, Jesus flagelado vos pede piedade!…
Tende-Me piedade vós grande e nobres e ricos, em cujos salões não se deve jamais tolerar diversões e danças a enfeites que eu condenei ao destroçar os ídolos pagãos…, ídolos que tantos filhos meus, que comungam, pretendem reconstituir com licenças pecaminosas de vida social…, estas Me açoitam o rosto…. Banhado em meu sangue…., chorando… , Jesus flagelado vos pede piedade!
Tende-Me piedade, vós, mães e esposas de ascendência cristã e de influência social, a quem outras imitam e seguem: não temais exagerar marcando com severidade a lei do pudor, a formosura da modéstia das filhas que vos confiei para minha glória… Oh, não cedais ao mundo pervertido e corruptor! Eu mando, e somente Eu, em vossas casas… Eu julgarei aos pais e aos filhos, segundo o marco de minha Lei… Não esqueceis que eu maldisse o mundo… Eu sou o Senhor no tempo, no salão e na rua, na vida e na morte… Eu… e jamais o mundo! Banhado em meu sangue…, chorando…, Jesus flagelado vos pede!
Gozadores da vida, almas débeis, seduzidas pela sereia do prazer, pela deusa versátil da vaidade… Almas sedentas de sensações, enfermas de vertigem social…; corações bons, mas complacentes em excesso, sem caráter…; consciências fáceis e acomodatícias a todo vento de opinião, de moda e de doutrina, detende-vos à borda de um abismo… O cercado é meu Evangelho…; o critério seguro, o de minha Lei e de minha Igreja… Detende-vos!… Não passeis sobre minha Cruz ensangüentada… Sabei, somente Eu vos amo… Amai-Me também com um coração leal e inteiro… Estendo-vos os braços… para vos dar abrigo; rasgo a ferida de meu Peito…; entrai por ela, roubai-Me, amigo, o Coração enamorado…, levai-O sem devolução…, que seja todo vosso no tempo e na eternidade…; mas tende-Me piedade… Banhado em meu sangue…, chorando…, Jesus flagelado vos pede piedade!…

(Um breve instante de silêncio)



(Depois de ouvir esta queixa divina… tão tristemente fundada e por isto tão amarga, não nos resta senão responder com um gemido de arrependimento humilde a esse Jesus que pede compaixão desde o calabouço do Sacrário).




Voz da alma. Que tenho eu, Senhor Jesus, que Vós não me tendes dado?…

Que sei eu que Vós não me tendes ensinado?… Que valho eu se não estou a vosso lado?
Que mereço eu, se a Vós não estou unido?…
Perdoai-me os erros que contra Vós tenho cometido.
Pois me criastes sem que o merecesse… E me redimistes sem que Vo-lo pedisse…
Muito fizeste ao me criar, muito em me redimir, e não sereis menos generoso em me perdoar.
Pois o muito sangue que derramastes,
E a acerba morte que padecestes,
Não foi pelos anjos que Vos louvam,
Senão por mim e demais pecadores, que Vos ofendem…
Se Vos tenho negado, deixai-me reconhecer-Vos;
Se Vos tenho injuriado, deixai-me louvar-Vos;
Se Vos tenho ofendido, deixai-me servir-Vos.
Porque é mais morte que vida
A que não empregada em vosso santo serviço…



Senhor Jesus, não peçais piedade a vossos filhos! Recordai-lhes tão-somente vossos direitos… refrescai em nossa mente a soberania de vossa Lei, e mandai, porque sois Rei da sociedade… Esta Vos elimina e Vos proscreve pouco a pouco, com a suavidade e a cautela perigosa com que a tela do crepúsculo vai cobrindo o sol… Nós, sim, culpáveis, Vos pedimos piedade.

Como vosso anjos, como Madalena, como Verônica, foram recolhendo as gotas de vosso sangue sobre as pedras e nos instrumentos de suplício… assim, Jesus flagelado, estes vossos íntimos amigos, sem negócios culpáveis, visitam agora em espírito aqueles “halls” e vestíbulos elegantes, aqueles salões suntuosos…, aqueles cenários de teatro, salpicados com a púrpura de vossas veias… cortinas, escadarias ricas, tapetes preciosos, decorações e bastidores, trajes leves e curtíssimos, atavios de luxo, marcados com as contas de vosso sangue, como o átrio de Pilatos, como vosso horrendo calabouço…
Piedade, Jesus, pelos amigos culpáveis e como vingança de misericórdia e em prova de que perdeis: Enviai fogo do céu, fogo de amor.



(Todos)




Enviai fogo do céu, fogo de amor.




Piedade, Jesus, para aquelas famílias, boas no fundo, mas arrastadas em sua debilidade por exigências paganizantes do grande mundo… Como vingança de misericórdia e em prova de que perdoeis: Enviai fogo do céu, fogo de amor.




Enviai fogo do céu, fogo de amor.




Piedade, Jesus, para aquelas mães demasiado condescendentes no enfraquecimento do pudor e modéstia de suas filhas…, piedade para as filhas que, não más, mas aturdidas por sua juventude e vencidas pela vaidade ou o que dirão, são, sem pensá-lo, um chicote cruel em vossas costas… Como vingança de misericórdia e em prova de que perdoeis: Enviai fogo do céu, fogo de amor.




Envia fogo do céu, fogo de amor.




E agora, Jesus, ao nos despedirmos de vosso cárcere-Sacrário, ao Vos deixar confiado à vossa Mãe e aos anjos nesse Horto de agonia e de glória, permitais que nos despeçamos com um hino à Eucaristia… Este é, Jesus, o dom de vossos dons, confiado à terra para lhe dar vida imortal, à hora mesma e na mesma noite em que ela preparava complô e sentença de morte para Vós, seu Rei manso, o Cristo da paz…

Aproximai-Vos, oh Rei-Cativo, Jesus Eucaristia, aproximai-Vos às grades de vossa prisão de amor e escutais sorridente, entre lágrimas de consolo, escutai, amoroso e comprazido, o salmo vibrante de louvor, de reparação de amor que queremos entoar em nome da Igreja e do mundo a vosso Coração Sacramentado.
Oremos juntos, irmãos!
Abençoastes-nos, Jesus amado, como não abençoastes jamais, a vosso passar, as flores dos campos e os lírios dos vales de vossa pátria, e em troca, temos sido nós os arbustros e os espinhos de vossa coroa. Mas não Vos canseis de nós; lembrai-Vos que sois Jesus, para estes pobres desterrados.
Abençoastes-nos, Jesus amado, como não abençoastes jamais as messes, as vinhas e os jardins de Samaria e Galiléia, e nós Vos temos pago sendo tantas vezes a cizânia culpável de vossa Igreja; mas… não Vos canseis de nós, lembrai-Vos que sois Jesus, para estes desterrados…
Oh, Jesus amado! Vosso Coração nos tem abençoado como não abençoastes jamais as aves do céu, nem os rebanhos de Belém e Nazaré, e nós Vos temos pago fugindo de vosso redil e temendo a brandura de vosso cajado amorosíssimo…; mas não Vos canseis de nós; lembrai-Vos que sois Jesus, para estes pobres desterrados.
Oh, nesta hora venturosa, deixai-nos, porque temos sido ingratos convosco, Jesus Sacramentado; deixai-nos oferecer-Vos um hino de louvor no tom inspirado do Profeta Rei; em sua lira Vos cantamos com a Mãe do Belo  Amor; Espíritos angélicos e santos da corte celestial, bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amor.



(Todos)




Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!

Sol, lua e estrelas, desdobrai vosso manto de luz sobre este Tabernáculo, mil vezes mais santo que o de Jerusalém, cheio de majestade de sua doçura…; bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amor.



Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!




Fulgor da alvorada, orvalho da manhã, relâmpagos de luz morrente do crepúsculo, glorificai a majestade do silêncio do Rei do Sacrário…; bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amo.




Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!




Oceano calmo, oceano em tempestade, profundidades viventes do abismo, proclamai a onipotência do Cativo deste altar: bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amo.




Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!




Brisas perfumadas, tempestades devastadoras, flores das profundezas, torrentes e cascatas, cantai a formosura soberana de Jesus Sacramentado; bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amo.




Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!




Neves eternas, selvas, vulcões e messes, colinas e vales, exaltem a magnificência do Deus aniquilado do Altar…; bendizei ao Senhor na misericórdia infinita com que nos há cumulado: Hosana ao Criador, convertido em criatura e em Hóstia por amo.




Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!

Criação toda inteira, vem, acode apressada em nosso auxílio; vem suprir nossa impotência; os humanos não sabemos cantar, bendizer nem agradecer; vem, e com cantos de natureza, afoga o grito de blasfêmia, repara a indiferença do homem ingrato, cumulado com a misericórdia infinita de Jesus Eucaristia: Hosana ao Criador convertido em criatura e em Hóstia por amor.
Hosana ao Divino Prisioneiro do Amor!
(Pai-Nosso e Ave-Maria pelas intenções particulares dos presentes.
Pai-Nosso e Ave-Maria pelos agonizantes e pecadores.
Pai-Nosso e Ave-Maria pedindo o reinado do Sagrado Coração mediante a Comunhão freqüente e diária, a Hora Santa e a Cruzada da Entronização do Rei Divino em lares, sociedades e nações).
(Cinco vezes)
Coração Divino de Jesus, venha a nós o vosso reino




10/04/2009
Dos Sermões de São Proclo de Constantinopla, bispo

Ó Paixão, purificação do universo!
Ó morte, princípio de imortalidade e origem da vida!
Hoje se realizaram os oráculos proféticos. Hoje o inferno vai cuspir seu veneno mortal e a morte receber um morto que está sempre vivo. Hoje as cadeias que a Serpente forjara no Paraíso vão ser destruídas e os escravos libertados. Hoje o ladrão irá assaltar o Paraíso defendido há milhares de anos por um querubim armado com uma espada de fogo. Hoje a luz que brilha nas trevas (Jo 1, 5), vai esvaziar o tesouro da morte. Hoje é a entrada do rei na prisão. Hoje ele arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro (Sl 106 [107], 16). E aquele que aceitou a morte como simples mortal devasta seu império, pois ele é o Deus-Verbo. Adão se erguerá e Abel sairá são e salvo, e os que a morte havia devorado e gemiam sob o seu teto, exclamam: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó inferno, o teu aguilhão (cf. 1Cor 15, 55).
Que dizes sobre isso, tu que olhas para a cruz com desprezo e zombas da Paixão? Achas graça na morte, apontas o túmulo; mas, presta também atenção à vitória. Admiras Abel. Ele morreu. Fala-me de Noé. Mas ele também conheceu a corrupção. Citas ainda Enoque: ele não escapou da Lei. Então me falas de Abraão; mas Abraão também morreu. Fazes menção de Isaac, ele caiu e não mais se levantou. O patriarca Jacó também se tornou pó. Lembras-te da história dos ossos de José? Quanto a Moisés, nem se sabe onde foi enterrado. Junta todos os profetas, lembra-te onde estão todos os seus túmulos e cala-te. A morte os devorou e não devolveu nenhum.
Mas hoje está em pé diante do tribunal aquele que vem destruir a maldição. Os profetas reunidos interrogam o Senhor: Que chagas são estas em tuas mãos? (Zc 13, 6: Vulgata). Como a Paixão ousa te atingir? Ele responde: Eu transplantei minha vinha da terra do Egito, reguei-a na travessia do mar, cerquei-a com um muro, protegi-a pela circuncisão, os profetas e a lei a guardaram. Eu contava com uvas de verdade, mas ela produziu uvas selvagens; eu esperava frutos de justiça, e eis a injustiça (Is 5, 4.7). Então eu me tornei como um homem caído que jaz no sepulcro (Sl 87 [88], 6).
Ó Paixão, purificação do universo! Ó morte, princípio de imortalidade e origem da vida! Ó descida à mansão dos mortos que lança uma ponte a fim de que eles passem ao reino da vida. Ó meio-dia da morte de Cristo, recordação daquele meio-dia no Paraíso em que Eva colheu o fruto. Ó cravos que fixam o mundo para Deus e traspassam a morte! Ó espinhos, fruto da videira má! Ó fel, que dás a doçura da fé! Ó esponja, que lavas o mundo de seu pecado! Ó instrumento, que inscreves os fiéis no livro da vida!
Ó sinal, contradição para os infiéis, mas clareza para os fiéis! Ó mistério, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos. Mas, para nós, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus; e, como afirma o Apóstolo Paulo: O que é loucura de Deus é mais sábio que os homens (1Cor 1, 23-25). Nosso Senhor Jesus Cristo destruiu a morte, despojou a mansão dos mortos, deu a vida àqueles que estavam mortos. A ela a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.
Sermo 11, in sancta ac magna Paresceve
(Patrologia Grega 65, 783-788)

Fonte:
http://www.osb.org.br/lectio_arquivo.html


 
09/04/2009
MISSA SOLENE DA PÁSCOA DO SENHOR
Convidamos todos a participarem conosco de um momento de espelendor da liturgia católica: a Santa Missa Tridentina do Domingo de Páscoa, que acontecerá no dia 12/04/09, às 11h da manhã na Capela do Colégio Gentil. Esta será a última Missa celebrada pelo querido Padre Carlos antes de sua viagem para o Rio de Janeiro, para onde seguirá na próxima semana acompanhando Dom Orani João Tempesta, o novo Arcebispo Metropolitano do Rio. Especialmente nesta celebração, e pela primeira vez desde que começaram as celebrações do Rito Extraordinário em Belém a Missa Solene será toda cantada, com o canto gregoriano sob a responsabilidade de Neto, que já cantou no Mosteiro de São Bento do Rio. É mais uma forma de dignificar ainda mais este santo louvor ao Cristo Rei Ressuscitado.  
Dos Sermões atribuídos a Santo Agostinho, bispo

Giotto - Última ceia
Sacrifício da Paixão, Sacrifício da Missa
            Caríssimos irmãos, recordamos hoje piedosamente a véspera da Paixão do Senhor. Recordamos o dia sagrado em que ele quis tomar uma refeição com seus discípulos e, em sua bondade, aceitou padecer tudo o que fora escrito e predito em relação a seus sofrimentos e sua morte, a fim de nos libertar. Devemos, pois, celebrar dignamente tão grandes mistérios de modo que, por nossa participação voluntária a sua Paixão, mereçamos ter parte em sua ressurreição. 
            Com efeito, todos os ritos sagrados do Antigo Testamento atingiram sua plena realização em Cristo, quando entregou a seus discípulos o pão que é seu corpo e o vinho que é seu sangue. Assim fez para que eles os oferecessem nos mistérios sagrados, quando os deu em alimento a todos os fiéis para o perdão de suas faltas.
            Essa Paixão, ele sofreu em seu corpo, por nosso amor, para nos livrar da morte eterna e nos preparar o caminho do reino celeste. Mostrou-nos assim que queria sofrê-la cotidianamente todas as vezes que celebrássemos esse mesmo mistério do sacrifício do santo altar, a fim de nos conduzir junto com ele para a vida eterna.
            Eis porque ele diz a seus discípulos: Tomai, isto é o meu corpo, e este é o cálice do meu sangue, que será derramado para muitos, em remissão dos pecados (cf. Mt 26, 26-28). Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, fazei-o em memória de mim (1Cor 11, 24.26).
            Por conseguinte, Cristo está presente sobre a mesa; Cristo foi condenado à morte e sacrificado; Cristo é recebido em seu corpo e em seu sangue. Ele que, neste dia, deu o pão e o cálice aos discípulos, consagre-os também hoje. Não, na verdade, não é um homem que pode consagrar o corpo e o sangue de Cristo postos à mesa, mas o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. As palavras são pronunciadas pela boca do sacerdote; o corpo e o sangue são consagrados pelo poder e a graça de Deus.
            Guardemos puros em todas as coisas nosso espírito e nosso pensamento, pois temos um sacrifício puro e santo. Por esse motivo devemos igualmente nos dedicar a santificar nossas almas. Então, celebraremos com simplicidade os mistérios, prestando atenção a essas recomendações, e nos aproximaremos da mesa de Cristo com as disposições convenientes, tomando parte eternamente na vida de Cristo, ele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.
Sermo Mai 143, 1-3
(Patrologiæ Latinæ Supplementum 2, 1238-1239)
Fonte:
http://www.osb.org.br/lectio_arquivo.html

 
08/04/2009
Das Homilias de São Severiano de Gábala, bispo
O Senhor do universo lavou os pés de seus discípulos
e mostrou seu imenso amor pelos homens
Assumindo todos os traços de nossa humanidade, o Senhor do universo revestiu a condição de servidor, e o fez de uma maneira muito peculiar à ação de Deus na Encarnação, quando se levantou da mesa (cf. Jo 13, 4). Aquele que cuida da subsistência de todos os seres que existem debaixo do céu sentara-se à mesa com seus apóstolos, o Senhor com os escravos, a fonte da sabedoria no meio dos ignorantes, o Verbo entre homens sem instrução, o autor da inteligência com os iletrados. Aquele que dá a todos o alimento toma seu alimento na mesma mesa com seus discípulos, e aquele que providencia a subsistência do universo recebe sua subsistência.
            Diz o evangelho: Ele se levantou da mesa. Aquele que se reveste de majestade e esplendor (Sl 103 [104], 2) revestiu-se de um manto; aquele que cinge os céus de nuvens, cingiu-se com uma toalha; aquele que faz correr a água dos lagos e dos rios, derramou água numa bacia. Ele, perante quem tudo se ajoelha nos céus, na terra e nos abismos, lavou, de joelhos, os pés de seus discípulos.
            O Senhor do universo lavou os pés de seus discípulos. Não ofendeu com isso sua dignidade, mas mostrou seu imenso amor pelos homens. Entretanto, por mais imenso que tenha sido esse amor, Pedro não esqueceu a majestade do Senhor. O homem cujo ímpeto sempre o levava a acreditar, foi igualmente rápido em reconhecer a exata verdade. Os outros discípulos, não por indiferença, mas por temor, deixaram o Senhor lavar-lhes os pés, e nada tiveram a dizer. Mas o respeito impediu Pedro de deixá-lo fazer, dizendo: Senhor, tu me lavas os pés? Tu não me lavarás os pés nunca! (Jo 13, 6.8).
            Pedro falou com bastante rudeza. Julgava bem, mas ignorando o modo como Deus age, foi por espírito de fé que recusou, mas, em seguida, obedeceu de bom coração. Na verdade, é assim que o fiel cristão deve se comportar; não deve se obstinar em suas decisões, mas ceder à vontade de Deus. Pois, se Pedro exprimiu sua opinião de maneira tão humana, arrependeu-se por amor a Deus.
            Quando o Salvador constatou a resistência tenaz de sua alma, resistência mais forte que qualquer barreira, diz: Se eu não te lavar, não terás parte comigo (Jo 13, 8). Considera atentamente como o caso era grave, e como o Salvador quebrou a resistência de Pedro. Mostrando-se mais rude que ele, o Senhor o dobrou de maneira inflexível: excluiu Pedro de sua companhia para fazer triunfar a vontade de Deus sobre a obstinação humana.
            Desde aquele momento, Pedro, homem bom e admirável, pronto a exprimir sua opinião, foi igualmente rápido em expressar seu arrependimento. Sentindo a dureza das palavras que lhe foram dirigidas, mostrou-se radical em seu arrependimento, e disse: Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça (Jo 13, 9). Purifica-me todo inteiro, lava-me completamente, para que eu possa dizer com Davi: Lava-me e ficarei mais branco que a neve (Sl 50 [51], 9). O Salvador, porém, lhe respondeu: Quem tomou banho não precisa senão lavar os pés (Jo 13, 10).
            Então por que lavou-lhes unicamente os pés? Foi por causa das viagens que os apóstolos deveriam fazer. Lavando-lhes os pés, não apenas os limpou, mas sobretudo deu firmeza aos pés dos santos. Essa bela ablução dos pés fora vista por Isaías muitos séculos antes. Sabendo que não era uma ablução humana, mas uma purificação divina, proclamou com voz retumbante: Como são belos os pés de quem anuncia a boa nova, dos mensageiros da  paz (Is 52, 7). O Salvador tocou-lhes os pés, feitos de argila, para torná-los resistentes, pois eles deviam percorrer a terra inteira que está debaixo do céu. 
Homilia sobre o Lava-pés
(Révue des Études Byzantines, tome XXV, Paris, 1967, pp. 227-229)
Fonte:
http://www.osb.org.br/lectio_arquivo.html
  
06/04/2009
Missa Tridentina

A chamada Missa Tridentina (Missal de 1962, de João
XXIII) é, como definida pelo Motu Proprio “Summorum
Pontificum” de Bento XVI, o Modo Extraordinário de
celebração do Rito Latino.

Frequentemente refere-se à Missa Tridentina como sendo
a “Missa em latim”. É importante esclarecer que isso é
bastante impreciso. A Missa Nova (Modo Ordinário, Missal
de Paulo VI de 1970) também pode e deve ser celebrada
em latim. As diferenças entre os dois Missais são muito
mais profundas, e podem ser assim resumidas:

- O uso do latim: enquanto no Missal de João XXIII a Missa
é obrigatoriamente em latim (sendo que as leituras
podem ser língua vernácula e a homilia é sempre na
língua vernácula), enquanto a Missa Nova, na prática, é
quase sempre celebrada inteiramente ou
maioritariamente na língua vernácula;

- A utilização da postura ‘ad orientem’: mais uma vez é
uma diferença de termos práticos. Na Missa Tridentina é
comum o sacerdote e o povo estarem virados para o
Senhor, para Oriente pois o nascer do Sol simboliza Cristo
que nasce para Reinar sobre a Humanidade. Nada impede
que a Missa Nova não seja celebrada “ad orientem”, mas
não é essa prática habitual;

- O próprio ordinário: existem ínumeras diferenças entre
os dois ordinários. Por exemplo, no Missal de João XXIII há
orações ao pé do altar que não existe no Missal de Paulo
VI; no Missal de Paulo VI há a chamada “Oração dos Fiéis”
que não existe no Missal de João XXIII;

- A fidelidade às rubricas: enquanto na Missa de Paulo VI é
frequente que a qualidade litúrgica dependa quase
exclusivamente dos gostos do celebrante, na Missa de João
XXIII a fidelidade às rubricas impõe-se, sendo que só
existe três grandes formas de celebração (Missa Rezada,
Missa Cantada, Missa Solene);

- A arte sacra: também é uma diferença que se revela em
termos práticos, mas tornou-se claro que, por norma, na
Missa Tridentina existe um maior cuidado pela qualidade
da arte sacra, nomeadamente da música (em que o canto
gregoriano e o órgão têm o papel de destaque), nos
paramentos e na própria qualidade e adequabilidade da
construção dos espaços sacros;

- Algumas diferenças nos paramentos, sendo a mais
notória a utilização do manípulo na Missa Tridentina;

A reforma litúrgica que se deu após o Concílio (com a
criação e entrada em vigor do Missal de Paulo VI) foi
marcada por muita confusão e por uma perseguição por
parte de muitos àqueles que preferiam participar na
Missa antiga, que foi, na prática, proibida.

Em 1988 o Papa João Paulo II, com o Motu Proprio
“Ecclesia Dei”, concedeu um indulto para todos quantos
quisessem participar na Missa segundo a forma antiga. A
autorização era concedida pelos Bispos, que deviam, no
entanto, ser generosos a conceder tais autorizações.

Contudo, em 2007 o Papa Bento XVI, com o seu Motu
Proprio “Summorum Pontificum” esclareceu que o Missal
de João XXIII jamais havia sido revogado, e portanto não
havia  necessidade de nenhum indulto ou autorização
para celebrar essa Missa (para mais pormenores ver a
secção Summorum Pontificum).

Importa portanto esclarecer alguns pontos relativamente
ao Missal de João XXIII e da sua aplicação prática:

- Não é precisa qualquer autorização do Bispo, basta um
grupo de fiéis pedir ao seu pároco a celebração da Missa, e
ele deverá dar uma resposta, prontificando-se para a
celebrar ou arranjando uma solução alternativa para que
os fiéis possam ter acesso à Missa Tridentina;

- A celebração pode ser em dia ferial (durante a semana)
ou ao Domingo ou dia Festivo;

- Pode-se requerer que a celebração do casamento ou de
funeral, por exemplo, sejam no Modo Extraordinário;

- O ordinário da Diocese (o Bispo) pode, se achar
conveniente, Crismar e Ordenar no Modo Extraordinário;

- O Summorum Pontificum não se limita a libertar o uso
da forma Extraordinária da Missa, podendo também ser
celebrados os restantes sacramentos (e.g. confissão,
baptismo; extrema-unção) na forma tradicional;

- O ordinário da diocese pode, se julgar conveniente,
estabelecer paróquias pessoais dedicadas exclusivamente
ao ministério dos sacramentos segundo a forma
tradicional;

 
04/04/2009
Avisos da Semana

Neste Domingo Nossa Missa Tridentina, do domingo de ramos, terá solene procissão em honra a Cristo Rei, benção e distribuição de ramos.
Aviso também aos amigos de Belém, que na próxima quarta feira tentaremos finalizar o estudo da Apostila sobre a Eucaristia publicada pela Administração Apóstólica São João Maria Vianney. Além disso abriremos inscrições para os cursos de Latim e Grego, sendo as aulas ministradas pelo professor William.
Os Amigos do Rio de Janeiro  e leitores do Blog que desejarem receber a apostila sobre a Eucaristia avisem que enviarei pela internet.
Teremos também uma sessão especial de cinema sobre a Revolução Francesa e a Perseguição a Igreja Católica. Na quarta feira decidiremos a melhor data para assistirmos.

Entrem em contato ou comentem. 
02/04/2009
A Heresia da Teologia da Libertação
A IDEOLOGIA FANÁTICA DA TEOLOGIA DA "LIBERTAÇÃO"

"Defender a ortodoxia significa realmente defender os pobres e evitar-lhes as ilusões e sofrimentos de quem não sabe apresentar-lhe uma perspectiva realista de redenção nem mesmo material." (J. Ratzinger / V. Messori. A fé em crise?. Ed. EPU. 1985, p.132)


"Mas o perigo de certas teologias é aceitar o ponto de vista imanente, somente terrestre, que lhes sugerem os programas secularistas de libertação. Estes não vêem, e nem poder ver, que a "libertação" é antes de tudo, de um ponto de vista cristão, libertação daquela escravidão radical que o 'mundo' não percebe e até nega: a escravidão radical do pecado." (Ratzinger, p. 134)


"O que é teologicamente inaceitável e socialmente perigoso é esta mistura de Bíblia, cristologia, política e economia. Não se pode abusar da Escritura e da teologia para absolutizar e sacralizar uma teoria sobre a ordem sociopolítica. Esta, por sua própria natureza, é essencialmente relativa. Se, ao invés, a revolução for sacralizada, misturando Deus, Cristo e ideologias, cria-se um fanatismo entusiástico que pode levar a injustiças e opressões ainda piores, invertendo nos fatos o que, na teoria, se propunha." (Ratzinger, p.148)


"O fenômeno da "teologia da libertação" indica uma carência de conversão na Igreja, uma falta, nela, de radicalidade da fé." (Ratzinger, p.145)

AS CRUZADAS E ALGUNS MITOS QUE A CERCAM

Quem puder leia: "CRUZADAS. La verdadera historia. 1ed. Buenos Aires: Lumen, 2005" de Thomas Madden. Professor de história medieval e catedrático do departamento de História da Universidade de Saint Louis, Missouri (EUA). Especialista mundialmente reconhecido sobre o tema das cruzadas
Os cruzados não eram ávidos depredadores ou colonizadores medievais como afirmam alguns livros de história, diz um especialista ao concluir um estudo com novas revelações. Thomas Madden, professor associado da Faculdade de História da Universidade de San Luis (Estados Unidos) e autor de «A Concise History of the Crusades» («Breve História das Cruzadas»), sustenta que os cruzados representavam uma força defensiva que não aproveitava as próprias empresas para ganhar com isso riquezas terrenas ou territórios. Madden traçou os mitos mais difundidos sobre os cruzados e os novos descobrimentos históricos que os privam de fundamento.
Quais são os erros historiográficos mais comuns sobre as Cruzadas e sobre os cruzados?
Madden: — Alguns dos mitos mais comuns e as razões de sua falta de fundamento são os seguintes:
Mito número 1:
As cruzadas eram guerras de agressões provocadas contra um mundo muçulmano pacífico. Esta afirmação é completamente errônea. Desde os tempos de Maomé os muçulmanos haviam tentado conquistar o mundo cristão. E inclusive haviam obtido êxitos notáveis. Após vários séculos de contínuas conquistas, os exércitos muçulmanos dominavam todo o norte da África, o Oriente Médio, a Ásia Menor e grande parte da Espanha. Em outras palavras, ao final do século XI, as forças islâmicas haviam conquistado dois terços do mundo cristão. Palestina, a terra de Jesus Cristo; Egito, onde nasce o cristianismo monástico; Ásia Menor, onde São Paulo havia plantado as sementes das primeiras comunidades cristãs. Estes lugares não estavam na periferia da cristandade, mas eram seu verdadeiro centro. E os impérios muçulmanos não acabavam ali. Seguiram expandindo-se para o Ocidente, para Constantinopla e mais além chegando até os confins da Europa. As agressões provinham, portanto, da parte muçulmana. Chegados a um certo ponto, a parte que ficava do mundo cristão não tinha mais remédio além de se defender, se não quisesse sucumbir à conquista islâmica.

Mito número 2:

Os cruzados levavam crucifixos, mas a única coisa que lhes interessava era conquistar riquezas e terras. Suas intenções piedosas eram só uma cobertura sob a que se escondia uma avidez voraz. Há tempos, os historiadores afirmavam que na Europa se havia produzido um aumento demográfico que levou a um número excessivo de nobres secundários, adestrados nas artes da guerra de cavalaria, mas privados da herança de terras feudais. As cruzadas, portanto, eram vistas como uma válvula de escape que impulsionava estes homens guerreiros a sair da Europa para terras por conquistar a expensas de outros. A historiografia moderna, com a ajuda da chegada das bases de dados computadorizadas, destruiu este mito. Hoje sabemos que foram mais os primogênitos da Europa os que responderam ao chamado do Papa em 1095 e à conseguinte Cruzada. Ir a uma cruzada era uma operação muito custosa. Os senhores se viam obrigados a vender ou hipotecar as próprias casas para conseguir fundos necessários. Muitos deles, também, não tinham interesse em constituir um reino de ultramar. Mais ou menos como os soldados de hoje, os cruzados medievais se sentiam orgulhosos de cumprir com seu dever, mas ao mesmo tempo desejavam voltar para casa.

Após os êxitos espetaculares da primeira cruzada, com a conquista de Jerusalém e de grande parte da Palestina, praticamente todos os cruzados voltaram para casa. Só uma mínima parte ficou para consolidar e governar os novos territórios. Desta forma o ganho era escasso. Ainda que os cruzados tivessem sonhado com grandes riquezas nas opulentas cidades orientais, praticamente quase nenhum conseguiu nem sequer recuperar os gastos. Contudo, o dinheiro e a terra não eram o motivo para se lançar à aventura de uma cruzada, iam para expiar os pecados e ganhar a salvação mediante as boas obras em uma terra distante. Enfrentavam gastos e fatigas porque acreditavam que, indo socorrer suas irmãs e seus irmãos cristãos no Oriente, haveriam acumulado riquezas onde nem a ferrugem nem a traça corroem. Eram bem conscientes da exortação de Cristo, segundo a qual quem não toma sua cruz não é digno dEle. Recordavam também que «ninguém tem um amor maior do que aquele que dá a vida pelos amigos».

Mito número 3:

Quando os cruzados conquistaram Jerusalém, em 1099, massacraram todos os homens, mulheres e crianças da cidade, até inundar as ruas e sangue. Esta é uma das histórias preferidas por quem quer demonstrar a natureza malvada das Cruzadas. Certamente é verdade que muitas pessoas em Jerusalém encontraram a morte depois que os cruzados conquistaram a cidade. Mas este aspecto se deve considerar no contexto histórico. O princípio moral aceito em todas as civilizações européias ou asiáticas pré-modernas era que uma cidade que havia resistido à captura e havia sido tomada pela força pertencia aos vencedores. E isto não incluía somente os edifícios e os bens, mas os habitantes. Por esta razão, cada cidade ou fortaleza tinha que pesar cuidadosamente se podia se permitir resistir aos sitiadores. Se não, era mais sábio negociar os termos da rendição. No caso de Jerusalém, tentou-se a defesa até o último momento. Calculava-se que as formidáveis muralhas da cidade deteriam os cruzados até a chegada de uma força proveniente do Egito. Mas estavam em um erro. E quando a cidade caiu, foi saqueada. Deu-se morte de muitos habitantes, mas outros muitos foram resgatados ou libertados. Segundo o critério moderno, isto pode parecer brutal. Mas um cavaleiro medieval poderia fazer notar que um número muito maior de homens, mulheres e crianças inocentes morreria cada dia mediante as modernas técnicas de guerra, comparado com o número de pessoas que podiam cair sob a espada durante um ou dois dias. Há que observar que nas cidades muçulmanas que se renderam aos cruzados, as pessoas não foram atacadas. Suas propriedades eram confiscadas e se lhes deixavam livres para professar a própria fé.

Mito número 4:

As cruzadas eram uma forma de colonialismo medieval revestido de atributos religiosos. É importante recordar que na Idade Média o Ocidente não era uma cultura poderosa e dominante que se aventurava em uma região primitiva e atrasada. Na realidade, quem era potente, acomodado e opulento era o Oriente muçulmano. A Europa era o Terceiro Mundo. Os Estados Cruzados, fundados após a primeira cruzada, não eram novos assentamentos de católicos em um mundo muçulmano, semelhante às colonizações britânicas na América. A presença católica nos Estados cruzados era sempre muito reduzida, em geral inferior 10% da população. Eram governantes e magistrados, comerciantes italianos e membros das ordens militares. A grande maioria da população dos Estados cruzados era muçulmana. Não eram, portanto, colônias no sentido de plantações ou fábricas, como no caso da Índia. Eram postos de avanço. A finalidade última dos Estados cruzados era defender os santos lugares na Palestina, especialmente Jerusalém, e proporcionar um ambiente seguro para os peregrinos cristãos que visitavam aqueles lugares. Não havia um país de referência dos Estados cruzados com o qual pudessem manter relações econômicas, nem os europeus obtinham benefícios econômicos destes Estados. Pelo contrário, os gastos das cruzadas para manter o Oriente latino pesavam fortemente sobre os recursos europeus. Como posições de vanguarda, os Estados cruzados tinham um caráter militar. Enquanto os muçulmanos combatiam entre eles, os Estados cruzados estavam a salvo, mas, quando os muçulmanos se uniram, foram capazes de derrubar as fortificações, tomar as cidades e, em 1291, expulsar completamente os cristãos.

Mito número 5:

As cruzadas se fizeram também contra os judeus. Nenhum Papa lançou jamais uma cruzada contra os judeus. Durante a primeira cruzada, um numeroso bando de malfeitores, não pertencentes ao exército principal, invadiram as cidades de Renania e decidiram depredar e assassinar os judeus que ali residiam. Isto se produziu em parte por pura avidez e em parte por uma errônea concepção pela qual os judeus, enquanto responsáveis pela crucificação de Cristo, eram objetivos legítimos da guerra. O Papa Urbano II e os Papas sucessivos condenaram energicamente estes ataques contra os judeus. Os bispos locais e os outros eclesiásticos e leigos trataram de defender os judeus ainda que com pouco êxito. De modo parecido, durante fase inicial da segunda cruzada, um grupo de renegados assassinou muitos judeus na Alemanha, antes que São Bernardo conseguisse alcançá-los e detê-los. Estes desvios do movimento eram um indesejado subproduto do entusiasmo das Cruzadas, mas não eram o objetivo das Cruzadas. Par usar uma analogia moderna, durante a Segunda Guerra Mundial alguns soldados americanos cometeram crimes enquanto se encontravam em ultramar. Foram presos e castigados por tais crimes, mas o motivo pelo qual haviam entrado em guerra não era o de cometer crimes.


Pensa que a luta entre o Ocidente e o mundo muçulmano é de certo modo uma reação às Cruzadas?

Madden: — Não. Pode parecer uma estranha a resposta se consideramos que Osama Bin Laden e outros islâmicos com freqüência se referem aos americanos como «Cruzados». É importante recordar que durante a Idade Média, na realidade até finais do século XVI, a superpotência do mundo ocidental era o islã. As civilizações muçulmanas gozavam de grande bem-estar, eram sofisticadas e imensamente poderosas. O que hoje chamamos Ocidente era atrasado e relativamente fraco. Há que fazer notar que, com a exceção da Primeira Cruzada, praticamente o restante das Cruzadas lançadas pelo Ocidente --e houve centenas-- não tiveram êxito. As Cruzadas podem haver freado o expansionismo muçulmano mas de nenhum modo o detiveram. O império muçulmano continuou expandindo-se para territórios cristãos, conquistando os Bálcãs, grande parte da Europa do Leste e inclusive a maior cidade cristã do mundo, Constantinopla.

Desde a perspectiva muçulmana, não tiveram tanta importância. Se você tivesse perguntado a alguém do mundo muçulmano pelas Cruzadas no século XVIII, não saberia nada do tema. Eram importantes para os europeus porque foram esforços massivos que fracassaram. Contudo, durante o século XX, quando os europeus começaram a conquistar e colonizar países do Oriente Médio, muitos historiadores --especialmente escritores franceses nacionalistas ou monárquicos-- começaram a denominar as Cruzadas como o primeiro intento da Europa de levar os frutos da civilização ocidental ao mundo muçulmano atrasado. Em outras palavras, as Cruzadas foram transformadas em guerras imperialistas.

Estas histórias se ensinavam nas escolas coloniais e se converteram no ponto de vista normalmente aceitado no Oriente Médio e mais além. No século XX, o imperialismo foi desacreditado. Islamistas e alguns nacionalistas árabes assumiram a visão colonial das Cruzadas, denunciando que o Ocidente era responsável por sua miséria porque havia depredado os muçulmanos desde as Cruzadas.

Diz-se com freqüência que o povo no Oriente Médio tem uma memória duradoura; é verdade. Mas no caso das Cruzadas, tem uma memória reconstruída, fabricada por seus conquistadores europeus.


Há semelhanças entre as Cruzadas e a atual guerra contra o terrorismo?

Madden: — Junto ao fato de que os soldados de ambas guerras desejavam servir a alguém maior que eles mesmos e que desejavam voltar para casa enquanto acabaram, não vejo outras semelhanças entre os cruzados medievais e a guerra contra o terror. As motivações da sociedade secular de depois do Iluminismo são muito diferentes das do mundo medieval.


Em que as Cruzadas se diferenciam da jihad islâmica ou de outras guerras de religião?

Madden: O objetivo fundamental da jihad (guerra santa) é estender o «Dar al-Islã» - (A Morada do Islã). Em outras palavras, a jihad é expansionista, busca conquistar os não-muçulmanos e impor-lhes o regime muçulmano.

Aos que são conquistados é dada uma só possibilidade. Para os que não são do Povo do Livro --em outras palavras, os que não são cristãos ou judeus-- a única opção é converter-se ao islã ou morrer. Para os que pertencem ao Povo do Livro, a opção é submeter-se ao regime muçulmano e à lei islâmica ou morrer. A expansão do islã, portanto, estava diretamente ligada ao êxito militar da jihad. Os cruzados eram outra coisa. Desde seus inícios a Cristandade sempre proibiu a conversão forçada de qualquer tipo. A conversão pela espada, por conseguinte, não era possível para a Cristandade.

Ao contrário da jihad, o objetivo dos cruzados não era estender o mundo cristão nem expandir a Cristandade mediante conversões forçadas. Os cruzados eram uma resposta direta e relacionada com os séculos de conquistas muçulmanas de terras cristãs. O acontecimento que fez explodir a Primeira Cruzada foi a conquista turca de toda Ásia Menor de 1070 a 1090.

A Primeira Cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 em resposta a uma urgente petição de ajuda do imperador bizantino de Constantinopla. Urbano fez um chamado aos cavaleiros da Cristandade para que acudissem a ajudar seus irmãos do Oriente. A Ásia Menor era cristã. Formava parte do império bizantino e foi em primeiro lugar evangelizada por São Paulo. São Pedro foi o primeiro bispo de Antioquia. Paulo escreveu sua famosa carta aos cristãos de Éfeso. O credo da Igreja foi redigido em Nicéia. Todos estes lugares estão na Ásia Menor. O imperador bizantino suplicou aos cristãos do Ocidente ajuda para recuperar estas terras e expulsar os turcos. As Cruzadas foram esta ajuda. Seu objetivo, contudo, não era só reconquistar a Ásia Menor, mas recuperar outras terras antigamente cristãs perdidas por causa das jihads islâmicas. Inclusive a Terra Santa.

Em poucas palavras, portanto, a maior diferença entre Cruzada e jihad é que a primeira foi uma defesa contra a segunda. Toda a história das Cruzadas no Oriente é uma resposta à agressão muçulmana.
Tiveram algum êxito os cruzados em converter o mundo muçulmano?
Madden: — Quero fazer notar que no século XIII alguns franciscanos iniciaram uma missão no Oriente Médio para tentar converter os muçulmanos. Não tiveram êxito, em grande parte porque a lei islâmica castiga a conversão a outra religião com a pena de morte. Este intento, contudo, era uma coisa distinta das Cruzadas, que não tinham nada a ver com a conversão. E foi um intento e persuasão pacíficos.
Como a Cristandade assimilou sua derrota nas Cruzadas?
Madden: — Da mesma maneira que os judeus do Antigo Testamento. Deus negou a vitória a seu povo porque era pecador. Isto levou a um movimento devocionista de grande escala na Europa, cujo objetivo era purificar totalmente a sociedade cristã.
Zenit. org

Sem a fé, não há verdadeira caridade

"Ninguém ignora por certo que o próprio João, o Apóstolo da Caridade, que em seu Evangelho parece ter manifestado os segredos do Coração Sacratíssimo de Jesus e que permanentemente costumavas inculcar à memória dos seus o mandamento novo: "Amai-vos uns aos outros", vetou inteiramente até mesmo manter relações com os que professavam de forma não íntegra e incorrupta a doutrina de Cristo: "Se alguém vem a vós e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem digais a ele uma saudação" (2 Jo. 10). Pelo que, como a caridade se apóia na fé íntegra e sincera como que em um fundamento, então é necessário unir os discípulos de Cristo pela unidade de fé como no vínculo principal." (CARTA ENCÍCLICA MORTALIUM ANIMOS DO SUMO PONTÍFICE PIO XI, 13)
"Até a caridade, que é o fim do preceito e a plenitude da Lei (1Tm 1, 5; Rm 13, 10), não pode ser reta se o objeto do amor não for a verdade, mas o erro." (Santo Agostinho, "A doutrina cristã. São Paulo: Paulus, 2002. p.274)


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